• Capítulo Vinte e Oito

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Katrinne


Antes de chegar em casa eu liguei para Peter para poder saber se ele estava em casa, eu quero fazer uma surpresa e não quero que ele me veja antes de estar 100% pronta. Ele me disse que ainda estava na biblioteca fazendo uma vídeo conferência e que já chegaria, então eu teria tempo de me arrumar. Subi as escadas correndo e fui direto para o quarto, lá eu só retoquei o batom, porque já havia saído um pouco depois do lanche que eu comi. E claro que vesti o meu vestido azul com um salto alto maravilhoso que eu nunca tinha usado antes. Depois de pronta mando mensagem para Peter.

Chat

Katrinne: Amor, onde você está?!

Peter: Estou aqui em baixo te esperando, as meninas não deixaram eu subir!

Katrinne: Eu já estou pronta, vou descer agora kkkkkk

Peter: Estou ansioso para ver como você está, apesar de eu achar que você não pode ficar mais bonita 🙃

Katrinne: 😳😳😳😳😳
Estou descendo meu amor

Chat

Depois de me despedir de Peter eu dou mais uma olhada no espelho e então saio do quarto. Ao chegar na escada eu vejo Peter com um buquê de rosas vermelhas na mão esquerda, e a direita está no bolso, ele está com um sorriso enorme em seus lábios. Vou descendo as escadas bem devagar me sentindo uma princesa da Disney. Todos estão na sala, as meninas estão todas rindo, menos a tal da Andréia e a mãe dela, até a Nathália tá com um sorrisinho no rosto. Ele está com uma roupa diferente, porém não sai do seu terno formal.
Seus cabelos completamente arrumados. – Eu preciso enfiar os meus dedos e bagunçar aquele cabelo – sorrio com o meu pensamento. Assim que eu chego no final da escada Peter vem em minha direção sem cortar o contato visual e sem tirar seu lindo sorriso do rosto. Quando ele se aproxima de mim ele pega minha mão direita e me dá um beijo na testa.
- Você está linda meu amor – ele sussurra.
- Você também meu príncipe – Eu falo.
- Retira o que eu disse quando falei que era impossível você estar mais perfeita essa noite, porquê você está – Ele fala com um sorriso – Isso é para você – ele me entrega o buquê.
- Não precisava meu amor, eu amei, de mais – eu falo e depois cheiro as rosas.
- Deixa que eu coloco em jarro lindo e mando colocar no quarto de vocês, agora vão, vocês estão lindos de mais para ficar em casa mais um segundo – Zara fala.
- Obrigada mamãe, agora me deem licença, eu tenho uma gata para impressionar – Peter fala.
- Obrigada Zara – falo a entregando o buquê.
Peter estende o braço para mim e eu o pego, ele me leva até o carro onde abre a porta para eu poder entrar e eu acabo rindo da sua tentativa de ser um cavalheiro.
- O que foi? – ele pergunta.
- Você está se saindo bem! – eu falo.
- No que?!
- Em ser um cavalheiro, quem te vê assim nem pensa que sabe ser grosso – eu falo rindo.
- Mas eu estou tentando mudar Kat, por você, por você eu sou capaz de tudo e eu nem sei o porquê, mas eu sinto que é você quem completa a minha vida – Peter fala.
- Ótimo, eu tento brincar com você e recebo uma declaração – eu dou um tapinha no seu ombro – eu também te amo meu amor, e por você eu vou até o fim do mundo – eu falo me aproximando e então lhe dou um beijo – mas eu acho melhor a gente ir ou não saímos daqui essa noite.
Fomos o caminho conversando sobre o nosso dia, aliás, só eu falei sobre o meu dia, sempre que perguntava a Peter ele mudava de assunto, eu achei estranho mas resolvi não perguntar, ele disse que era coisa de trabalho então eu vou apenas confiar no meu namorado. Paramos em uma rua deserta e Peter olhou para mim com um olhar travesso e então abriu o porta luvas do carro.
- Por que eu acho que sobrou para mim? – eu falo olhando para fita preta que Peter tirou dali.
- É uma surpresa, e você vai ter que ir vendada, já estamos quase chegando perto – Peter fala – se vira, deixa eu amarrar, e antes que fale algo, eu vou tomar cuidado com o seu cabelo!
Bato continência rindo – Sim senhor – falo e me viro para que ele possa colocar a venda em mim.
Assim que termina de amarrar a fita, Peter manda eu me virar e então ele me dá um selinho. Sinto o carro em movimento novamente, agora Peter colocou uma música calma para tocar ouço ele dar risinhos nasais, deve tá rindo da minha cara. O carro para então ouço a porta de Peter se abrindo e depois a minha, ele me ajuda a sair do carro e depois me guia até algum lugar. O cheiro aqui é incrível, ouço barulho de água, sinto meus saltos afundando algumas vezes o que é estranho mas a paz que sinto nesse lugar mesmo sem poder ver nada é maravilhosa. Peter para e me ajeita em um lugar e então eu sinto suas mãos pegarem na faixa, ele vai tirando ela devagar mas eu permaneço com meus olhos fechados, quando ele finalmente tira a faixa do meu rosto eu vou abrindo os meus olhos bem devagar. O lugar onde estamos é lindo, é um pequeno lago, logo a frente tem uma mesa com duas cadeiras e o lugar está todo iluminado a velas. Olho para Peter que está com os olhinhos brilhando esperando por uma resposta minha.
