CAPÍTULO 29

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Izzy chegou sete minutos depois de receber uma carta de Clarisse. O conteúdo? Era ilegível!
— as vezes eu fico, eu me pego imaginando sabe izzy
Ela assente com a cabeça
— eu imagino coisas como, lírios muito amarelo, a cor sol batendo na minha pele, o cheiro da chuva, penso nas coisas que me lembram de casa. Eu penso nas lágrimas que tem gosto de mar, e eu não sei, são coisas que eu convivi por tanto tempo, mas mesmo assim elas não perderam o valor pra mim. E eu já devia estar cansada delas, mas eu nunca fico...
— e você acha que nunca vai ficar ? - questionou a amiga
— acho que por mais que eu me esforce, as coisas especiais, vão ser pra sempre especiais para mim.
Clarisse não conseguia enxergar essas coisas de outra forma, ela podia passar anos na praia, e nunca iria se cansar de ver o mar.
Poderia ser sempre verão, que ela não iria sentir falta da primavera, pra ela, as coisas eram simples assim.
— e qual é o problema nisso ?
— é que, quanto sol você pode tomar até te fazer mal ? Ficar na chuva é como um atestado de óbito para mim. As lágrimas vem da dor..
— e onde vc quer chegar? - cortou Izzy
Clarisse suspirou antes de responder
— Nicholas é como uma dessas maravilhas para mim, ele é uma dessas coisas especiais, que em excesso eu não tenho certeza do resultado.
Isabelle parecia pensativa, então não falou nada ainda.
— e..?
— e seu eu for muito covarde para experimentar ?
Clarisse virou de costas e fingiu mexer em bugigangas que decoravam sua mesa
— e se você não for ?
— não acho que eu seja tão corajosa assim.
—Amor é a exceção, não a regra Clarisse, se vc quer, você precisa correr atrás.
—Mas não devia ser assim
—Não mesmo
—Porque não é assim ? Porque não podemos ficar com a pessoa que nos apaixonamos ? Porque as coisas precisam ser tão complicadas ? Porque pra nos não pode existir amor ? Porque dói tanto ? Porque nunca é recíproco?
—Não são essas a sua pergunta Clarisse, faz a pergunta que você quer fazer.
—Porque eu não posso ficar com ele ?
—Não sei. Não tenho um motivo, e certamente não vejo um para que vocês não fiquem juntos
—Eu dei tempo pra ele, eu me convenci de que eu aceitaria qualquer coisa que ele pudesse me dar, porque eu o amo izzy, eu amo tanto que chega a doer, as vezes eu sinto que eu não seria nada sem ele, e agora tendo ele, mas não tendo ele inteiro, eu me sinto perdida, sem rumo e sem direção. Eu pensei que meu amor fosse forte ou que ele fosse o suficiente para nos dois. Mas não acredito que seja. Eu amo muito ele, e por isso não posso aceitar menos do que todo o amor dele também. Mesmo que isso signifique que eu vou perdê-lo. Mas ao mesmo tempo, ter ele comigo, é infinitamente melhor do que não ter ele.
Isabele se aproximou e apertou as mãos de Clarisse, para mostrar sua solidariedade, mas não é como se izzy entendesse o que ela estava passando.
—Talvez Clarisse, o único motivo para que vocês não estejam juntos, só vocês podem descobrir, são os motivos ocultos, que ocupam nossa mente e nos desviam das direções certas. Não deixe o acaso te tirar do seu caminho minha amiga.
—Não sei o que eu posso fazer contra isso, e certamente não posso lutar contra o acaso sozinha
—Você vai descobrir alguma coisa, eu sei que sim, e não esquece que você sempre fala que o que é seu, um dia volta pra você.
—Quando você ficou tão inteligente izzy ?
—Talvez eu sempre fui, mas você nunca prestou atenção, porque sempre pedia ajuda para o Nicholas. 
—Talvez..... me desculpe, eu fui tão errada
—Tá tudo bem, ele já era o seu Nicholas antes de eu ser sua izzy
Clarisse se aproximou e abraçou sua amiga, era a única coisa que ela podia fazer, e os braços de izzy, naquele momento foi uma salvação.
—Mesmo assim, você é tão especial na minha vida quanto ele.
silêncio
—Seria tão mais fácil se amor fosse a regra, não a exceção.
—Não seria
—Porque?
—Porque encontrar o amor é fácil, o difícil é mantê-lo. Vai sempre ter dificuldades Clarisse.
—Mas elas parecem tão pequenas
—É porque depende do ângulo que você olha.
—Obrigada minha amiga. Você salva meu coração .
Izzy riu e disse:
— bom, alguém tem de fazê-lo.
                                       •~•
Depois que Izzy foi embora, Clarisse entrou sorrateiramente no escritório do pai dela, ela sabia que o que estava prestes a fazer era errado, mas ela seguiria em frente mesmo assim, se homens podiam afogar suas mágoas em bebida ela também podia. Ela sabia onde ficava o whiskey, ela e Nicholas entraram no escritório escondido para mexer nas coisas de seu pai mais vezes do que ela seria capaz de se lembrar. Então ela entrou, fechou a porta, abriu o segundo armário da direita e tirou de lá uma garrafa.
E subiu para o seu quarto, pelo menos seu quarto nunca mudaria, ao menos que ela quisesse.
— porque Nicholas ?
Então ela bebeu, uma golada, e depois mais outra, e mais outra, e ela não parou até ver o fundo. E depois não parou até sair do quarto, descer as longas escadas, o que foi uma dificuldade, já que ela parecia geleia, abriu a porta da frente e saiu no ar gelado de Londres, andou exatos treze passos, deveria ser trezes se ela estivesse sóbria.
E bateu na porta
— senhorita Clarisse ! - exclamou o mordomo, ela não lembrava o nome dele
— senhor - ela cambaleou e ele a apoiou - Nicholas está em casa ?
Ele pensou por um momento antes de responder, ele deve ter considerado o que fazer com ela, lógico que ele sabia que ela não estava em condições, mas mesmo assim a deixou entrar
— ele esta na sala verde senhorita - então ele fez uma pausa - você gostaria que eu a acompanhasse ?
— não há necessidade disso, eu posso achar o caminho
— só por precaução - ele disse já segurando-a pelo braço
— pode ser ...
então ele a acompanhou, ou a arrastou até a sala, ela não sabia se seus pés estavam funcionando, então ele entrou e disse algo baixinho, e três segundos depois a porta se abriu com força. E Nicholas estava parado na sua frente
E ele parecia um deus, ela uma visão incrível e ela se arrependeu de estar bebada. Se ela tivesse sóbria teria aproveitado mais a visão.
Então ela já não sabia o que fazer, ela virou as costas e tentou ir embora.
Ele a segurou pelo braço, e a puxou para dentro da sala, virou para o mordomo e disse:
— werthey peça para preparem chá e biscoitos imediatamente, e não comente nada disso para ninguém
Ahhhh o nome dele era werthey, interessante, ela pensou mesmo que fosse alguma coisa com 'W'
Então a porta foi fechada e Nicholas a estava encarando
— o que foi ? - ela disparou
— estou pensando no que fazer com você Clarisse
— e quais são as opções ? Ta-talvez eu possa ajudar..
— te matar foi tudo o que eu pensei até agora
— eu entendo ..
— entende Clarisse ? Mesmo ? Porque eu não acho que intenda, você aparece aqui, o que eu lhe prometo, não é problema nenhum, mas não vamos ignorar o fato de você estar bebada como um gambá
Ela falava exasperado e mexendo as mãos o tempo todo, e Clarisse jura que viu ele olhando pro teto e clamando por Deus.
— eu bebi - ela confessou, tentando se soltar da mão dele, o que só fez ela cambalear e quase cair.
— eu posso ver - ele disse a olhando dos pés à cabeça.
— não foi muito
— que tanto ?
— uma garrafa
Ele parecia mesmo que iria pular em cima dela, ela seria hipocrita se dissesse que não gostaria disso.
— uma garrafa Clarisse ?
— não é muito diferente do que os homens fazem todo dia no white's
— é inteiramente diferente Clarisse! - ele perdeu a pouca paciência que tinha
— não é Nicholas, só que vocês nunca vão aceitar que nos merecemos os mesmos direitos, ou talvez as mesmas merdas de bebidas ou charutos e esgrima
— uma garrafa de que ? - ele estava rezando pra ser vinho do Porto, mas ele sabia que nunca seria vinho do Porto com Clarisse, ela era demais, até pra bebida, se ela decidia-se se embriagar, ela faria isso com força.
— whisky
— por Deus
— deus não está nessa conversa Nicholas
— o que você estava pensado ?
Ela parou por um minuto inteiro antes de responder, e ele soube que ela estava considerando mentir sobre a resposta, mas no final ela optou pela verdade.
—  em você principalmente
E não era a verdade que ele esperava.
— em mim ? - ele parou e voltou a encarara-la, como se tivesse acabado de levar um tapa. Ela deveria dar um tapa nele. Ele passou as mãos no cabelo, e a colocou sobre suas têmporas fechando os olhos por alguns segundos. Poderia ter sido dez minutos, uma hora ou três minutos, ela não tinha noção de horário quando estava bebada.
— porque você estava pensando em mim ?
— em quem mais eu pensaria ? - disse ela dando de ombros
— eu consigo imaginar um punhado de pessoas
— e nenhuma delas é você
— não. Não é
— exatamente
— exatamente
— você ainda não disse quais eram os seus pensamentos
— você nunca perguntou - agora ela tinha perdido a paciência, e ela viu Nick olhar pra ela como se em poucos minutos tivesse crescido outra cabeça em sua cabeça.
— estou perguntando agora então
— não Nicholas, você nunca perguntou
— eu imaginei que você fosse contar
— acho que eu nunca contei- ela parou e ele estava lá, e era como pular de um penhasco, mas ela já não sentia muita coisa mesmo, era realmente perigoso ficar anestesiado pela bebida - não esses pensamentos pelo menos..
— o que ? O que voce quer dizer com isso
Ela não respondeu
— quais pensamentos Clarisse ?
— varios pensamentos
— eles parecem importante
— acho que eles são mais uma mentira que eu fiquei me contando
— Clarisse - então ele se aproximou, bem perto dela, e parou a uma mão de distância, colocou as suas mão sobre os ombros dela, e por fim perguntou - quais eram os seus pensamentos, quando você se afogou em álcool hoje ?
— primeiro eu pensei sobre decência, sobre o que seria ou não apropriado, depois pensei em Kent, e em como casa, só era casa quando você estava lá, porque quando você não estava, era tudo muito quieto e tranquilo, quase como se nunca estivesse existido duas crianças lá
— e o que mais?
— depois pensei em todos os verões que você voltou, em todas as vezes que você vinha pra casa, eu dizia a mim mesma, no meu quarto onde ninguém podia ouvir, que você voltava pra mim. Por mim ..
— eu sempre voltei por você
Ela não falou nada por algum tempo, e quando disse, uma lágrima ligeira saiu junto, que ele pegou com o polegar.
— e depois pensei no meu primeiro beijo. Com lorde Edward, - então foi com lorde Edward Nicholas ponderou, ele pensava que sim, mas não tinha certeza até agora - e em como pareceu errado, e o pior de tudo Nicholas - ela se inclinou, como se estivesse prestes a contar um segredo, ele nunca se sentiu tão ansioso para ouvir alguma coisa antes - durante todo o momento que o beijo durou, eu não parava de pensar em você, em como você poderia fazer melhor e diferente, eu me senti mal depois. Mas aí tinha Ruby !
Nicholas não pode evitar sorrir ao saber que ela pensou nele, enquanto estava com outro.
— o que Ruby tem a ver com tudo isso ?
— ela te olhava de um jeito, eu não sabia explicar, era só possessivo demais e eu a odiei, eu já vi esse olhar em tantos rostos, que eu nem me lembro dos detalhes, mas eu lembro dos olhares, eu nunca quis tanto arrancar os olhos de alguém antes.
— e aí ?
— e então eu roubei um beijo, eu nunca me imaginei uma furtiva, e acho que quando eu fiz isso, eu joguei com o destino, foi um movimento arriscado e eu superestimei nossa amizade..
Ele a interrompeu:
— pensei que você não acreditasse em destino
— não acredito mas Hanry sim - ela parou e continuou logo em seguida como se Nicholas não tivesse dito nada - porque naquele momento Nicholas, quando eu roubei o beijo e você me beijou de volta, eu senti que estava caindo, e eu estendi porque foi tão errado o beijo de Edward, acho que mesmo enquanto eu o beijava eu já sabia, era porque não era você, porque com você foi certo. Era aquilo que eu deveria ter sentido no meu primeiro beijo
— continua - um comando claro em sua voz
— e então eu condenei o meu próximo pensamento
— que foi ?.. - me dando a abertura que eu precisava para continuar
— que meu primeiro beijo não precisa ser perfeito, se eu tivesse todos os meus últimos com você
A finalmente olhou para o rosto dele, e era como se ele estivesse se afogando, como se tivesse sido atropelado por uma carruagem, ou levado um soco, era muita coisa que corria por seus olhos, e ela não conseguia acompanhar
— por Deus nick, eu não estou te pedindo em casamento
— tem certeza Clarisse, porque é isso que parece para mim.
—Você me arruinou, e eu não me refiro a minha virtude ou reputação -Ele fez uma cara de quem não estava entendendo para onde a conversa estava indo, e começou a se remexer - Você me arruinou para todos os outros.
— o que isso quer dizer Clarisse ?
E ela começou a rir, rir desesperadamente como se ela estivesse realmente vendo alguma graça na situação
— quer dizer ... quer dizer que - ela na respondeu - como, como eu posso ficar com qualquer outra pessoa depois de você ?
— Clarisse eu não estou te entendendo
— como eu poderia me contentar em terminar com alguém, alguém que nunca vai ser você e alguém que nunca vai possuir o meu coração, como se meu coração algum dia fosse ser de mais alguém também.
— porque você está falando essas coisas ?
— porque é verdade Nichols, sempre foi e sempre vai ser e você sabe disso, sabe tão bem quanto eu, que nunca vai ter volta
— Clarisse não acho que essa seja uma conversa apropriada para termos, não com você nessas condições
— condições ?
— você está bebada ! - ele gritou - está bebada e está falando coisas impensáveis Clarisse
— acho que eu nunca estive mais sensata
— por Deus Clarisse, você é minha irmã
— mas eu não sou ! Eu não sou e nunca fui sua irmã Nicholas, e irmãos certamente não se beijam como a gente. Ou pior, irmãos se deitam juntos! - ela gritou
— Clarisse por favor
— não Nicholas, eu não vou retirar o que eu disse, porque não vai deixar de ser verdade, eu só preciso entender...
— não faz isso de novo Clarisse, pela nossa amizade - as mesmas palavras que ela tinha usado no segundo beijo deles...
Que irônico ele agora estar pensando em amizade...
— não ! Não da Nicholas, eu não posso mais ficar negando a mim mesma e fingindo não estar apaixonada por você, eu tentei- ela chorou, era como se a alana dela estivesse chorando junto, e clarisse nunca chorava, nunca - eu juro que tentei nick, tentei por tudo que é mais sagrado nesse mundo não gostar de você, mas é impossível. porque é tarde demais, pra nois dois, eu não sei mais fazer isso, não sei mais fingir indiferença quando você está com outras meninas, não sei mas fingir que eu não fico afetada quando você sorri pra mim, eu não consigo evitar pular quando chega uma carta nova sua, eu não posso mais não falar essas coisas, porque não falar. Não falar está me sufocando. E eu sei como é sufocar nicholas. Eu sufoquei, e eu não posso me permitir sufocar de novo. Eu acho que Nunca teve uma amizade pra começo de conversa.
— Clarisse nos temos 21 - ele gritou- 21!! nos somos jovens demais pra saber o que fazer da vida, e somos ainda mais novos pra saber e entender o que é amor!
— mas não muito jovem pra ser um marquês eu suponho?
Então ela reuniu toda a coragem que ela tinha dentro dela e perguntou, mesmo sabendo que a resposta partiria seu coração.
— você me ama Nicholas ?
                                        •~•
Nove dias, a última vez que eles se falaram foi a nove dias, e foi também a nove dias que Clarisse chorou todas as lágrimas que ela tinha em seu corpo, e deixou elas em cima de seus lençóis, e também há nove dias que o marquês de st.Ajax destruiu seu escritório. Ele arremessou tudo que conseguiu na parede, e depois atirou as partes quebradas no fogo, para ver queimar.
E há nove dias, os dois sabiam como era não ter nada.
Clarisse não se encontrava para os chás com a mãe de Nicholas mais, eles não se esbarravam nos bailes ou dançavam escandalosamente nos soirées, eles não passeavam mais pela cidade, Clarisse não visitava Nicholas nas horas inesperadas esperando fazer alguma coisa divertida.
Eles simplesmente se ignoravam. E qualquer sentimento é preferível a indiferença.
As vezes ela queria que ele entrasse gritando com ela em alguma sala, e ele desejava que ela arremessasse as coisas em sua cabeça, só para eles se lembrarem de que eles estavam lá. 
Mas ela nunca apareceu, e ele também não.
Se ele estava dando espaço para ela, ela também estava dando espaço para ele. Mas esse espaço parecia cada dia mais sufocante.
Como é estranho pensar que sua vida depende de alguém, eles não sabiam viver um sem o outro, mas agora teriam que aprender.
Hanry bateu na porta, não esperando Nicholas o mandar entrar, sentou em uma cadeira e encheu dois copos com whiskey
— você parece que está precisando
— não tanto quanto você Avery
— ah mais eu sei o que fazer para resolver o meu problema
— sabe ? - perguntou nicholas incrédulo
— claro que sei
— e o que seria ?
— ir atrás da minha garota
— não sabia que você tinha uma garota
Ele sorriu
— você gostaria de me falar sobre a sua garota ?- perguntou ele com toda a paciência que Nicholas nunca conheceu
— não tem nada pra falar
— mentira
— é
— toda a sociedade está comentando sobre vocês Enrioth, e sua garota não está mais tão radiante como antes
— para de falar isso, merda!
— o que ? Sua garota ?
— sim
— porque ?
— porque ela não é minha garota, isso é óbvio
— mentira de novo
— você não sabe do que tá falando Avery
— ela sempre foi sua garota Nicholas, todo mundo sabe disso. - ele deu de ombros e bebeu todo o líquido do seu copo em uma única golada.
— todo mundo ?
— a maioria
— não tem o que saber
— você sabe o que estão falando ?
— não, e não quero saber
— acho que você gostaria de saber
— não
— vou falar mesmo assim, vai que você muda de ideia. Estão falando que a menina na coluna de fofoca te beijando era Clarisse, e não tente negar porque nos sabemos que é verdade. Então agora o assunto é que para provar que sua fama de partir corações era verdadeira, você conseguiu partir o da única mulher que sempre te defendeu para provar um ponto.
Nicholas so sentia raiva
— não tem o que fazer Avery
— lorde Edward parece muito encantado por ela
Depois de cinco minutos em silêncio, Nicholas escolheu contar ao amigo, ele precisava contar pra alguém de qualquer forma
— ela me perguntou se eu a amava
Hanry arregalou os olhou e esperou Nicholas falar sua resposta, quando ele não o fez, Hanry soube que ele tinha estragado tudo
— Nicholas o que Você respondeu ? O que você disse Enrioth?
Nicholas bebeu o resto do whiskey, deu um suspiro profundo e disse
— que não.
O que era a maior mentira que ela já havia contado em todos os seus 21 anos de vida. Mas ele estava com muito medo de encarar as coisas, então ele faria o que ele sempre fez de melhor. Ele fugiria. E levaria o coração de Clarisse com ele, porque ele era muito egoista para deixá-lo. O que ela não sabia era que, ao sair, ele deixaria o dele pra trás com ela, por que ninguém jamais o teve como Clarisse.
— merda - respondeu Avery enchendo o copo deles mais uma vez. Só que, dessa vez com muito mais whiskey

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