Capítulo 30❤

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MATHEUS

Quando acordei na manhã seguinte, percebi que tinha passado a noite na varanda. O dia já amanhecia, o sol estava quase todo de fora. Levanto as pressas e entro no banho, visto uma roupa qualquer e desço. O cheiro do café de Joana invadiu minhas narinas, mesmo com a menor vontade de comer eu senti fome.

Mamãe já estava a mesa, conversando com Joana.

– Bom dia. – digo.

– Bom dia, filho. Venha sentar, o café já está pronto. – mamãe me chama.

– Vou dispensar essa, eu estou indo para o hospital agora. Talvez eu coma alguma por lá, não se preocupem comigo.

– Matheus, não deixe de se alimentar. Zoe vai precisar de você bem quando acordar, seu pai me disse que o coma dela não é tão profundo, ela pode acordar a até hoje mesmo. – então ela já sabe.

– Esse coma é o de menos, mamãe.

Joana me entrega uma xícara.

– Tome pelo menos um pouco, não é você que sempre me diz que só funciona bem quando toma café de manhã? Aproveite que passei pensando especialmente em você. – sorrio. Joana me conhece.

– Vou tomar por consideração as duas, e porque eu adoro um café. – sento a mesa

– Seu pai foi saiu cedo pra ir a clínica. Ele queria observar o movimento antes de começar o plantão. – contou mamãe, bebendo seu suco.

– Não sei como agradecer a ele por está fazendo isso por mim, Thomas não daria conta sozinho das minhas coisas e das dele. Estou indo para o hospital agora, quer vim comigo?

– Eu? Vou adorar. Joana me ajudou a colher umas flores do jardim, vou levar pra minha nora. Joana me disse que são as preferidas dela. – seus olhos brilham.

– Muito lindo da parte das duas, aposto que Zoe vai gostar de saber quando acordar. Vamos?

– Vamos.

Mamãe levanta depressa, ela parece animada.

No caminho, ela fala sobre a compra da nova casa. Falei que eles poderiam continuar morando comigo, mas mamãe achou melhor não. Respeitei sua decisão. Peguei um crachá de identificação para minha mãe e seguimos para o quarto onde Zoe está.

Sarah estava dormindo na cadeira, acordou assim que abri a porta. Seus olhos estão fundos, não deve ter dormido nada. Sei O quanto essa cadeira é desconfortável.

– Alguma melhora? – pego a ficha médica.

– Do mesmo jeito. Um doutor veio aqui mais cedo e falou que não houve nenhuma resposta ao medicamento.

– É, ele escreveu aqui.

Deixo a ficha de lado e me aproximo da minha namorada. Beijo sua testa e fico conversando com ela. Mamãe engatou numa conversa com Sarah, eu fiquei contando a Zoe sobre a reportagem que vi sobre a ponte dos cadeados. No fim do ano eles vão inaugurar uma outra ponte do outro lado da cidade. Zoe não me houve, mas estudos comprovam que pacientes em estado de coma podem ouvir o que as pessoas ao redor falam.

Brinco com uma mecha do cabelo dela.

– Quando você acordar e estiver cem por cento melhor, nós vamos até lá. Eu prometo que deixo você escolher o cadeado, ouviu? É uma promessa.

Uma lágrima desce, passo a mão no rosto rápida. Eu queria pelo menos ver, nem que seja por menor que fosse, algum movimento dela. Prendo os olhos em seu rosto doce, ela é tão linda, tão serena.

Duas Vidas, Um só Propósito (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora