Piper
Localização: Domínios Di Ângelo
Era fim de tarde e Piper estava focada em tocar seu Korá, um instrumento musical semelhante às Harpas e Liras comumente tocados nos domínios Di Ângelo, era constituído por uma cabaça coberta por pele e cordas. Quando criança sua mãe ordenou que Piper e seus irmãos escolhessem um instrumento para tocar com perfeição, e o Korá foi sua escolha, até o pai proibi-la de tocar como castigo por uma de suas rebeldias o envolvendo, quando num grande jantar a princesa começou a tocá-lo ao cantar uma canção que zombava de um rei tolo e cruel, a canção não citava nomes, mas todos sabiam que fora feita para Kwane. Sentia-se grata por finalmente voltar a tocar e matar um pouco a saudade de casa, visitar o jardim aberto já perderá a graça para a princesa, assim como estudar as leis e costumes dos Di Ângelo se tornou exaustivo. Já fazia mais de um mês que se encontrava ali e não tinha permissão de sair do palácio, se sentia tão triste e frustrada que nem animo para fugir encontrava. Estava conversando com o irmão por cartas, mas o irmão se recusou a lhe contar o que aconteceu, apenas assegurou estar bem em um lugar seguro, manteve contato também com Edward afinal ficou muito preocupada ao saber do atentado ao rapaz, se falaram o bastante para que Piper desabafasse, o que acalmou a tormenta de sentimentos que ambos sentiam. Enquanto Piper permanecia focada, em frente a porta dos aposentos uma discussão acontecia.
— Me solte! – Moira ordenou se desvencilhando de Yunet – Estou cansada de você e suas perguntas!
— Só estou perguntando se sabe de algo sobre o último aniversário da princesa, e para agir desse modo sabe e não quer me contar. – Yunet respondeu.
Moira tentou passar, mas novamente Yunet a impediu e abriu um sorriso sarcástico.
— Mesmo se soubesse, nunca contaria nada a você! – a Loira resmungou.
Yunet riu, se divertia irritando-a.
— O que foi, ceguinha? Ainda não se acostumou em não ser mais a única dama de companhia da princesa? – a jovem alfinetou.
Moira deixou os lençóis que segurava caírem no chão e empurrou Yunet com toda força, fazendo com que a jovem batesse contra a porta e o barulho chamasse atenção da herdeira que parou de tocar.
— Nunca contaria nada, não gosto de você, e sei o que fazia quando as luzes se apagavam e todos iam dormir! Para onde você se rastejava todas as noites, víbora!
Yunet arregalou os olhos, em choque.
— O que uma garota cega pode saber? – questionou, com espanto.
Moira estava blefando, mas a reação de Yunet confirmou suas suspeitas.
— Não faz a menor ideia do que uma garota cega pode saber!
Piper foi até a porta e a abriu abruptamente ao escutar as vozes das garotas.
— O que está acontecendo?
— Yunet tropeçou e bateu contra a porta. – Moira respondeu pegando os lençóis do chão
Piper franziu o cenho e se voltou a Yunet, a jovem permanecia com uma expressão indecifrável em seu rosto com os olhos fixos em Moira
— Está tudo bem? - a princesa questionou
— Sim...- a jovem respondeu de cabeça baixa – se me permite, irei atrás de emprego na cidade e ficarei por alguns dias fora, pois já arrumei estádia, vossa alteza.
— Vá, e boa sorte.
Yunet logo partiu, e Piper fechou a porta após Moira entrar. A garota estava visivelmente nervosa ao puxar os lençóis da cama para trocá-los pelos novos.
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Nações da Guerra
AventuraTreze anos depois do assassinato do herdeiro de uma das famílias fundadoras, um equilíbrio frágil paira entre às cinco grandes Nações, países poderosos cuja história foi escrita com sangue depois da Guerra Cinzenta. O conflito que dizimou parte da p...