Capítulo 13❤

1.7K 214 47
                                    

MATHEUS

Uma semana! Há exatamente uma semana atrás eu perdi o controle e esmurrei o idiota do Miguel. Eu esperei tanto por esse dia, só não imaginava que o motivo para me fazer bater nele fosse também a Zoe.

Essa garota tá me deixando maluco. Essa semana longe dela, só me fez ter uma certeza: Eu não sei se é amor, já que não me sinto capaz de amar outra vez, mas sinto algo muito forte por ela.

Hoje é domingo, resolvi chamar minha irmã pra vir aqui em casa, preciso desabafar com alguém e ela é a melhor pessoa pra isso. Thomas também é um bom ouvinte, contudo não me sinto muito a vontade falando da Zoe com ele.

– Ainda não te perdoei por ter batido no Miguel, só pra deixar claro. – disse Anny, quando entrou em casa.

– Já te pedi desculpas mil vezes, o que mais eu preciso fazer? Quer meu carro? – ela abre um sorriso de orelha a orelha.

– Está falando sério? – nego, rindo. – Vou embora então.

Seguro seu braço e a puxo para sentar de volta ao meu lado.

– Você sabe que tive meus motivos pra me descontrolar, ver ele falando da Sophia só me deixou com mais raiva do que já estava.

– Eu sei, briguei com ele por isso. Miguel disse que não pretendia falar aquilo, só disse porque estava com raiva. – ela me conta.

Deito a cabeça pra trás, ela segura minha mão apertando firme.

– Você não foi lá em casa durante essa semana, não atendia o celular, não foi a clínica e nem a faculdade. Onde esteve?

– Estava em São Paulo, uma família pretende operar a filha que tem um tumor cerebral, os famosos cordomas. A família queria uma outra opinião, por isso estive lá.

– E o que você concluiu?

– É um caso raro, mas aconselhei ser feita cirurgia o quanto antes. É uma lesão com crescimento lento, só que bastante agressiva.

Suspiro fundo.

– A família quer que eu esteja comandando a cirurgia, e...

– E? – ela me incentiva a continuar.

– Não me sinto preparado pra assumir essa responsabilidade.

Anny aperta minha mão outra vez.

– Eles confiam em você, aposto que não entregariam a filha deles nas suas mãos pra está a frente de uma cirurgia tão perigosa se não soubessem da sua capacidade.

– Eu não posso me comprometer. Anny, ela é uma criança e se eu a deixar morrer como aconteceu com...

Respiro fundo.

– Até quando vai carregar uma culpa que não é sua? Precisa deixar o passado no lugar dele. – disse ela, séria.

– Eu sei que preciso, só não sei como.

– Eu quero de volta o meu irmão, preciso que volte a viver. Só existir não vale a pena, necessito que volte.

Ela me abraça.

Duas Vidas, Um só Propósito (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora