• Capítulo Oito

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Katrinne

Acordo e percebo que dormi a noite toda abraçada a Peter, ele está com uma mão sobre minha cintura e uma perna enroscada nas minhas, uma cena fofa de se ver, até parece que somos um casal de verdade. Se ele não fosse meu contratante eu já teria me jogado em seus braços, mas eu vejo que por parte dele não terá sentimentos e outra, eu não quero me machucar, então eu vou ir deixando rolar, eu aceito que ele me beije, o beijo dele é bom e tem um gostinho de menta misturado ao meu glós de morango. Olho para o relógio e ainda são três horas da manhã. Tiro a mão de Peter da minha cintura e dou um jeito de tirar minha perna de baixo da sua e depois de algumas tentativas eu consigo. Me levanto da cama e vou até o bar da casa e me sirvo de uma dose dupla de vodka. Acordei com vontade de beber, sempre que acordo no meio da noite eu encho a cara, porque se eu ficar sóbria a única coisa que vou fazer é pensar na minha família.

...

Nem sei quantos copos de vodka eu já bebi mas eu já me sinto um pouco alterada de mais.

Peterson

Acordo e rolo na cama e percebo que Kat não está aqui então olho para a porta do banheiro que está aberta, ou seja, ela não está no quarto. Me levanto e olho na sala, na cozinha e no quintal, o único outro lugar que ela conhece na casa é o bar, mas ela não pode estar lá... Ou pode? Vou até o bar e a vejo sentada em uma cadeira virando um copinho na boca.
- E você não me chamou para festinha particular? - Falo e ela se assusta comigo - Eu não queria te assustar - rio.
- É que eu achei que estavam todos dormindo - ela fala - e você não me assustou.
- Quer uma companhia? - Pergunto.
- Só se for a sua - ela fala.
- Então ótimo.
Me sento ao seu lado pego um copo para mim e me sirvo de vodka igual a ela e viramos os copos ao mesmo tempo. Depois de mais alguns copos resolvo quebrar o silêncio entre nós.
- Porque você está bebendo?
- Para esquecer, sempre que eu acordo durante a noite e não consigo mais dormir eu fico lembrando da minha família, e pensamentos ruins passam por minha cabeça - ela fala.
- Pensamentos ruins? - pergunto. - Ah, Kat - entendo o que ela quis dizer.
Me viro para ela e a abraço o mais forte que eu consigo e eu nem sei o porquê eu fiz isso mas, foi mais uma vontade de mostrar para ela que eu estou aqui por ela e que ela está protegida.
- Nunca mais repita ou pense nisso me ouviu? Eu estou aqui com você, sempre que você acordar durante a noite é para você me chamar, eu vou te fazer companhia, mas não quero lhe ver falando nisso nunca mais, me ouviu Katrinne Brown?
- Ouvi sim, Peterson Grey!! - Ela brinca.
- Olha, Katrinne, nesse pouco tempo que eu estive com você eu pude perceber o quão determinada você é. Com você cada segundo vale a pena, tanto para mim quanto para qualquer pessoa que esteja a sua volta. Eu nunca vi a Sophia aceitar comer tão rápido igual ela fez hoje de manhã porque você pediu, eu nunca a vi dormir no colo de mais alguém que não fosse a minha irmã, e olha que ela nem te conhecia, ela simplesmente se deitou em você e dormiu. Eu nunca vi a Hanna rir tanto igual ela riu hoje naquela sala pela sua ideia de brincadeira, até o meu pai que geralmente é um homem fechado caiu na gargalhada. Você desperta nas pessoas o gosto pela vida, quando você mesma tem tantos problemas e motivos para estar sempre chorando e triste... O seu passado foi difícil sim, você perdeu quem você mais amava em um piscar de olhos, mas isso não te impediu de se tornar a mulher que você é hoje: Completamente incrível em todos os sentidos possíveis, você faz a vida das pessoas melhorar tão naturalmente que as vezes você parece nem perceber. O que eu estou tentando dizer agora Kat, é você tem feito minha vida melhor em pouco mais de cinco dias, você entrou cheia de luz na minha vida e iluminou tudo, e eu gosto muito disso, eu gosto muito de você - assim que eu a olho seus olhinhos estão vermelhos e lágrimas escorrem descontroladamente em seu rosto.
- Não vinha escrito que você é perfeito no contrato, vou ir reclamar com sua mãe - ela fala.
- Eu não aceito devoluções mocinha - Paro e fico olhando o sorriso que apareceu em sua boca e limpo suas lágrimas a olhando nos olhos. Ela sorri pra mim e a única coisa que consigo fazer é encarar sua boca.
- O que foi? - Ela pergunta.
- Eu nunca senti tanta vontade de beijar uma pessoa igual eu estou sentindo agora - eu falo.
- E o que você está esperando? - Ela sussurra no meu ouvido enquanto passa os braços pelo meu pescoço.
Sem mais delongas agarro sua boca em um beijo rápido e desesperado. Sua língua brinca com a minha o que me arranca um gemido baixo e ela sorri. Ela é mais baixa do que eu e minhas costas já doeu por eu estar abaixado para beijá-la então a pego no colo e ela entrelaça as pernas pela minha cintura. Ando com ela e a encosto em uma parede a prensando lá.
- Você que é perfeita Katrinne - Falo.
- Eu só quero saber o porque sua boca tá tão longe da minha nesse momento - Ela fala.
E então eu volto para o beijo desesperado e cheio de desejo. Ela começa e dar uma pequena rebolada contra meu corpo, e o que estava quieto, começa a acordar e logo se anima.
- Ei, vocês não tem cama não? - Ouço minha mãe falar.
Me separo de Katrinne e ela está branca como se tivesse visto um fantasma o que me faz rir.
- Meu Deus Kat, todo casal transa, vocês só precisam ir para um quarto querida.
E eu que achei que não tinha como ela ficar mais branca acabei mordendo a língua porque ela tá quase um lápis da Faber Castel de tão branca.
- Vamos amor, você vai ter que dar um jeito nisso aqui - Falo pegando a mão de Kat - Boa noite mãe.
- Boa noite meus filhos - Minha mãe fala.
- Boa...noi....te, Za. Zara - Kat fala trêmula.
- Acho que você não vai conseguir ir andando - falo rindo e então pego ela no colo - assim chegamos mais rápido.
Levo ela para o quarto e a coloco na cama lhe dou um beijo na testa e então a abraço e assim passamos o resto da noite, abraçados e um aconchegando o outro.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora