Edgard Flynn
Localização: Nação Foxwood, semanas antes
Flynn se certificou duas vezes de que a porta da biblioteca estava trancada antes de se sentar no chão e puxar Layla para seu colo, definitivamente não queria interrupções naquele momento. A garota sorridente de cabelos negros e pele acastanhada estava empenhada em maquiar ao redor dos olhos de Edgard com tons dourados, assim como os quais usava e deixar a linha preta feita com lápis de olho ainda mais escura. Próximo deles um rapaz de cabelos cacheados e loiros estava sentado à janela fumando. Assim que terminou, fechou-a e caminhou até a Vitrola, depositando ali um dos discos de vinil da coleção do príncipe, fazendo então uma música do mundo antigo começar a tocar. Layla era filha de um dos Guardas de Murphy, já Gregory, de uma agricultora que cuidava das plantações da fazenda, seus pais nem imaginavam o que os filhos faziam quando desapareciam por algumas horas enquanto ficavam trancados na biblioteca da Fazenda Foxwood. Os três já estiveram juntos, mas sempre que conseguiam voltavam a repetir.
— Conseguiu deixá-lo ainda mais bonito, Layla! – Greg comentou se sentando ao lado de Flynn.
— Veja só quem fala, o anjo da fazenda Foxwood...- Flynn zombou referindo-se a aparência do rapaz
O rapaz subitamente puxou o rosto do príncipe em sua direção e o uniu seus lábios aos dele, o herdeiro sentiu seu corpo todo se arrepiar ao sentir o toque de Greg e logo o retribuiu, começando então um beijo intenso. Layla soltou uma pequena risada enquanto guardava as coisas que utilizou para fazer a pintura ao redor dos olhos do herdeiro e depositava um pouco de Blanca na costa de sua mão, cheirando em seguida. Assim que Flynn se afastou do rapaz, os lábios de Greg se uniram aos de Layla. E então, enquanto Gregory beijava a jovem de cabelos longos, Flynn se empenhou em abrir os botões do vestido florido da garota, beijando seu pescoço, logo descendo para seus seios e se mantendo ocupado com eles por algum tempo, uma de suas mãos já chegava onde o rapaz desejava quando escutou o som de alguém forçar a maçaneta, se frustrou sabendo que mesmo com a cautela que teve seria interrompido. Logo em seguida, a pessoa destrancou a porta e a abriu com um empurrão assustando aos jovens, Flynn permaneceu de costas a porta com os olhos fechados tentando controlar sua raiva, Layla saiu de seu colo tentando fechar seu vestido o mais rápido que pode.
— Edgard, é hora de seus amigos irem embora. – Eva ordenou com a voz trêmula.
— Está tudo bem, ela não contará nada. - o príncipe tentou acalmá-los, percebendo o estado em que suas companhias estavam
A matriarca estava em completo choque com a cena, mas tentou manter a compostura. Os jovens mais que depressa se levantaram e reverenciaram-na desajeitados, Gregory rapidamente caminhou em direção a porta com o olhar fixo no chão, não tendo coragem de olhar para a rainha.
— Com licença, vossas majestades. – Gregory se despediu saindo, antes de lançar um olhar triste em direção ao herdeiro.
O príncipe se levantou calmamente e antes de Layla seguir Greg o herdeiro se aproximou da garota envergonhada que ainda terminava de fechar o vestido com dificuldade devido a suas mãos tremulas, sentindo medo da situação se espalhar. Flynn calmamente a ajudou a terminar de abotoar o vestido, sorrindo de lado
— Desculpe, docinho, prometo compensá-los por esse infortúnio depois. - ele disse, antes de depositar um beijo na mão da jovem
— Está tudo bem, vossa alteza. - ela respondeu, caminhando em direção à porta - Vossa alteza. - repetiu, fazendo uma reverência graciosa a rainha
Assim que Layla deixou mãe e filho a sós, ele calmamente e caminhou até a escrivaninha, pegando um de seus cigarros e o acendendo com um fósforo da caixa que estava em seu bolso. Eva permaneceu ali, observando o filho e se perguntando onde foi que errou. O jovem se jogou no sofá, e só então encarou sua mãe, estava tão acostumado com seus pais atrapalhando seus planos que apesar da raiva e irritação com a situação, apenas decidiu se manter apático.
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Nações da Guerra
AventuraTreze anos depois do assassinato do herdeiro de uma das famílias fundadoras, um equilíbrio frágil paira entre às cinco grandes Nações, países poderosos cuja história foi escrita com sangue depois da Guerra Cinzenta. O conflito que dizimou parte da p...