19 - Como Um Vulcão

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Era quase uma da tarde quando o motorista que contratei parou o carro na frente da casa que Nathan morou com os pais e a irmã

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Era quase uma da tarde quando o motorista que contratei parou o carro na frente da casa que Nathan morou com os pais e a irmã. Eu ainda estava inseguro e com medo de desconfiarem da minha presença, mas era tarde demais para voltar atrás.

Eu tinha perguntas que precisavam ser respondidas.

— Chegamos — falei assim que desci do carro.

Nathan reapareceu a meu lado. Ele tinha se afastado durante o tempo que passei almoçando em um restaurante da cidade, pois estávamos muito tempo juntos e aquilo estava me deixando cada vez mais fraco.

— Você está melhor? — perguntou Nathan. — Conseguiu comer?

— Estou bem — respondi colocando as mãos nos bolsos do casaco. — Só um pouco preocupado.

— Você vai conseguir, Klay — encorajou ele. — Tenho fé em você.

Agradeci.
Eu precisava de muita fé e coragem para passar por tudo aquilo.

A casa que Nathan morou não era tão diferente de outras casas do subúrbio. O bairro era bonito e arborizado. As casas daquela rua tinham pequenas cercas brancas, jardins floridos e um aspecto aconchegante e familiar.

— Parece que já começou — disse Nathan olhando em direção a casa que morou.

— Vamos entrar? — O chamei me adiantando uns passos.

— Não posso — respondeu ele. — Não consigo ir além deste ponto, Klay.

Aquilo era um problema.
Como eu ia me virar sozinho na casa do Nathan?

— Por quê? — questionei.

— Não sei. — Ele respondeu emanando energias negativas. — Eu não consigo avançar. Não consigo entrar na casa.

— Uma vez você disse que não conseguia se aproximar do colégio também, não é? — perguntei.

— Sim. — Ele confirmou.

— Deve haver alguma ligação — teorizei.

— Com o quê? — perguntou Nathan confuso.

— Esquece! — exclamei voltando a avançar.

Contra o Oculto (Suspense Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora