Duas Vidas, Um só Propósito (CONCLUÍDO)

Capítulo 7❤

ZOE

Ver Matheus nos braços de uma mulher é a imagem que eu menos esperava presenciar agora, não é ciúmes, eu apenas não desejava ver algo assim.

Meu estômago começou a embrulhar, a moça o beijava ferozmente. Quando ele me viu parada na porta de entrada, puxou a mulher para o lado e ficou de pé rapidamente.

– O que você faz aqui? – perguntou ele.

– Não é óbvio? Eu moro aqui. Me diz você, o que pensa que está fazendo?

– Eu achei que...

– Matheus eu acho melhor ir embora, nos falamos em outra hora. – a garota ajeita o cabelo bagunçado e puxa a roupa pro lugar devido.

– Espera! Você não precisa ir, podemos ir lá para meu quarto. – pediu Matheus, me fazendo-o olhar incrédula.

– Acho melhor não, eu não quero incomodá-la. – ela se refere a mim, e parte.

Matheus a leva até a porta e se despede com um último beijo. Seu olhar sobre mim não é nada saudável, o que me deixa assustada. Mas o que ele está pensando? Não vou permitir que traga suas mulherzinhas e faça do apartamento um lugar de prostituição.

– Viu o que você fez, Zoe. Minha diversão da noite acabou de ir embora por sua culpa. – exclamou ele, com uma súbita raiva estampada no rosto.

– Minha culpa? Sério, eu não acredito que estou ouvindo isso. – Rio irônica. – O que passou na sua cabeça quando resolveu trazer aquela mulher pra cá? Eu não sou obrigada a presenciar essa pouca vergonha que vi antes, não.

– Olha aqui. – ele se aproxima de mim e com a mão esquerda, segura firme em meu braço. – Se você acha que vai ficar por isso mesmo, você está muito enganada.

– Ah, é? E o que vai fazer? Eu não tenho medo de você, Matheus.

– Deveria ter, você não sabe com quem você está se metendo. – ele prende os olhos nos meus, nossos rostos bem próximos.

Engulo em seco.

Matheus passa uma mão na minha cintura e me puxa para mais perto dele. O som das nossas respirações estavam tão pesadas que pensei que nossos corações fossem sair pela boca. Uma sessão estranha dentro de mim começa a revirar em meu peito, um frio na barriga bate com força.

– Me solta! – tento soar firme, mas não foi bem assim que saiu. – se não eu...

– Senão o quê? Está com medo que eu a beije agora.

Matheus me encara com suas órbitas azuladas e não consigo desviar meus olhos dos seus, é como se fosse um imã que nos atraísse para o outro mesmo que não quiséssemos.

Um gelo passa por minha espinha quando sua mão passa por entre meus cabelos, chegando a nuca. Sua boca molhada começa a abrir e por um momento achei que ele fosse me beijar.

– Sei que vou me arrepender depois, mas estou com uma vontade incontrolável de te beijar. O que faço?

– Você não deveria fazer isso.