31 - Reforços

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— Pete tem família na Filadélfia? — questionou meu pai ainda desconfiado

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— Pete tem família na Filadélfia? — questionou meu pai ainda desconfiado. — Que eu me lembre, ele tem família em Nova Iorque.

— Também tem na Filadélfia, pai — menti. — E também no Canadá, México, Brasil, China...

— Seu melhor amigo tem uma família muito grande. — Minha mãe comentou enquanto limpava a cozinha.

— E ele quer que você vá junto? — perguntou meu pai cruzando os braços.

Tentei sorrir com uma expressão tranquila.
Eu não queria mentir, mas seria estranho dizer que eu ia viajar para a Filadélfia sem um motivo. Contar a verdade também não era uma opção.

— Posso ir? — perguntei.

— A decisão é sua, filho — disse meu pai. — Você já é maior de idade e pode tomar suas próprias decisões. Se eu te chamei aqui, foi só para saber o motivo desta viagem.

— Só vou acompanhar o Pete e conhecer a cidade — falei. — Prometo que vamos tomar cuidado e que vou ligar todas as noites.

Ameacei sair da cozinha, mas meu pai voltou a me chamar antes de eu cruzar a porta:

— Quando você vai contar pra gente? — questionou ele.

Congelei por um segundo.

— Contar o que? — perguntei assim que voltei minha atenção para ele.

— Como está indo na faculdade, é claro! — exclamou meu pai com um olhar malicioso. — Ou você tem outra coisa para nos contar?

A campainha tocou antes de eu conseguir responder.
Eu podia usar minha habilidade recém readquirida de sentir as emoções das pessoas e tentar adivinhar o que meu pai estava pensando, mas eu não quis fazer isso. Eu não queria usar nem um de meus dons, pois usar um significava liberar todos os outros.

Algo ainda me dizia que eu não podia fazer aquilo.

Eu ainda sentia um pequeno lacre em minha mente que me impedia de usar meus condões. O lacre estava frouxo e só esperava minha decisão de quebra-lo para todos os meus dons serem liberados.
Tanto os que eu sabia que tinha quanto os que eu ainda não conhecia.

Contra o Oculto (Suspense Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora