• Capítulo Dezoito

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Peterson

O caminho foi rápido, Kat ama pilotar motos e da para perceber, ela quase flutua pela pista. Kat falou que ia passar no shopping bem rápido e pediu para que eu esperasse ela do lado de fora e eu assim fiz.
Porque eu acho que ela está tramando alguma coisa?
Vejo ela chegando com uma sacola de uma loja que eu não conheço.
- Amor, o que você está tramando? – pergunto.
- Eu? Nada, porque você acha que eu estou tramando algo? – Kat.
- Eu não sei, mas eu sinto... É estranho – eu falo.
- Você é doido sabia?! – Ela fala.
- Você também é Katrinne, não pode falar de mim! – falo.
- Vamos logo, eu tenho um trabalho para fazer e você tem que resolver suas coisas meu amor – ela fala e me dá um selinho.
Ela monta na moto e coloca o capacete, depois olha para mim, resolvemos que vamos ficar em uma biblioteca mais afastada do centro da cidade porque é mais calmo lá. Chegamos a biblioteca e escolhemos uma mesa mais afastada, Kat tira seu notebook da mochila e o coloca sobre a mesa. Eu trouxe o meu também, vou tentar fazer uma reunião daqui mesmo, não tem como eu voltar para Chicago agora então vou ter que resolver de longe mesmo.
- Boa tarde, vão querer alguma coisa? – Uma mulher loira se aproxima da gente. Assim que eu a olho ela ajeita sua blusa, a descendo um pouco, mostrando seu decote. A loira me dá um grande sorriso e eu olho para Kat que está concentrada no seu notebook e rabiscando uma folha.
Eu mereço!
- Amor, vai querer algo? – Falo chamando sua atenção.
- O que você quiser meu bem – Ela fala ainda sem olhar pra mim ou para a loira.
- Me de dois cafés então senhorita – Falo.
- Claro, em dois minutos eu trago – Ela fala e sai.
- Sabe, o que eu quero beber mesmo só tem entre suas pernas – falo.
Ela me olha e sorri para mim mas não diz nada, o que só confirma mais ainda minhas suspeitas de que está aprontando algo.

...


- Amor, me ajuda aqui? Eu fiz esse desenho, mas não sei se ficou bom, estou com medo de mandar. Eu me sento ao seu lado no sofá e pego a folha de sua mão, ela me olha cheia de esperança. O vestido é lindo, até parece que é de um estilista profissional, com anos e anos de experiência, ela tem muito futuro, só precisa de uma empresa que a ajude... Porra!
- É isso!! – Quase grito e uma senhora que estava lendo um livro atrás de mim me olha com raiva. – Desculpa – peço em um sorriso. A mulher faz que sim com a cabeça e volta sua atenção para o seu livro.
- Isso o que meu amor? – Ela pergunta confusa.
- Eu vou financiar, ou seja, patrocinar os seus desenhos, amor, esse desenho, e os outros que vi em sua casa, parecem ser de alguém com anos e anos de estudo e experiência, não de alguém que ainda está  estudando, amor, é perfeito Kat.
- Ei, você não pode fazer isso só porque está precisando de uma estilista Peter, eu sou uma estudante de moda, ainda tenho o último semestre para fazer, você vai achar alguém bom o bastante para sua empresa – Ela fala olhando em meus olhos.
Essa garota ainda me deixa louco  meu Deus, até nos seus chiliques ela é linda, olha só essa deusa que está ao meu lado.
Pego em seu rosto com as minhas duas mãos e olho bem no fundo dos seus olhos – Eu te amo – eu sussurro.
- Espera!! O que? – Ela fala.
- Eu te amo, quer que eu grite? – ela apenas faz que não com a cabeça e lágrimas escorrem em seu rosto – Você é perfeita, e não é porque você é minha namorada ou porque eu estou precisando muito de alguém, tipo urgentemente, é porque eu sei que você pode e é capaz de tudo o que quiser, olha só esse desenho meu amor, é maravilhoso – eu falo.
- Ah Peter, eu também te amo meu amor, te amo muito – ela fala e me abraça.
Acho que ficamos abraçados por uns cinco minutos. Meu blazer ficou todo encharcado no ombro. Quando ela finalmente ou infelizmente me larga ela me olha com os olhinhos vermelhos e sem falar mais nada me beija com o melhor beijo que já ganhei na minha vida.
- Você não sabe o quanto eu estou feliz Peter – ela fala.
- Eu sei sim meu amor, eu estou tão feliz quanto, se não até mais – eu falo e ela sorri.
- Quantos vestidos você precisa? – Ela fala.
-  Então isso foi um sim? – Falo com um sorriso.
- Não, isso foi um “vou tentar” – ela fala fazendo aspas com os dedos.
- São precisos nove vestidos- Falo.
- Certo, esse eu vou mandar para o meu professor e contar a ele a minha nova novidade, ele sempre usa sua empresa como exemplo nas aulas, ele vai amar saber quem é meu namorado – ela fala – e... Eu vou começar a fazer a sua nova coleção.
- Não meu amor, a sua nova coleção – eu falo.
Ela sorri pra mim e depois suspira voltando seu olhar para seu caderno de desenhos ela primeiro separa algumas cores de lápis e então começa a rabiscar em seu caderno e a fazer anotações no seu notebook.
A mesma mulher que veio anotar nossos pedido veio os trazer pela quarta vez, ela chega com a bandeja e agacha o suficiente para os seios dela quase saltarem da sua blusa decotada e pela primeira vez em dois anos eu não tive nem interesse de olhar. Depois de perceber que não está adiantando todo o seu esforço, ela levanta um pouco frustrada por eu não ter olhado mas mesmo assim nos dá um sorriso.
- Vão querer mais alguma coisa? – ela fala.
- Sim, vou querer croissant, ah, e quero também que você pare de se insinuar para o meu noivo lindinha, agora pode ir.
Eita! Katzinha marcando território.
Me seguro para não rir da garota que me olha quase que pedindo desculpas. A garota fecha a cara e Kat olha para mim sorrindo e ainda sem falar nada volta a olhar para a garota com um sorriso enorme.
- É só isso mesmo minha linda – Ela fala e volta sua atenção para seu notebook.
- Minha namorada é ciumenta?! – Eu pergunto incrédulo.
- Sua noiva, não se esqueça que me contratou para ser sua noiva – ela fala sem me olhar.
- Katrinne!! – Falo.
- O que?! – Ela me olha – Eu não menti, aos olhos dos outros sou sua noiva, apenas nós dois sabemos que sou sua namorada a poucos dias, não é amor?!
Que conversa estranha é essa?
- Eu não olhei para aquela garota, meu amor, eu só tenho olhos para você, Kat, eu já te falei que eu te amo, eu não quero outra pessoa na minha vida.
Ela apenas cai na gargalhada e me deixa ali sem saber o que fazer, eu estou desesperado por ela estar achando que eu fiquei olhando a outra e ela está rindo.
- Você devia ter visto sua cara meu amor – ela fala.
- Você estava brincando comigo Katrinne? – Esbravejo.
- Ah, sim? – ela se faz de sínica.
- Você é uma garota muito malvada sabia?! – eu falo.
- Sou?
- É, é sim, e sabe o que eu faço com as garotas malvadas?
- O que você faz?
- Isso aqui!!
Coloco minhas mãos em sua cintura e ela me olha preocupada, acho que ela já sabe o que eu vou fazer, então eu lhe aperto fazendo ela cair na gargalhada, todos que estão a nossa volta nos olham mas não incomodados, eles estão rindo também, Kat joga a cabeça para trás ainda rindo e então eu paro quando eu vejo que ela já está quase com falta de ar.
- Para você aprender a não ser mais malvada comigo – eu falo e ela apenas ri.

...


- Amor, terminei o primeiro – ela fala me entregando uma folha.
Olho o vestido e olho para Kat para poder dar um ar de suspense, eu amei o vestido mas vou fazê-la sofrer um pouco.
- Olha Kat, eu tenho que ser bem sincero com você, eu... – vejo sua expressão ganhar um pequeno ar de tristeza – Amei esse vestido – falo e ela cerra os olhos para mim.
- Você quer me matar do coração Peterson? – ela fala e me dá um soco no ombro.
- Para você aprender meu amor, eu sei ser vingativo – Falo.
- Eu vou voltar ao meu trabalho Peter – ela fala.
Os croissants dela chegou e dessa vez foi uma outra mulher que trouxe, acho que a loira ficou com medo da minha morena. Kat me falou que só vai me mostrar os outros desenhos quando prontos e então acho que eu vou ter que esperar.

🌻 Namorada De Aluguel 🌻Onde histórias criam vida. Descubra agora