Como se apaixonar por um marquês

CAPÍTULO 26

Na manhã seguinte, demorou muito para Clarisse sair da cama, ela alegou cansaço, dor de cabeça, dor nas costas, e outras mil dores para permanecer no quarto, mas quando a governanta apareceu com um negócio fedido e a mandou beber ela milagrosamente se curou, então desceu para o andar de baixo para descobrir que não havia ninguém em casa, a não ser os criados. Ótimo! Ela realmente podia ter ficado mais na cama.
Ao invés disso ela sentou no sofá, e esperou pelo chá, lendo pela terceira vez orgulho e preconceito.
O chá chegou, e ela passou pelos capítulos, então ela tomou outro chá, e mais um, então viram biscoitos, e Ajax entrou na sala e se sentou ao seu pé.
Então a porta da frente bateu, e ela continuou sentada, certamente seria sua mãe, ou izzy, ela esperaria sentada, estava muito cansada de qualquer jeito.
Mas ela não esperava que a pessoa que fosse entrar seria Nick.
                                      •~•
Nicholas acordou cedo, para se encontrar com Hanry, os amigos ficaram horas conversando e jogando carteado no clube, depois saíram e compraram cartolas,o que Nicholas odiava, esgrimiram e cavalgaram pelo parque. Então durante uma conversa sobre os tempos antigos de quando eram crianças, Hanry disse que seria legal pregar uma peça em Clarisse, em honra aos bons momentos e os surtos que Clarisse já deu, quando que eles colocavam sal nos chás, puxavam as cadeiras antes dela sentar, ou fingiram não ouvi-la por dois dias.
Mas a verdade é que Nicholas teria aceitado qualquer desculpa para ver Clarisse novamente, então ele tentou a sorte e foi procurá-la em casa.
Clarisse tinha dito que Nicholas não precisava ser anunciado, então o mordomo abriu a porta e ele foi procurá-la.
— Clarisse, precisamos conversar
Ela estava concentrada em um livro, que deixou cair de seu colo quando ele falou
— O que foi?
— Eu fiz algo terrível, algo que nem você poderá me desculpar - ele começou
Ela cerrou as sobrancelhas e olhou pra ele, procurando uma brecha, avaliando ele é tentando descobrir alguma coisa.
— Não seja bobo Nick eu vou sem...
—Você não pode me perdoar em relação a isso - ele disse cortando ela
— Então fala logo o que é e me deixe decidir isso - ela disse exasperada e já impaciente. Clarisse odiava mistérios e surpresas.
Ele não falou nada
E ela esperou
E esperou
E esperou
E nada
Ela não aguentou
— Anda! misericórdia desembucha logo por deus  Nicholas, não sou feita de ferro e odeio mistérios 
— Eu sou um assassinino - ele  disse como se estivesse contando um segredo muito sombrio
Ela parou, olhou fundo nos olhos dele por três segundos inteiros, então se virou e correu. Muito rápido tentando fugir. Nicholas ficou estarrecido com a visão dela correndo. Porém ela parou antes de chagar na porta se virou, encarou ele, e começou a rir, muito, ela até perdeu o fôlego por alguns momentos, e segurar a barriga.
— Meu deus - risada - eu não posso acreditar, sério Nick?
Então ele riu
— Foi ideia de quem ? - ela perguntou
— Não importa - era verdade, ele só precisava vê-la
— Importa sim porque isso foi magnífico, embora eu ache que você podia ter tentado alguma coisa mais realista...
— Do Hanry era uma aposta
—Espero que você tenha perdido - ela parecia genuinamente encantada
— Por um minuto eu pensei que você fosse correr mesmo - ele confessou
— Improvável
— Ah é ? - estava começando a ficar interessante
— Sim - Clarisse e suas monossílabas quando está nervosa
— Porque ? - e ele realmente esperou a resposta
— Eu nunca correria de você
— É? - ele sentiu a felicidade correr em suas veias com a afirmação de sua amiga
— Sim você é muito rápido me alcançaria facilmente
Ele riu, ela sempre divertia ele
— Só por isso ?
— Se você matasse  alguém - ela pensou
— Se eu mateasse alguém.... o que Você faria ?
— Não sei, o primeiro pensamento que eu tive foi correr para trancar as portas - e era verdade, ele pode ver nos olhos dela. Mas porque ela iria correr para trancar as portas ?
— Por isso você correu ?
— Pelo visto sim!
E eles começaram a rir de novo
— Você ia se trancar aqui dentro com um assassino ? - ele perguntou quando percebeu o que ela tinha dito
— Aparentemente - ela disse dando de ombros
— Você é louca ?
— Pouco provável - ela balançou a cabeça
— Então porque ?
— Acho que porque eu não tenho medo de você, nos já superamos essa fase.
Nicholas sorriu
— Jura ? - ele disse se aproximando dela, bem devagar
Ela sorriu
— Você só machuca joaninhas indefesas Nickye, e eu não sou uma joaninha
E um sorriso sedutor cruzou seus lábios enquanto ele enroscava o braço ao redor dela
— Sim, você não é, mas mesmo assim eu a peguei.
Ela riu com a testa em seu peito, devido à proximidade
— Não é assim que eu me recordo..
— Ah não ? - eles estavam indo para algum lugar
— Se eu me lembro bem - ela começou
— Sim...?- ele incentivou
— Eu me aproximei de Você
Ele não respondeu e ela murmurou
— Sabe-se lá deus quanto tempo você teria demorado se eu não tivesse me aproximando
Ele olhou pra ela com os olhos arregalados, mas eles se suavizaram e ele foi capaz de dizer
— Eu teria me aproximado de uma outra forma se não fosse por seu beijo roubado, coração.
— Será ? - ela o estava provocando
— Acho que nos nunca vamos descobrir
— Não - ela sussurrou - não vamos.
E como ela não percebeu, ele já estava lá, colado nela, a pressionando contra a parede, que eles de alguma forma chegaram, atravessando o cômodo todo, e ela fez a única coisa que uma mulher faria naquela situação. Puxou o cabelo dele para baixo e o beijou. E ela soube, que ela estaria literalmente indecorosa. Ele tomaria tudo dela nessa noite, e ela não iria pará-lo. É melhor colocar os pés no paraiso por uma noite e viver no inferno pelo resto da vida, mas pelo menos ela teria sua lembrança.
Então ela se entregou, e Nicholas, como o bom amante inglês que ele era, não hesitou.
Sem oxigênio o fogo não queima, e por Deus Nicholas era o exigência dela.