CAPÍTULO 25

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Clarisse chegou em casa e se escondeu no seu quarto, até sua dama de companhia entrar e dizer que ela precisava se apressar senão sua mãe subiria ela própria para arruma-la.
Clarisse optou pelo vestido azul esverdeado, prendeu o cabelo em um coque meio solto, e colocou seu sapato favorito. Mesmo assim, toda arrumada ela ficou três minutos na frente do espelho olhando sua aparência para ver o que faltava. Porque ela sentia que faltava alguma coisa...
A porta do seu quarto foi aberta e a criada entrou dizendo que sua mãe a estava chamando imediatamente, uma vez que seus convidados tinham chegado. Ou seja, Nicholas havia chegado.
Nicholas...
Nicholas.....
Ahhh ela se lembrou o que estava esquecendo antes de sair pela porta, ela voltou e pegou a pulseira que foi presente de Nicholas, aquela pulseira linda com pingentes de joaninha.
Então ela finalmente estava pronta. E com a roupa certa sentia que poderia sobreviver à noite.
Quando ela desceu as escadas, encontrou sua mãe parada na porta, já conversando com Christianne, e Clarisse queria muito saber como as duas mulheres tinham tanto assunto, pois tudo que elas faziam era conversar o dia inteiro.
Ela não sentiu a presença ao seu lado, até ser tarde demais, e ele sussurra em seu ouvido
— BOO
Ela deu um gritinho e colocou a mão no coração
— Nick! Pelo amor de Deus, você me matou de susto!
Ele sorriu, e ela se sentiu derreter
— então tem algo que você gostaria de me dizer ?
Ela levantou uma sobrancelha questionadora
— acho que não
Ele olhou pra ela com um olhar de descrença
— acho que você está mentindo
— eu disse o que eu disse Nicholas
Ele parou de olhar pra ela, e começou a olhar para suas famílias e continuou a falar
— eu ouvi uma história hoje..
E o estômago de Clarisse despencou, ela devia falar alguma coisa, mas ela não conseguia se concentrar em nada, e ela certamente não deveria ter dado ao cachorro o nome dele em um momento de surto.
A verdade é que Clarisse colocou Ajax no cachorro pois depois de passar três horas chorando e se arrependendo das coisas que ela fez, ela estava com medo de perder seu st. Ajax, então se ela perdesse um, ela ainda teria o outro.
— tudo bem! - ela gritou - eu talvez possa ter nomeado meu cachorro de Ajax
— talvez ?
— com certeza na verdade
Ele não falou nada
— mas eu tenho uma ótima justificativa
Era mentira, mas ela não falaria isso pra ele
— pois então ?
— eu o nomeei porque.... bem.... foi.....
— estou esperando Clarisse - ele disse se divertindo muito com a mentira dela
— foi uma homenagem ! - ela disse - sim, sim foi isso mesmo, eu estava homenageando seu título e como é um título perfeito para um cavalheiro inglês perfeito
— dando ele a um cachorro
Ok ela realmente devia ter repensado, mas agora não da mais para mudar
— é um ótimo cachorro
Ele riu
— tenho certeza que sim
Então ele estava se divertindo com a situação
— você realmente não se importa não é?
— na verdade não, mas meu ego está um pouco desolado
Ela gargalhou
— tenho certeza que seu ego está ótimo com toda a atenção que você recebe diariamente
— não é tanta como você parece pensar
Eles riram de novo
— vem vamos, aparentemente temos um jantar para enfrentar
Depois ela completou
— eu pelo menos tenho
Então eles se dirigiram para a sala de jantar
— relaxa Rissye vc já fez pior
Mas mesmo sabendo que era verdade, ela não conseguiu relaxar, nunca era bom ser repreendida pela mãe, e ela sabia que seria.
                                        •~•
Nicholas sabia que até o final da noite ele beijaria Clarisse novamente, não era bem uma vontade, era uma necessidade. Já haviam se passado sete dias. Sete dias desde a última vez que se beijaram e se falaram. Visto que eles entraram em uma espiral muito estranha de se evitar. Mas isso iria acabar hoje.
Eles já haviam passado quinze minutos na mesa do jantar, e como sempre ele estava ao lado dela, lady Marcelle  de frente para sua mãe e seu pai logo a direita. Eles já haviam conversado amenidades, e Clarisse estava levando uma conversa normal com Nicholas, como se nada tivesse acontecido e a amizade deles não houvesse mudado. Talvez a amizade não tivesse mudado mesmo, talvez a amizade não precisasse mudar.... Era quando como se nada estivesse diferente. E ele amou isso
Nicholas não pode evitar a ponta de orgulho ao ver a pulseira em Clarisse, realmente combinava com ela.
— Clarisse ! - disse a tia de Clarisse, que Nicholas nunca se lembrava do nome, enquanto sua amiga se contorcia na cadeira como se estivesse prestes a ser apunhalada
— sim titia  ?
— vamos falar sobre o seu passeio essa tarde
Clarisse ficou branca ao seu lado, depois ficou mais vermelha que fogo vivo e assentiu
— eu ouvi uma conversa interessante - continuou a tia, chamando a atenção do resto das pessoas presentes na mesa - que durante seu passeio no Hyde park essa tarde, você deu um nome um tanto peculiar ao seu novo cachorro
— e qual seria ? - perguntou o pai de Nicholas
— Ajax - Clarisse sussurrou, e todos na mesa ficaram em silêncio, absorvendo o conteúdo da resposta dela.
Então, charles e willian começaram a rir, um deles chegou a beber água quando perdeu o fôlego.
— ora willian, sua menina realmente tem um senso de humor - disse charles, pai de Nicholas
— eu não sei mais o que esperar dela
Enquanto as mulheres ainda pareciam estupefatas, e Clarisse encarava taça de vinho vazia.
— ah mais isso não foi o pior - continuou a senhora
— ah - a amar de Clarisse arfou
— sua filha Marcelle, correu atrás do cachorro, gritando com ele, no meio do parque
— porque ele escapou! - tentou se defender a menina
— então porque vir discutiu com Marthy e Eleanor?
E foi assim que a velha deixou Clarisse muda, e doze pares de olhos a encarava esperando sua resposta, por fim, percebendo que não havia escapatória ela deu um suspiro pesado e falou
— lady Marthy, disse que minha inteligência e educação foram negligenciadas,  pois eu dei o título de Nicholas ao cachorro, então eu disse que não foi o que aconteceu, e lady Marthy insultou a capacidade mental de Nicholas por deixar, mesmo sem ele saber no momento, que o cachorro tivesse seu nome, então eu posso ter falado que ela estragou minha tarde
E todos voltaram a rir
— mas já estava na hora de alguém colocar aquela mulher no lugar dela - disse Christianne - ah Clarisse querida, você é definitivamente uma peça rara.
Clarisse sorriu, e então Charles disse
— e você Nicholas o que acha disso ? - visto que o menino não falará nada durante a história
— acho que mesmo que eu pedisse, Clarisse não mudaria o nome do cachorro - ele disse olhando para ela
— não mesmo!
Eles riram mais uma vez e voltaram a comer, enquanto a tia falava sobre a imprudência e comportamento inadequado de Clarisse, e que ela deveria ser corrigida.
Uma hora depois, eles estavam fazendo sala, as damas conversando, enquanto os homens tomavam whiskey, e Nicholas voltou a se sentir uma criança, em todos aqueles jantares que ia com os pais na casa de Clarisse, ou na casa dele próprio, e sua comparação tá Clarisse e Henry.
Então uma mão se enroscou em seu braço, e Clarisse estava lá, ao lado dele. Como sempre.
— eu fico me perguntando
— o que ? - ele disse
— se você tivesse que escolher, entre ser o sofá, ou o tapete, qual seria ?
— tapete
— mas aí as pessoas pisariam sempre em você
— mas pelo menos elas não colocariam suas bundas grandes e gordas um mim
— verdade
— e todo mundo aprecia um tapete persa
— verdade de novo Nick
Ele apoiou a cabeça na dela
— Você não se cansa ?
— o tempo todo..
— estou sentindo um mas..
— mas.. - ela riu - .. eu não quero que mude, porque aí eu iria querer que fosse como é agora. Porque pelo menos somos família,querido.
— verdade coração
— você imagina seu futuro Nick?
Ele ficou surpreso
— que tipo de pergunta é essa ?
— é só uma pergunta
— você imagina ?
Ela pareceu considerar se falava ou não, por fim soltou um suspiro cansado e falou
— por um tempo sim.. eu tinha essa ideia na minha cabeça, de como seria.
— e como é? - e por mais que negasse, ele queria muito saber a resposta
— depende do momento em que você está perguntado - ela riu e depois falou - com sete anos ? Eu queria um futuro com mais joaninhas, um pouco maia alta, ainda morando em Kent e sendo sua vizinha, comendo bolo de cenoura com chocolate e sendo empurrada no lago.
Não parecia um futuro ruim ele pensou, então Clarisse começou a falar de novo
— com treze anos ? Imaginei que eu seria uma mulher independente, mas eu percebi que por mais que esse sonho fosse possível, seria para as mulheres do futuro, então eu tive que mudar, para ser uma Clarisse mais alta, o que com treze anos não aconteceu, com um jardim de flores e uma casa bonita, tinha música em algum lugar também, mas não sei muito mais
Ele percebeu que ele não estava com ela nesse futuro, mas deve ser porque ele estava em Ethon, e ela tinha ficado
— com dezessete ? Eu me casaria, e deveria ser por amor, so o amor mais profundo e verdadeiro seria meu ingresso ao altar. Eu teria filhos adoráveis, e um marido adorável
Ele não pensou muito, e perguntou
— e agora ?
— agora é um pouco estranho, eu ainda vejo o lago e o jardim com minhas flores, ainda quero os filhos, mas não tenho certeza sobre casar, pelo menos não como eu tinha antes, recentemente percebi que amor é a exceção, não a regra, e eu não me vejo mais casando por amor, não agora, só se um milagre aparecer- ela deu um sorriso triste, que ele não soube o significado.
— agora é sua vez
Ele nunca pensou muito nisso
— eu nunca pensei nisso, acho que eu sempre imaginei que nada mudaria, então as coisas começaram a mudar e a gente go se adaptando.
Ela abaixou os olhos
— mas eu sei quem eu quero no meu futuro- ela levantou os olhos para ele - Hanry é claro
Ela riu e deu um soco no braço dele
— idiota
— quero você também, eu não sobreviveria a essa vida sem minha melhor amiga
Ela sorriu, e eles ficaram lá parados, até ele puxar ela, enquanto os outros estavam distraídos, entrou na sala ao lado e fechou a porta, prensando Clarisse na parede e buscando a boca dela, ela arfou, mas logo beijou ele de volta, dessa vez ele não iria parar só nos beijos, ele explorou o pescoço dela, a clavícula, os lábios, era tão perfeita, ela era perfeita pra ele. A pele dela era para ser tocada por ele.
A mão dele parou na bunda dela, e apertou, ela soltou um gemido
— nick..
Ele beijou ela de novo, e sua mão começou a subir pela saia dela, bem devagar
— nick...
— sim ?
— não para - ela disse entre ar
Ele sorriu
— eu nunca a decepcionaria desse jeito.
Então ele voltou a beija-la, a  mão dele encontrando caminho para a coxa dela, e onde ele relava, parecia que pegava fogo, ela estava sem ar de desejo, ele ainda a pressionava contra a parede, e passou uma mão pela cintura dela para mantê-la estável. Então a mão dele chegou no local que ele queria.
Ele não podia evitar, não podia voltar atrás, não conseguiria agora.
Então ele enfiou um dedo dentro dela, e ela gritou
— Clarisse, coração. Se você gritar, a gente vai ter que parar, porque senão vão escuta-la
Ela assentiu
— você vai ficar quietinha ?
— sim - ela disse com um gemido baixo
Ele voltou a trabalhar com os dedos, entrando e saindo, enquanto sua boca estava na dela, ele com a outra mão puxou o vestido dela pra baixo, só o suficiente para deixar um seio escapar. Ela era definitivamente perfeita, ele começou a beijar o pescoço dela, parou por um bom tempo na clavícula, depois deveu, bem devagar para tortura-la lentamente.
— nick...
Ele sorrio, porque sabia o que estava fazendo com ela, e precionou sua ereção na barriga dela
— nick...... deus... meu deus
A respiração del começou a ficar irregular, instável, e ele soube que ela já estava quase no fim. E ele sentiu quando o orgasmo atravessou o corpo dela, e ela ficou mole e relaxada.
Ele tirou a mão e arrumou o vestido dela, deu mais um beijo demorado nela, e disse
— vamos Rissye, alguém definitivamente sentiu nossa falta
Então eles viraram e voltaram para sala.
                                         •~•
Quatro horas depois, já na sua cama pronta pra dormir há horas, ela ainda não conseguia. Alguma coisa havia acontecido, e ela estava tonta e sem saber o que fazer. Ela ainda sentia o calor do corpo dele pensionando o dela, ainda sentia a parede fria nas suas constas, ainda sentia as mãos dele, e seus lábios redescobrindo sua pele. Era como se ele ainda estivesse lá com ela.
Esse pensamento foi desesperador, e mesmo assim maravilhoso.
E é claro que ela não dormiu a noite.
Nem ele, pois ficou repassando todos os momentos em sua cabeça, ficou relembrando de Clarisse, e sentindo ela descobrir as coisas novas com ele, ficou pensando nos beijos, e nos sons que ela fez, no corpo dela, e que ele não podia esperar para provar de novo. Ele não podia tirar o gosto dela dele, ele não podia pensar em outra coisa. Clarisse o consumia, sempre foi assim, mas agora mais do que nunca.
Essa seria uma longa noite, para os dois...
O significado? Nenhum deles entendia.

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