Seduzindo o titio

Apenas Sasuke e Hinata

Sasuke terminou de catar todos os pedaços de vidro que encontrou e caminhou para a sala lentamente. Ele lançou um olhar ao andar de cima e imaginou se Hinata desceria de novo. Ele entenderia se ela ficasse por ela, ele havia sido idiota.

Num momento ele diz que estava louco para beijá-la e que ela era linda e no outro dizia estar arrependido e a mandava embora. Que tipo de homem ele era? Nem ele sabia responder. Aqueles momentos com ela haviam sido incríveis. Mas sua consciência pesava. Ao menos ele queria que pesasse.

Na realidade ele não sentia culpa igual pensou que sentiria. Ele só conseguia pensar em como aqueles beijo foram bons e em como aquela mulher era gostosa. Isso fazia dele um péssimo ser humano? Ele esperava que não. Pois não conseguiria espantar esses pensamentos nem se quisesse.

Ele se deitou no sofá e ligou a televisão em um filme qualquer, fingindo prestar atenção. Ele olhava para a escada o tempo todo, imaginando se Hinata desceria e ficaria perto dele. Ele prendeu a respiração quando a viu no topo da escada com um pijama nem um pouco inocente. Ao menos ao seu ver.

Ela usava um short rosa felpudo e uma blusa de frio da mesma cor e textura, com um capuz que tinha orelhas de gatinho. Ele se lembrava daquele pijama. Ele havia dado para ela em seu aniversário de quinze anos, mas nunca a tinha visto com ele. Ela sempre se vestia somente na hora de dormir. Mas agora ela descia as escadas vestida de um modo que fez o mundo de Sasuke girar.

— Lembra? Foi você quem me deu! — Ela disse dando um sorriso inocente. — Atrás é super legal. Olha.

Dizendo isso ela se virou mostrando que na parte de trás havia os dizeres "MEOW" com bigodinhos de gato. Mas o rapaz sequer focou no que dizia. Seus olhos foram parar na bunda de Hinata que ficava boa parte para fora do short.

— Sensacional. — Ele conseguiu dizer com a voz rouca. Mas ele não falava do pijama.

Hinata virou-se para o moreno sorrindo. Ela caminhou para perto do sofá e sentou-se entre as pernas do Uchiha. Ele engoliu em seco com o ato.

— Que filme você está vendo Sasuke?

— Eu nem sei. — Ele respondeu simplesmente, focando em um ponto da parede.

Hinata suspirou e se virou para ele, sentando-se parcialmente em cima de suas pernas. Ele virou o olhar para ela, percorrendo seu rosto e corpo lentamente.

— Você quer comer, Sasuke? — Ela perguntou com a voz carregada de luxúria.

— Comer?! — Ele perguntou incrédulo.

— Sim... — respondeu enquanto deslizava as mãos pelo abdômen definido do Uchiha.

— Hinata. — Ele gemeu o nome dela fechando os olhos. — Não é uma boa ideia.

— Por que Sasuke? Você não gosta? — Ela disse subindo e sentando em seu colo. Sentindo os efeitos que já causara no rapaz.

— Gosto. Muito. — Ele falou olhando-a nos olhos.

— Está decidido então. — Ela disse rebolando em cima do rapaz que gemeu com o ato. — Vai querer pizza de que?

Sasuke travou com o que ela disse. Ele olhou para ela que apenas sorriu inocente e saiu de cima dele, deixando-o decepcionado. Então era isso? Pizza? Ela estava o mesmo que ele fez na cozinha. Ele merecia. Sabia disso. Mas não era algo legal.

— Peça a que quiser. — Ele respondeu emburrado.

— Tudo bem. Já volto.

Ela saiu do cômodo e voltou para seu quarto. Ela mantinha uma expressão neutra, mas seu interior sorria. Ela o provocou da mesma forma que ele fez. E havia adorado. Ela sabia que na próxima vez ele não aguentaria e cederia. Tudo estava indo bem.

Ele observou ela se afastar e suspirou. Ela era sensacional. A mulher mais linda que existia. Um sorriso perfeito, um corpo magnífico, um caráter de ouro, uma voz deliciosa. Ele sentiu um formigamento começando entre suas pernas e tentou espantar os pensamentos de Hinata. Ele precisava se controlar.

A jovem desceu novamente com o celular nas mãos e reparou no desconforto do moreno. Ele se sentou perto dele e o fitou preocupada.

— Sasuke, o que foi?

— Acho que você exagerou na provocação e deixou minha calça muito apertada. — Ele disse dando de ombros.

Ao perceber o que ele queria dizer, Hinata lançou um olhar discreto para as calças de Sasuke e corou violentamente. Ela não sabia dizer se corava de vergonha ou de alegria. Afinal, ela havia conseguido mexer com ele como desejava.

— Hinata... Você acha que consegue agir como se nada tivesse acontecido?

— Eu sempre me comporto como se nada acontecesse, Sasuke.

— E se somente por hoje, nós esquecermos do sobrenome Uchiha em nossos documentos? — Ele perguntou se aproximando dela.

— Seremos apenas Sasuke e Hinata? — Ela perguntou de volta.

— Sim. Apenas Sasuke e Hinata... — Ele sussurrou no seu ouvido.

— Vamos ceder a nossos desejos. — Ela falou em um fio de voz.

— Mas amanhã tudo volta ao normal. — Ele completou no mesmo tom.

— Amanhã seremos tio e sobrinha de novo. — Ela disse jogando o celular na mesa da sala. — Você não vai mais querer pizza, né?

— No momento minha fome é de outra coisa. — Ele respondeu puxando-a para se sentar em seu colo.

— Não vai parar de repente e nem se arrepender, né? — Hinata perguntou enquanto enlaçou o pescoço do rapaz.

— Eu nunca vou me arrepender disso. Desculpa por antes. Vou te compensar agora. — Ele respondeu e em seguida juntos os lábios dos dois.

Hinata sorriu durante o beijo e acariciou os cabelos rebeldes do rapaz. Ela sabia que aquilo tudo era uma loucura, mas não tinha forças para sequer pensar em parar. Aquelas sensações que Sasuke lhe trazia era uma maravilha e ela nem conseguia descrever.

Sasuke enfiou as mãos na blusa que ela usava e acariciou sua barriga e cintura, causando arrepios em ambos. Ele apertou ela mais contra seu corpo sentindo seus seios através do tecido grosso da blusa dela. Ela desceu as mãos do seu cabelo e passou por seu abdômen definido, soltando um suspiro de satisfação.

Os dois se separaram sem fôlego e ficaram se encarando. Sasuke apertou um pouco mais sua cintura por baixo da blusa e sorriu. Hinata levou as duas mãos ao rosto do rapaz e o acariciou ali, sorrindo também. Depois de recuperados os fôlegos, voltaram a se beijar. Sem nunca desviar os olhos um do outro.

E naquele momento, ambos tiveram duas certezas. A primeira era que, aquela era a melhor decisão que poderiam ter tomado, e a segunda era que, jamais seriam capazes de agir como se nada tivesse acontecido.