Edward
Localização: Crífina, Nação imperial
Edward nunca imaginou que sentiria tanto ódio de seu pai como naquele momento. A escolha de contar a verdade sobre a morte de Bryantton numa reunião, sem ter a decência de contar a família primeiro e agir como se os sentimentos do rapaz não fossem nada ultrapassou os limites. Durante os últimos dias, pai e filho se evitaram ao máximo, porém, quando o rei ordenou que seu herdeiro o acompanhasse em mais uma viagem, discussões eram certas. Naquele momento se encontravam num dos vagões do trem junto do General Wood, o clima estava péssimo e o príncipe tão imerso em seus pensamentos sobre as consequências da guerra e ter sido obrigado a deixar Piper daquele modo, que acabou nem mesmo prestando atenção em qual seria o destino.
— Não entende o que está em jogo? Não tenho tempo para sua rebeldia! – Silas resmungou, incomodado com a postura do filho - Nós precisávamos garantir que um elo seja criado com os Di Ângelo, logo se apaixonará de novo e esquecerá isso...- ele suspirou - se sua mãe houvesse feito seu dever e ter dado mais herdeiros a Blackwell, talvez você tivesse uma irmã que cumpriria com esse papel na aliança no lugar da princesa Blackstone.
— Chega, Silas. Não faz ideia do que está falando – Edward murmurou, com uma postura tensa
Joan tossiu visivelmente desconfortável e retirou a cortina azulada de frente da janela, permanecendo calado observando a paisagem. O rei estava sentado em frente ao filho, que apenas continuou com sua atenção voltada ao anel em seu dedo, o anel que representava o fardo de ser quem ele era.
— Tem ideia de onde Jonas pode estar? – o general questionou, tentando mudar o assunto.
— Jonas está numa missão, a meu pedido.
— Uma guerra está sendo iniciada e mandou seu guardião numa missão? Enlouqueceu? – Silas intimou.
— Desculpe, fui o último a saber sobre este evento tão importante! – Edward respondeu com ironia.
Silas e o General se entreolharam.
— Se não fosse tão imaturo, provavelmente seria um dos primeiros a saber – o rei argumentou.
— Vossa majestade, por favor, podemos voltar a falar sobre o que faremos quando chegarmos ao nosso destino? - Joan pediu, incomodado.
Edward chegou ao seu limite. Durante todos aqueles anos remoeu aqueles sentimentos, e agora seu pai novamente mostrava que não se importava, escondendo informações tão importantes e conspirando para que a única pessoa a qual o príncipe amava fosse entregue a outro. Às vezes, cogitava que Silas não sofria pela perda de Bryantton, mas sim por ter seu ego ferido, pela vitória de seus inimigos num terreno que ele achava possuir domínio absoluto.
— Há quanto tempo descobriu?! Há quanto tempo vem escondendo tudo isso? – Edward indagou, encarando o pai pela primeira vez em dias.
— Um ano.
O príncipe semicerrou os olhos, sentindo suas mãos começarem a tremer devido ao ódio que sentia e um ódio descomunal tomar conta de seu ser, seu olhar se fixou em Silas enquanto balançava a cabeça
— Um maldito ano...- o rapaz repetiu, num sussurro amargurado.
— Não percebe que isso não é importante agora? Os culpados têm um rosto, um nome, o importante é nossa vingança que virá com a queda do império! – Silas respondeu, alterando a voz.
— Eu estava lá quando tudo aconteceu! – o príncipe esbravejou, batendo no banco com a mão fechada. – Importa para mim! Importa para Cláudia! Preferiu contar a desconhecidos a ter a decência de compartilhar conosco primeiro!
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Nações da Guerra
AventuraTreze anos depois do assassinato do herdeiro de uma das famílias fundadoras, um equilíbrio frágil paira entre às cinco grandes Nações, países poderosos cuja história foi escrita com sangue depois da Guerra Cinzenta. O conflito que dizimou parte da p...