Sai ainda de madrugada em direção a Suna onde vou realizar a missão. A viagem durou três dias e assim que cheguei, troquei a farda dos anbu por uma roupa casual e comecei a caminhar pela cidade para localizar meu alvo.
Mais quatro dias e nada do meu alvo aparecer - o que me deixava ainda mais irritado com a demora - Estava parado em um restaurante quando começou uma grande confusão do outro lado da rua, um homem surrou cinco caras e os lançou eles para longe, assim um outro se aproximou tocando-lhe o ombro e disse.
- Zori, vamos logo, você pode acabar com esses imbecis depois.
Gravei sua face e os segui por meio dos prédios saindo por uma rachadura dos muros e indo em direção as dunas, os segui de longe e cautelosamente. Depois de contornar uma duna alta pude ver um acampamento não muito grande cercado por vigias, me abaixei e fiquei observando sua movimentação.
Passei o dia todo olhando, eles trocavam em turnos de 30 minutos com intervalo de 5 minutos para cada troca, o que me dava abertura para os eliminar dando a volta e entrando pelos fundos das tendas. Quando anoiteceu aproveitei a troca de turno para me infiltrar e conseguir informações, o tal Zori ia de vila em vila atrás de adolescentes e os entregava a um homem barbudo que os vendia como escravos.
Com essas informações voltei a meu posto para formular um plano de ataque, pois o homem barbudo planejava levar sua "carga" para a vila da cachoeira na manhã seguinte. Com um pequeno mapa mental e o frio do deserto ao meu favor, ataquei.
Usando a pouca luz das fogueiras me aproximei abaixado com a minha capa do mesmo tom da areia me camuflando por trás do vigia que se virou para olhar o outro lado. Com a mão enluvada tampei sua boca e cravei uma kunai em sua nuca recebendo morte instantânea, quando deitei o corpo no chão usei selos simples para mover a areia e enterrar o corpo para não o deixá-lo à vista.
Passei para o próximo e o próximo fazendo o mesmo processo. Depois invadi a barraca dos outros vigias que foram mortos dormindo na escuridão. Aproveitei que meu alvo e o contrabandista estavam na mesma barraca para poder eliminar todas à sua volta com cortes limpos e mortes rápidas.
Podia ouvir suas vozes quando me aproximei, estavam fazendo a contagem dos lucros. Sorrateiramente substitui o seu segurança por mim mesmo ficando em frente a sua tenda na mesma posição que ele anteriormente. Mesmo que eu quisesse, teria que esperar o momento certo para atacar e isso não demorou muito, pois Zori chamou seu capanga - agora enterrado - para entrar.
Quando percebeu que não era seu "querido" vigia seu rosto ficou pálido e depois raivoso.
- Eu vou te matar pirralho. - Chamou seus guardas, mas não foi respondido. - Eu vou te torturar tanto que você vai desejar morrer. - Cuspiu as palavras com muita raiva.
Me aproximei com ele tentando me acertar um soco, desviei segurando seu braço direito o torcendo para que quebrasse. Gritando de dor sacou uma faca com a mão esquerda tentando me atingir, desviei facilmente segurando seu pulso e atrás de sua nuca o jogando de cara no chão, usei sua própria faca para lhe dar um fim.
Virei os olhos para o contrabandista que ainda na mesa tremia com o rosto pálido.
- Onde as crianças estão? - Me aproximei desembainhando minha katana.
- Por favor, não me mate. - Podia sentir o cheiro de cigarro. - Posso te dar muito dinheiro e...
- Seu tempo tá acabando, responda a pergunta. - Com a ponta da lâmina o prendi pelo ombro na cadeira em que estava sentado.
- Se eu contar você vai me matar, por favor não me mate. - Levantou a mão com um maço de notas de dinheiro.
- Você já está morto, posso te dar uma morte rápida ou uma demorada e dolorosa. - Disse vendo o medo nos olhos do homem.
- Está tudo no livro. - Apontou tremendo para o caderno grosso que agora estava sujo de tinta onde ele ainda não terminara de escrever. - Posso fazer um último pedido?
- Não. - Antes que ele implorasse acertei sua garganta.
Também enterrei os dois com meu jutsu, vasculhei toda a tenda atrás de mais coisas, mas tudo o que precisava era daquele livro. Ousando suas informações, segui pelas ruelas de Suna até encontrar o prédio marcado e lá no subsolo estava um grupo de adolescentes sujos e acorrentados. Depois de libertá-los, os levei até as autoridades mais próximas e fui me hospedar em um hotel para na manhã seguinte seguir viagem até Konoha.
- Kakashi, o que está fazendo aqui? - Perguntou meu pai surpreso deixando seus papéis de lado.
- Entregando isso. - Coloquei o livro velho na mesa.
- Abandonou a missão? - Juntou as sobrancelhas cinzas.
- Já terminei. Os relatórios estão junto com o livro, posso ir agora? - Suspirei, precisava de um banho.
- A sua missão era de dois meses, só tem doze dias que saiu daqui. - O mais velho dos Hatake olhou o filho com um ar de surpresa e desconfiança.
- Eu disse que faria do meu jeito, posso ir agora? - Respondi desinteressado.
- Vá - Assentiu surpreso.
Quando cheguei em casa fui direto para o banho, precisava tirar aquela areia do cabelo. Depois de me secar e ir para o quarto, vesti uma camisa preta de manga comprida junto de uma calça jeans escura e um coturno. Segui para o centro, precisava comprar um presente para o pequeno antes de ir até a mansão Namikaze ainda hoje.
***
- Vem filho, quer escolher a roupa que vai vestir? - A ruiva se sentou na poltrona com a toalha do filho no ombro.
- Sim - Falou de forma desanimada abrindo o guarda roupa e pegando o pijama de raposa.
Kushina vestiu o filho com um sorriso gentil, notando como ele fica fofo com a peça. Os pensamentos da ruiva são interrompidos quando o garoto começa a pular empolgado.
- O que foi, filho? - Perguntou curiosa com a empolgação do menino.
- O lobo voltou mãe. - Sorriu animado.
- Filho, ele vai passar 2 meses fora, só tem doze dias. Ainda falta um tempo pra ele voltar. - Explicou ao menor com um sorriso tentando passar algum conforto.
- Ele já voltou. - Afirmou e correu em direção a sala.
Naruto e Kushina chegaram na sala que estava vazia, Kushina suspirou e afogou os cabelos do filho que tinha os olhinhos brilhando repleto de esperança. Logo a porta foi aberta e uma figura conhecida passou por ela, o pequeno nem pensou antes de se jogar nos braços dele.
- Oi pequeno. - Abraçou o menor sentindo o cheiro de sabonete que indicava que o menor tinha recém saído do banho.
- Filho, como você sabia que ele tinha chegado? - Colocou as mãos nos quadris curiosa.
- Eu senti. - Não deixou de tirar os olhos do mais velho analisando cada traço.
-Sentiu? - Indagou curioso sabendo que seria impossível uma criança da idade de Naruto sentir a presença dele.
- Sim, eu senti. - Afirmou desinteressado voltando sua atenção para o embrulho que estava no chão em uma caixa grande.
Ao perceber Kakashi entregou a caixa fazendo os olhos do mais novo cintilarem como pedras preciosas.
Betagem por Aiko_SH - Espero que tenham gostado e até ao próximo capítulo ;)
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(Kakanaru)
RandomKakashi Hatake com 12 anos ja é um dos melhores assassinos da ANBU. Essa é a história de como kakashi Hatake conheceu seu pequeno sol,o pequeno Naruto Uzumaki. Até onde kakashi estaria disposto a ir para proteger Naruto... Para proteger o pequeno,k...