CAPÍTULO 13

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Duas horas depois Nicholas estava acompanhado Clarisse até sua casa, que era ao lado da casa de seus pais, e ele tinha uma reunião com seu pai e o advogado da família.
— se você tivesse que escolher entre, ser um dia da semana Nicholas, qual você seria ?
Clarisse fazia isso o tempo todo, escolhia duas opções e mandava ele escolher entre elas, e eram sempre coisas absurdas. Mas era um dos passatempos preferidos da sua amiga
— segunda, você ?
— terça. Se você tivesse que escolher entre ser uma bebida ou ser uma comida qual você seria
— whisky, você ?
— bolo de cenoura com chocolate. Se você tivesse que escolher entre ser um órgão do corpo humano qual você seria ?
— o pinto, é o que mais se diverte- então ela parou, dura como pedra e mais branca que papel, a princípio ele não percebeu que ela tinha ficado para trás, e tão a viu e ficou se perguntando se sua franqueza a assustara, mas ele sabia que não, porque Clarisse sabia dessas coisas, ela lia, sem seus pais saberem sobre essas coisas. A primeira vez que ele a pegou lendo um livro inapropriado, ela conseguiu ficar mais vermelha que a cor do sangue, e passou uma semana sem olhar Nicholas nos olhos, até ele finalmente concordar em esquecer o que viu. Ele é claro nunca esqueceu, e nunca a deixou esquecer também. E todas as outras vezes foram versões diferentes da primeira.
— Clarisse - ele chamou, ela levantou os olhos para ele, e ele viu que tinham lágrimas ali— Clarisse qual o problema ?
Ela não respondeu
— me diz o que está errado
Então ela olhou para baixo, e ele acompanhou seu olhar, e então tudo fez sentido. Era um lagarto, e ele estava com a cauda em cima do pé dela, ela tinha pavor de lagarto.
As lágrimas continuaram caindo, mais rapidamente agora.
Então ele foi lá e fez o que sempre fazia quando isso acontecia, ele a pegou nos braços e a carregou para longe do lagarto.
— pronto Clarisse, você está a salvo do lagarto agora
— obrigada Nicholas, você é realmente um cavalheiro.
— não há de que
E eles chegaram na casa dela
— lady Clarisse, a senhorita está bem ?- perguntou lorde Edward na porta de sua casa. Então ela percebeu que Nicholas ainda a segurava, e ele também porque
Imediatamente a colocou no chão
— lorde Edward, estou ótima obrigada por perguntar, o que o senhor faz aqui ?
— vim lhe pedir para me acompanhar a um passeio
— um passeio?
— sim
— eu adoraria - então ela se virou para Nicholas - você gostaria de entrar Nick ? Tenho certeza que haverá algo de interessante para fazer
— não, preciso me encontrar com meu pai e o advogado
— ora mais que maravilha, é realmente ótimo que nos somos vizinhos.
Ele sorriu, acenou para lorde Edward e saiu rumo à residência de seus pais. Com certeza sua mãe estava tomando chá com a mãe de Clarisse, elas sempre faziam isso
— vamos ? - perguntou lorde Edward
— vamos, só preciso buscar minha acompanhante
— você não tinha uma acompanhante com Nicholas ? - ele não parecia com ciúmes ou irritado, só curioso
— não, Nicholas em si já é a acompanhante.
— achei que uma dama sempre precisasse de acompanhante
— e você está certo. É so que - ela pensou no que falar - com Nicholas é diferente.
Então ela disse o que seu amigo sempre falava quando alguém perguntava muito, e ela sabia que aquilo acabaria com a conversa sobre acompanhantes
— não pode se esperar que uma dama fique na companhia do irmão com uma acompanhante. É isso que Nicholas é para mim lorde Edward
— entendo - depois de uma pausa ele colocou - eu ouvi certa vez que vocês haviam crescidos juntos, mas nunca pensei que fosse literalmente.
Ela riu
— ora lorde Edward, posso lhe garantir que foi literalmente, e é exatamente por isso, que Nicholas não é ameaça para mim ou para minha reputação.
Então ela foi até a porta e chamou Anne, sua dama de companhia
— o tempo está agradável hoje não acha lorde Edward ?
— de fato está senhorita Clarisse
— acho que o senhor poderia me chamar de Clarisse
— então a senhorita pode me chamar de Edward
— claro
— devo dizer que - ele parou olhando por cima do ombro para ver se Anne estava ouvindo - fiquei pensando sobre ontem à noite.
— ficou ? - ela levantou uma sobrancelha em descrença
— sim. Em uma parte específica
— e qual seria ela Edward ?
— quando você disse que preferiria ser beijada por alguém que admira seu cérebro, e não sua aparência física
— e eu falei sério
— sei que falou, e por isso estou aqui. Não lhe conheço tão bem, mas gostaria, e eu a acho sim uma pessoa com um cérebro magnífico
— fico muito feliz em ouvir senhor
— acho que daríamos um bom casal
Ela não respondeu
— estou lhe pedindo permissão para ser cortejada por mim.
— eu lhe concedo então
— agora me fale sobre você
— o que o senhor gostaria de saber ?
— sobre sua vida, sobre sua infância
— ahh lorde Edward as melhores infâncias duram décadas
— eu suponho que a sua durou ?
— claro que sim
— e o que a pequena Clarisse fazia ?
— praticamente brigava e competia com Nicholas o tempo todo. Caia no lago e fugia de lagartos.
— todas as suas memórias de infância são com lorde Enrioth?
— temo que sim... isso será um problema para o senhor ?
— não, claro que não. Não quero que você me julgue ou algo do tipo, mas é muito interessante a dinâmica de vocês.
— e por que o senhor acha isso ?
— eu vi vocês dançando
Ahhh
— ahh, isso explica muita coisa.
— temo que eu tenha ficado um pouco curioso
— era uma brincadeira de quando éramos crianças e tínhamos aula de dança juntos. Nosso professor vivia pegando no nosso pé para dançarmos com leveza e sincronia, mas nos apenas ficávamos lá, pisando um no pé do outro até o primeiro gritar. E que gritasse primeiro teria duas escolhas
— quais ?
— as que a outra pessoa escolhesse. Uma vez nick me deu a opção de pular no lago do inverno, ou montar um cavalo de costas
— interessante
— e teve a vez em que ou eu pegava um lagarto na mão, ou comia uma tigela de couve de Bruxelas com farinha
—- você realmente teve uma infância interessante
— mas e o senhor ?
— o que tem eu ?
— conte-me mais sobre você
— eu não tive irmãos, e nem um amigo como o Nicholas até entrar em ethon
— sinto muito, deve ter sido muito difícil para o senhor. Não consigo me imaginar sendo quem eu sou, sem a influência da amizade de Nicholas.
— imagino que não.
— qual é sua estação preferida milord ?
— e existe isso ?
— claro que sim ! Eu sempre fui apegada ao verão
— sua estação preferida é o verão Clarisse ?
— lógico
— nem mesmo a primavera supera o verão ?
Ela deu uma risadinha
— nada supera meus verões - ela só nunca iria contar a ele o porque.
— a minha é o outono
— combina com o senhor
— minha querida, que tal um chá na madame rosebelle?
— eu adoraria - ela não iria comentar que tinha acabado de sair de lá com Nichols.
Ele abriu a porta para ela entrar, e logo a mulher do balcão olhou para ela, e exclamou
— Clarisse minha querida, duas vezes em um dia ? E com outro jovem bonito ?
— senhora rosebelle, temo que eu seja viciada nos seus chás - o que era particularmente verdade
— claro que a senhorita é, todos são. Lorde nicholas lhe comprou algumas folhas antes de vocês irem embora
E Clarisse ficou um pouco desconfortável com a menção de Nicholas, afinal ela estava com Edward.
— temo que seja para sua mãe, senhorita rosebelle. A duquesa de Hawley também tem um fraco por chás.
— acho que não querida, era o seu favorito que ele comprou
Ela deu outro sorriso que não lhe chegou aos olhos
— chaga de Nicholas por hoje, ele certamente não vale todos os nossos minutos não é mesmo ?
Então ela se virou para lorde esse livro disse :
— o senhor queira me desculpar lorde Edward.
— não há necessidade de desculpas Clarisse
— eu imagino que deva ser um inconveniente todas essas menções a lorde Enrioth
E antes que ele pudesse responder, a porta foi aberta e Hanry entrou.
— Rissye? - esse era um apelido que ele é Nichols a chamava as vezes.
— Hanry, é um prazer vê-lo - então ela fez as apresentações - este é lorde Edward, visconde de flewur, lorde Edward este é lorde Henry Avery, futuro conde Avery.
— é um prazer - disse  estendendo a mão
— digo o mesmo
Depois de um silêncio Clarisse disse
— Hanry, eu fiquei maravilhada ontem a noite, você é Izzy dançaram tão limadamente juntos
— ahh Rissye nada se compara a você e Nicholas. 
Ela lhe lançou um olhar duro e ele pigarreou
— o que te trás aqui em uma casa de chás Hanry ?
— acho que o destino
— não seja bobo Hanry
— eu não estou sendo. Estava andando e resolvi entrar, parece coisa do destino para mim.
E então do lado de fora, do outro lado da rua, estava Isabelle.
Então Clarisse riu
— com certeza foi o destino Hanry
— como você sabe ?
— ah eu sei - então ela abriu a porta e gritou, no meio de Londres - Izzy, Isabelle.
Ela olhou, e clarisse acenou chamando ela
— Clarisse, o que você está fazendo aqui ? - então Isabelle percebeu os dois homens - ah lorde Hanry, lorde Edward - então ela fez uma cara de confusão - onde está seu Nicholas ?
— estou acompanhada por lorde Edward
— o jovem Nicholas estava aqui agora a pouco com nossa querida Clarisse - disse rosebelle
— ele teve uma reunião com o pai e os advogados, e eu estou com lorde Edward - ela reiterou
— lady immori, o que você faz aqui ?
— lorde Hanry, nos concordamos que o senhor me chamaria de Izzy
— Izzy, porque está aqui ?
— não sei, acordei e sai para andar, estava indo para casa de Clarisse agora que parei para pensar direito
— vocês gostariam de me acompanhar e a lorde Edward para um chá ?
— sim - disse Izzy
— eu adoraria - foi a resposta polida de Hanry
Uma hora mais tarde o grupo estava voltando para casa de Clarisse. Visto que Hanry iria encontrar Nicholas na casa de seu pai, e Izzy estava indo para casa de Clarisse. Lorde Edward estava sendo educado e os acompanhava
Enquanto Isabelle entrava na casa, e Hanry se dirigia ao seu vizinho, Clarisse se virou para Edward
— Edward, muito obrigada pelo passeio, eu me diverti muito
— o prazer foi todo meu lady Clarisse, espero que a senhorita encontre tempo para um segundo passeio
E Clarisse sorriu
— eu adoraria milorde.
— eu vou aparecer então
Ele se virou e partiu, então Clarisse entrou em casa. Não antes de lançar um olhar sorrateiro para a casa ao lado da sua.
— você tem muita coisa para me explicar
Disse Isabelle
E por Deus, ela tinha

Como se apaixonar por um marquês Onde histórias criam vida. Descubra agora