CAPÍTULO 36

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Nicholas estava a um mês longe de casa, e era cada dia um pouco mais difícil se afastar dela, tudo que ele via, queria dividir com ela, as coisas que ele ouvia ele queria que ela ouvisse também, que ele pudesse contar pra ela, os cheiros da cidade, os doces que ele via nas vitrines, os chás que ele comprava pra Clarisse mas dizia para o seu cérebro quebrado que eram para sua mãe, as flores que decoravam as ruas aram constantes memórias da sua infância, e de como Clarisse amava os lírios amarelos...
Foram dias intermináveis, mas ele sabia que havia um motivo para ele não estar com ela, e por isso ele iria aguentar, ele viveria no inferno se isso protegesse sua alma dela, do medo que ele tinha.
Mas tudo mudou, ele não esperava uma carta quando ela chegou, e ele com certeza não esperava que ela tinha seu futuro escrito nas páginas, não esperava que seus olhos fossem encher de lágrimas e que ele sentiria uma dor tão forte e profunda queimar em seu coração, não esperava o desespero que o consumiu e a culpa que caiu em seus ombros, não esperava que mesmo assim aquela tinha sido a melhor notícia que ele receberá em sua vida, que mesmo que ele tentasse ele não se arrependia de nada, ele não mudaria nada. E que agora ele voltaria, por eles, por Clarisse e o bebê.
Quando Nicholas leu a carta de Henry ele chorou, como uma crianças quando perde o brincado favorito ou cai e se machuca, ele ficou encarando a carta e ficava lendo aquela palavra, encarou, encarou e encarou....
Ele não tinha outra decisão, ele iria voltar, ele deixaria tudo para trás se fosse o caso. Mas ele não podia mais ficar separado dela. Ele ainda tinha medo, mas agora era diferente.
Durante a volta ele não conseguia dormir, e ele se pegou lendo a missiva de Henry mais uma vez. Então percebeu que tinha outra carta anexada. No nervosismo e ansiedade ele não tinha percebido. Era uma carta de Clarisse, estava amassada, e ele sabia que não tinha sido ela quem a enviará.
Se concentrando em ler as palavras, ele se condenou por ter ido embora, por não ter ficado por ela quando ela praticamente implorou para que ele não fosse, por não tê-la ouvido e certamente por não dizer a ela que ele a amava quando ele sabia que sim, aquela era a certeza da vida dele. Ele nunca deveria ter a deixado. Aquele seria o maior arrependimento da sua vida.
O marquês não sabia o que fazer a seguir
Então chegou em casa do nada e a viu lá fora, entrando em casa. Ele olhou pra ela, e como se eles tivessem uma ligação invisível, ela virou as costas para encarar os olhos dele.
E tudo que ele leu foi resignação.
Ele precisava mudar isso, mas antes de se e capaz de se aproximar, ela entrou na casa e bateu à porta.
                                 •~•
Clarisse pensou que estivesse sendo assombrada, mas se lembrou que Nicholas estava vivo em algum lugar, então pensou que estava alucinando, e entrou correndo para casa. Sentiu uma tontura e se apoiou na parede, Anna entrou e a viu daquela forma, ainda muito branca e suando frio
— lady Clarisse? - ela disse se aproximando - lady Clarisse a senhorita está bem ?
Anna a ajudou a se apoiar
— a senhorita não parece bem, porque não se deita por alguns minutos - ela ofereceu - vem eu a ajudo subir as escadas
— muito obrigada Anna, é só uma  indisposição passageira eu lhe garanto
Anna assentiu e continuou a amparando  escada acima
— você poderia me fazer um favor Anna ?
— mas é claro senhorita
— se alguém aparecer gostaria de não ser incomodada, diga que eu não estou me sentindo muito bem no momento por favor
— mas é claro senhorita - Anna a ajudou a chegar em seu quarto e disse que pediria para a governanta preparar um chá, Clarisse agradeceu mas disse que logo estaria melhor, Anna saiu do quarto e deixou Clarisse sozinha, e está logo pegou no sono.
                                •~•
Nicholas bateu na porta três vezes antes de uma criada abrir
— pois não senhor Nicholas ?
— estou aqui para ver Clarisse Anna - ele já sabia quem ela era, ele passava muito tempo na casa ao lado e conhecia praticando os funcionários
— me desculpe senhor, temo que isso não será possível hoje, talvez você devesse voltar amanhã
Nicholas juntou as sobrancelhas sem entender porque ele não podia vê-lá
— e porque eu deveria voltar amanhã ?
— Clarisse não está se sentindo bem, eu a deixei no quarto a alguns minutos ela estava meio tonta eu acho
Nicholas não esperou mais nada, ele empurrou delicadamente a criada para o lado e entrou na casa que ele conhecia como a palma de sua mão, subiu as escadas e entrou no quarto de Clarisse. A mesma dormia em sua enorme cama, mas parecia um sono muito leve, então ele sentou na poltrona e a esperou acordar, o que não demorou nem quinze minutos.
— Ni-nicho..las ? - ela sussurrou - meu deus estou alucinando
Ela colocou a mão na cabeça e voltou a fechar os olhos
— você não está alucinando coração, sou eu
Então ela abriu os olhos e tinha raiva em seu olhar
— você voltou ? Depois de um maldito mês inteirinho você simplesmente voltou de repente como se não fosse nada ? E o que você está fazendo aqui ? Na minha casa no meu quarto ?- ela quase gritou
— eu tive uma boa razão para voltar
Foi tudo o que ele disse
— e eu posso saber qual foi ? - ela arqueou uma sobrancelha
Ele olhou pra ela, e então pela primeira vez desde que voltou olhou para sua barriga, ainda estava normal, mas ele não conseguia parar de olhar, ela percebeu o olhar dele e colocou sua mão cobrindo a barriga
— você está grávida
Ela assentiu
— eu estou
Ele assentiu
— e quando você descobriu ?
Ela desviou o olhar, virando para a janela
— um pouco antes de você ir embora
Ele ficou muito nervoso e praticamente gritou
— porque você não me disse Clarisse ? Porque ?
— porque eu queria que você ficasse por mim, não porque se sentia responsável
Ele riu ironicamente
— mas eu me sinto responsável !! Eu deveria ter sabido, você deveria ter contado Clarisse
— porque ?
— PORQUE ISSO MUDA TUDO ! - ele gritou já sem paciência
— isso muda tudo ? Isso não muda nada Nicholas, se você ficasse deveria ser por mim porque você me ama e quer ficar comigo não com o nosso filho porque eu certamente não vou ficar com alguém que não me quer!
— mas eu amo. Eu amo Clarisse, amo você e eu certamente já amo esse bebê.
Ela olhou pra ele, e com uma pontada de dor no coração respondeu
— acho que tarde demais pra isso agora Nicholas.
E Clarisse ela o amava, ela tinha certeza disso, e é claro que ela queria ficar com ele, mas ela também queria que ele sofresse tudo que ela sofreu nesse último mês, queria que ele sentisse um pouco de como era carregar  um coração estraçalhado no peito como é difícil viver dessa forma. E também ela queria de verdade que ele escolhesse ficar, que ele a escolhesse por ela, por querer ela não pelo bebê, ela não duvidava do amor dele? Mas doía saber que ele só voltou por causa disso.
Será que se não houvesse bebê ele teria voltado?
E como se ele fosse capaz de ler a mente dela, ele disse as palavras que ela sempre quis ouvir dele
— eu sempre voltei por você, e eu voltaria pra você sempre. Você Clarisse. Só você. Pra sempre você.
Ela sentiu uma lágrima escorrer, ela não conseguia ficar lá, parecia que a casa estava muito apertada em volta dela
— eu preciso de um momento - ela disse e fugiu do quarto e de Nick, ela iria sair de novo, para colocar a cabeça no lugar, só por alguns minutos..mas infelizmente sua mãe percebeu que ela estava saindo porque gritou
— Clarisse !
Ótimo agora ela teria que pedir permissão para sair novamente. Como se seu problema com Nicholas já não fosse o suficiente. Esse dia estava se tornado extremamente cansativo.
— mamãe ?
— qual você prefere ? - disse a mãe estendendo duas mãos para Clarisse com dois tecidos, na cor verde
— parece igual para mim
— esse - a mãe disse levantando a mão direita - é mais escuro
Não. não era, mas ela não falaria nada
— prefiro esse então
A mãe sorriu e voltou a examinar os tecidos
— me faça companhia para um chá então
— na verdade mamãe...
Clarisse começou, e sua mãe a encarou
— eu vou sair para um passeio, só voltei agora pouco para pegar um xale e acabei cochilando no quarto
A mãe a encarou profundamente
— não querida, você me fará companhia para um chá !
— não vou, já tinha planos e eu os cumprirei
— você não pode ! - afirmou sua mãe - eu não vou deixar Clarisse, chega eu já disse o suficiente para hoje. Você fica abusando das saídas, parece que procura ficar doente...
— mas eu estou longe de estar satisfeita mamãe, com toda licença eu não concordo. - era um ótimo momento para desafiar a mãe. Como se Clarisse não tivesse outras preocupações no andar de cima.
— você não precisa concordar Clarisse e sim obedecer
— como você ousa ? - gritou a menina, enquanto Nicholas entrava na sala com um olhar de preocupação no rosto - você não pode dizer isso para mim eu certamente não vou mais obedecer ordens nenhuma está na hora de você aprender que eu não sou mais criança e que eu tomo minhas decisões
— eu sou sua mãe, eu posso fazer o que eu bem pensar e dizer o mesmo
— não a respeito da minha vida! Você não pode
— Clarisse nos estamos conversadas.
Ela sabia que uma dama não gritava, não importava as situações, porém ela estava longe de ser uma dama naquele momento, e sua mãe estava longe de tratar ela como uma. E sua vida estava de ponta cabeça e ela estava cansada.
— não ! Você tenta me trancar dentro de casa, mesmo eu já sendo crescida, você se esquece mamãe que não é mais dona da minha vida
— coração.. - Nicholas tentou intervir, mas Clarisse estava muito nervosa para sequer escutar
— não - ela não ia deixar ele falar - ela fez isso a minha vida toda nick, eu não vou permitir que ela continue fazendo, e a propósito, você não esteva aqui por um tempo, então voce não tem direito de falar nada!!
Ele ficou imediatamente em silêncio porque sabia que ela tinha razão
— é para o seu próprio bem - disse a mãe
— eu não ligo, você me trata como uma invalida, mas advinha só, eu não sou uma invalida, e estou muito longe de ser, eu estou bem, e não vou mais aceitar ser tratada com condescendência, nem por você nem por ninguém. - ela disse isso olhando para nicholas
— Clarisse - tinha um tom de ordem e de repreensão na voz da mãe
Mas Clarisse não iria ceder, não dessa vez
— não.
— Clarisse !!
— acho que nos estamos conversadas mamãe - ela virou e saiu, mas não chegou muito longe.
— para o inferno que estamos, você não vai colocar em risco sua saúde por nada, e eu tenho certeza que Nicholas concorda comigo nesse ponto, certo ? - ela olhou pra ele, assim como Clarisse
— se alguém pudesse me dizer qual é o poblema - ele tentou ser diplomata
— o problema é que você esteve fora por um mês, Nicholas, exatos trinta e um dias, e todos os dias desde que você partiu pra deus sabe onde, e todos os dias antes de você partir, e todos os dias antes desses, minha mãe continua me dando ordens, me dizendo o que fazer e o pior como agir, e se não bastasse isso, agora ela quer ditar aonde eu posso ou não posso ir. E isso eu não vou aceitar. E você não esteve aqui! Você foi embora e eu esperei, e eu estou cansada de esperar por você!
— Clarisse - sua mãe a chamou e ela olhou - se você quer tanto a sua liberdade então fique com ela, mas assuma a responsabilidade pelas suas ações a partir de hoje eu não a privarei mais de nada.
Então ela simplesmente saiu pela porta, e foi em direção à rua, sem rumo e começou a andar, depois a correr, mesmo que damas não corram, e percebeu que estava frio, e ela estava com um vestido de dia, que não cobria os braços e o peito, e que o suor frio de antes ainda estava em seu corpo, e na pressa de sair de casa ela tinha deixado o xale, e que o ar estava muito seco.
O ar estava muito seco para os pulmões dela.
E ela estava no meio do Hyde park com todas aquelas pessoas olhando, ela começou ficar nevosa, e começou a sufocar.
Ela não estava respirando. O ar parecia pedra em cima dela, ela começou a se concentrar em respirar, mas parecia que não estava funcionando. Ela estava sufocando. E isso era muito pior do que cair no lago em Kent no frio. E ela estava pagando a língua, pq se tivesse obedecido a mãe e dicado em casa...
Engraçado, que dentre todas as coisas que ela poderia pensar, em todas as memórias que ela poderia lembrar pra deixar o momento mais feliz enquanto ela parava de respirar, ela pensou em uma joaninha, e que se algum dia ela fosse voltar para o mundo, seria para ser uma dela. Uma joaninha vermelha com bolinhas pretas, voando em volta dela, pousando no seu nariz, em cima de uma flor. E que seu bebê seria uma joaninha também....
seu bebê.
Ela colocou as mãos na barriga, tentando de alguma forma proteger sua criança, sabendo que era improvável.
Porque a fixação por joaninhas Clarisse ? Sua mente corria em varias direções ao mesmo tempo
*porque foi quando você descobriu que amava Nicholas*
Ela queria gritar, mas ela não conseguia, e mesmo se conseguisse as pessoas não estavam perto o suficiente para ouvir
Clarisse nunca teve certeza de nada na vida. Mas naquele momento, ela sabia que ia morrer, e ela iria morrer sozinha no meio do Hyde park de Londres. E Nicholas nunca saberia a verdade. Sobre o quanto ela o amava, sobre como ela queria casar com ele e viver em uma casa com um jardim de lírios amarelos com seu filho...
Suas pernas começaram a ficar trêmulas, como suas mãos. E o mundo apagou por um momento. E a última coisa que ela sentiu foram mãos de alguém a levantando.
E esse seria seu fim.
                                      •~•
Nicholas sabia o que estava acontecendo antes de acontecer. Ele conhecia os sintomas, ele se lembrava com detalhes da primeira vez que tinha acontecido, lá em Kent há tantos anos, ele se lembrava como o pior dia da sua vida. Então ele sabia. Ele sabia que ela não estava respirando.
Ela não estava respirando. De novo.
Clarisse- ele pensou ter gritado o nome dela, mas tudo estava tão confuso que pode ter sido apenas na cabeça dele.
Ela não estava respirando e estava começando a ficar branca.
Ela ia desmaiar sem ar.
E não tinha nada que ele pudesse fazer a respeito.
E ele estava desesperado.
Ele iria perder o amor da sua vida e seu filho.
Então ele correu Completamente e desesperadamente para chegar até ela, enquanto sua melhor amiga, mãe de seu filho caia.
Aquele, foi o pior momento da sua vida, não chegava nem perto do de Kent, esse era muito pior, e ele viu suas mãos tremerem.
Ela ia morrer. Eles iam morrer.
O pensamento cruzou por ele numa cadência de segundos, mas foi o suficiente.
Ele nunca tinha pensado a respeito, ele nunca tinha imaginado perder a melhor amiga, e era isso que estava acontecendo. E ele não sabia viver outra vida sem ela. Ele não podia viver uma vida sem ela, e sem as crianças que eles teriam. Ela era tudo. Se ela morresse, ele iria facilmente morrer também.
Porque não existe um Nicholas Thorei Enrioth sem uma Clarisse Amari Bllemt.
A vida dele não era nada sem ela.
E ele se arrependia por ter demorado tanto tempo para perceber isso.
Ele não tinha o que fazer, ele só podia correr até ela, se ele ao menos chegasse até ela, e então, ela caiu, desmaiada em seus braços, era como segurar a sua vida, ela era sua vida. O amor da sua vida. Ele a pegou no colo, e correu para casa, que era a menos de dois quarteirões de distância, ordenando que seu mordomo mandasse chamar um médico imediatamente, ou sua Clarisse estaria morta em minutos. Era pra eles se casarem, era pra ele ter voltado pra casa logo e a pedido em casamento, e ela seria mãe. não era nem para ele ter ido embora, ele nunca deveria ter ido embora, e agora ele podia perder ela... eles; e ela nunca ia descobrir, que ela era a única que ocupava o coração dele. Ela era o coração dele.
— Clarisse- ele chamou, o desespero era nítido em sua voz- Clarisse
Ela abriu os olhos, perdida, e olhou pra ele. Seus olhos ardiam em desespero, ele pensou que ela sabia que ia morrer, e que ela tinha que falar alguma coisa. Mas ele não poderia aceitar isso. Ele não iria aceitar isso.
Aquela era Clarisse, sua Clarisse desde que eles se conheceram há tantos anos atrás. Ela era sua, tanto quanto ele era dela.
Então ele disse
— se concentra em respirar, não para de respirar nem por um segundo me entendeu ?
Ela ia desmaiar de novo. E de alguma forma Nicholas queria respirar menos, pra ela nunca ficar sem ar.
— Clarisse! - ele gritou - respira.
Ela concordou com a cabeça, o peito queimando de dor, se ele se concentrasse ele poderia sentir a dor no próprio peito.
— respira Clarisse.
Ela queria falar alguma coisa, mas ele não podia deixar ela se despedir. Não era a hora dela. Não ainda.
— não fala Clarisse, respira, não fala só tenta respirar. Por favor.
Ele não podia perder ela, o mero pensamento já fazia ele ter vontade de gritar.
— onde está o maldito médico ? Pro amor de Deus - então ele se virou para ela e continuou
— você não vai morrer Clarisse, você me entendeu ? Você não pode morrer. Se concentre em respirar.
Ela não conseguia, e parecia que quanto mais ela tentava menos efeito fazia.
— vamos - ele gritou- vamos Clarisse!
Por favor respira.
Por favor respira.
Por favor.
Respira.
Se ela não morresse ele mesmo a mataria.
Os olhos dela, ele nunca iria se esquecer dos olhos dela naquele momento, porque iria persegui-lo até o túmulo.
— o médico! Onde ele está ?
O mordomo estava tão nervoso quanto ele, mas não havia nada que eles pudessem fazer.
— ele já foi informado senhor, ele está vindo imediatamente
— quanto tempo até ele chegar aqui ? - o marquês perguntou desesperando segurando a mão dela sem perceber que inconscientemente sua outra mão estava sobre a sua barriga
— nã-não sei senhor.
— ela vai morrer em minutos - ele falou alto o suficiente- traga aquele médico aqui agora!
O mordomo assentiu e Nicholas completou, olhando para ela.
— nos não podemos esperar mais nem um minuto. Não temos mais nenhum minuto. Pelo amor de Deus - ele suspirou, sua voz já estava trêmula pelo desespero.
Ela já não estava branca como antes, agora ela estava vermelha, o peito da cor do fogo, ela deveria estar com muita dor
Então graças aos céus, o médico entrou na sala.
— vossa graça ? - disse o médico
— ela precisa de ajuda, ela não tá respirando, ela não está respirando.
Ele olhou pra ela seus olhos estavam virando, e ele percebeu.
Ela iria morrer.

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