- Peter, isso é incrível, meu Deus, a pessoa que pensou nisso é um gênio – eu falo.
- Bom, você está olhando para essa pessoa – ele fala.
- Foi você quem fez isso?
- Quando você me falou que queria sair eu pensei em te surpreender, queria fazer algo especial, então eu contratei um pessoal e em um dia eles fizeram tudo isso aqui – Peter fala.
- Espera, isso tudo foi construído hoje?! – Eu pergunto fazendo voltinhas com o dedo.
- Exatamente!! – Peter fala sorrindo.
Eu não o respondo apenas pulo em seus braços o enchendo de beijos e depois o aperto em um abraço
- Você não existe – eu sussurro em seu ouvido. Volto a encher  Peter de beijos arrancando gargalhadas dele.
- Acho melhor a gente se sentar, ali atrás é uma das propriedades do meu pai, e eu não queria ficar cozinhando então contratei um chef foda para poder preparar algo gostoso para a gente – Peter fala.
- Huum – eu falo após me sentar na cadeira.
Um rapaz veio nos servir o vinho e engatamos uma conversa sobre nossa vida, Peter falou mais, ele sempre teve os pais dele com ele e a minha vida não era uma coisa na qual eu queira me lembrar.
- A última viagem que fiz com a minha família foi para o Brasil, mais especificamente em Fernando de Noronha um arquipélago vulcânico, as águas quentes e cristalinas eram perfeitas, foi uma viagem que eu vou guardar para o resto da minha vida, eu quero muito um dia poder voltar lá, levar meus filhos, aquele lugar é mágico, é lindo e foi onde eu vivi as minhas últimas melhores lembranças – Eu falo e meus olhos se enchem de lágrimas.
- Ei, não vamos chorar hoje tá?! Hoje é um dia feliz e eu quero que você se divirta – Peter fala estendendo a mão e limpando uma lágrima teimosa que escorreu.
- Sabe, eu conheço toda a sua família e você não conhece a minha, mesmo que eles não estejam mais entre nós, eu quero muito que você os conheça, eu tenho fotos deles, você quer ver? – Eu falo já pegando meu celular.
- Eu vou amar gatinha – Peter fala se levantando e colocando a cadeira do meu lado – Eu devia ter pedido para deixarem nossas cadeiras próximas – ele fala e eu concordo.
- Esse aqui é o meu pai, sabe, o seu jeito me lembra o dele, eu acho que é por isso que eu me sinto tão bem e segura com você, ele era grosso com as pessoas, mas comigo, minha mãe e meu irmão ele era um doce, ele sempre fez de tudo para nos deixar sempre no conforto, ele sempre foi um homem muito duro consigo mesmo, sempre pensando na sua família antes dele, mas ele nunca deixou de ser presente e carinhoso, ele se dava folga a cada dois meses para poder sair com a família, nunca repetíamos o lugar, sempre íamos em locais diferentes, o jeito dele de ser sempre alegre deixava todos a sua volta feliz, ele era o meu melhor amigo e companheiro. Meu pai brincava mas sabia a hora de falar sério, ele nunca me proibiu a nada, sempre teve confiança em mim, sempre aceitou todos os meus namoradinhos, quando tinha festa do pijama em casa ele se juntava a nós e fazia brigadeiro, assistia todos os filmes da Barbie, nos deixava maquiar ele e dançava conosco, ele foi e vai ser sempre o melhor pai do mundo – Falo e mostro Peter uma foto de uma homem já de cabelos grisalhos e olhos pretos assim como os meus.
- Seus olhos brilham, seu sorriso é contagiante, eu sinto em meu coração o amor que você tem por ele, ele realmente foi um ótimo pai para você, eu queria poder te conhecido o homem que fez essa mulher incrível que você é hoje – Peter fala passando o dedo no meu nariz.
- Essa aqui era o meu porto seguro, a minha voz da razão, o meu motivo de levantar da cama todos os dias e tentar ser uma mulher melhor, eu entrei na faculdade de moda por conta dela, era a profissão dela, meu pai estava pensando em presentear ela com cursos e um estágio em uma empresa, no dia do meu aniversário ele entregou a ela todos os certificados, ela ficou numa alegria, mas ela nunca pode os usar... Então eu acabei fazendo por ela, mas não terminei, os meus colegas viviam fazendo piadinhas sobre como eu esqueci minha mãe bem rápido, então eu abandonei o curso e fui direto para a faculdade. A minha mãe era um pouco mais dura, mas ela era muito carinhosa, sempre foi a cabeça da família, sabia sempre quando eu precisava de um abraço ou de conversar, sabia quando tinha algo de errado comigo, a gente criou a quinta das meninas, saíamos para o shopping com a mesma roupa, maquiagem e cabelo, fazíamos compras e depois íamos ao cinema, nunca faltamos uma quinta desde que tinha 8 anos, ela vivia pela família, ela sempre me alertou sobre o Caleb, mas eu o amava e não enxergava, eu comecei a brigar com ela, acabei com a quinta das meninas, parei de falar com ela e quando finalmente estávamos recuperando tudo aquilo ela..... Ela foi arrancada de mim e eu não pude nem me despedir – eu falo com meus olhos marejados. Peter pega o celular de minha mão e olha a mulher na foto. As vezes olhar pra ela é como olhar pra mim, o mesmo cabelo, o mesmo rosto, o mesmo sorriso.
- Você se parece com ela – Peter fala me abraçando de lado – não chora minha pequena – ele sussurra e me dá um beijo na cabeça.
- Eu sei, não estou chorando – falo lhe dando um sorriso – Esse daqui era o xodó da casa, desde pequeno era travesso, pulava dos móveis com skate, jogava bola em casa e quebrava os jarros da mamãe, quando ele nasceu eu não gostava nem um pouco dele, a atenção que era minha se voltou toda para ele e eu morria de ciúmes, uma vez eu peguei ele enquanto minha mãe não via e o coloquei no meu quarto escondido, só que para ele não cair eu resolvi ficar olhando ele, aí eu comecei a brincar, ele começou a rir das minhas palhaçadas, eu ria do seu riso, e era assim todas as tardes, até ele ir crescendo, sempre que eu podia fazia uma tenda no meu quarto e a gente passava a tarde toda jogando os joguinhos dele e comendo besteira, ele me dizia que era a parte preferida dele da semana, quando ele era pequeno ele me chamava de Katarine, ele não sabia pronunciar meu nome e eu faltava morrer de rir quando ele tentava, quando cresceu o apelido pegou e ele não parou de me chamar assim, e eu o chamava de Tyler só para provocar, e acabou virando nossos apelidos, no último dia que eu o vi ele me abraçou me deu um beijo na bochecha e disse “Eu vou te amar para sempre minha Katarine” e eu ri, o beijei e depois baguncei o cabelo dele, quando ele estava quase saindo eu gritei “Eu te amo Tyler” foi a última coisa que eu pude dizer. – Eu passei semanas trancada em casa, só sabia chorar e perguntar o porquê de Deus me odiar, o porquê ele tinha que fazer tudo aquilo comigo, mas graças a ele agora eu estou aqui com você, com um cara que me ama e que eu amo – eu completo.
- Pode ter certeza disso minha princesa, eu te amo muito – ele fala e me beija.
- Sabe, eu ainda sinto muita saudade deles, eu não vou ter nunca mais a quinta das meninas, ou vou poder fazer uma tenda com o meu irmãozinho para podermos passar a tarde jogando, acabou maquiar o papai ou assistir Barbie com ele... – Falo olhando as fotos.
- Claro que vai meu amor, eu posso assistir Barbie com você, deixo você me maquiar como fez aquele dia, e você vai poder ter a quinta das meninas com a nossa filha – Peter pisca para mim e eu tenho certeza que fiquei corada – E além de podermos jogar quando você quiser, eu sou muito bom com os dedos – ele pisca novamente – aposto que te deixo louca, não vou pegar leve com você, e você também pode jogar com o nosso filho – Ele fala pegando em meu queixo e virando meu rosto em direção ao dele – O que importa é que você esteja feliz, e melhor ainda, que esteja comigo!
- Aah, Peter, eu te amo tanto – eu me aproximo e lhe dou um beijo – e vou amar ser a mãe dos seus filhos – a gente sorri – mas acho melhor não pensarmos nisso agora, vamos pensar em nos conhecer direito, e em termos certeza dos nossos sentimentos.
- Você não tem certeza dos seus sentimentos Katrinne? – Peter fala.
- Eu tenho Peter, você é carinhoso, atencioso, divertido, está sempre pensando em mim, olha só esse lugar que você fez só para me agradar, eu só tenho medo, não de você, mas se um dia você se cansar e eu ficar sem a pessoa que eu amo de novo – Eu falo.
- Eu nunca vou me cansar de você, me ouviu bem? Esse colar que eu te dei, ele significa a certeza que temos de que a presenteada é a mulher da nossa vida, e eu tenho certeza, eu nunca vou te deixar sozinha, você acha mesmo que eu vou deixar você escapar? Eu não vou e não posso te perder – ele fala encostando nossas testas – Eu te amo – ele sussurra.
- Eu te amo – eu sussurro e colo nossos lábios.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora