Vinte anos atrás Cauã

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Eu vi um caminhão encostar na casa em frente a minha e logo em seguida uma caminhonete com uma mulher e uma menina e atrás tinha o homem em uma moto, parece que são os novos moradores da rua, mas quando a garota desce do carro e se vira olhando para rua, parece que me viu na janela me pego desejando correr até lá e me apresentar. Durante todo o tempo que descarregavam o caminhão ela permaneceu sentada na calçada sozinha olhando à rua como se estivesse se familiarizando com o local e analisando as pessoas.

Assim que o caminhão sai da casa, o carro e a moto foram guardados na garagem desci para me apresentar.

— Oi, bem vinda a rua, sou o Cauã moro aqui em frente. - ela permaneceu me olhando sem se levantar da calçada, ela parece ser mais nova que eu, mas não parece ser muito educada fiquei ali me sentindo mal como se estivesse invadindo o espaço dela e como ela não disse nenhuma palavra. — Prazer, eu já vou indo.

Fui para minha casa e fiquei pensando se ela era surda ou mal educada mesmo, mas ela é realmente muito linda com os cabelos longos em um tom castanho claro e olhos tão escuros com o céu da meia noite, a cara dela de seria me fez pensar que ela não goste de fazer amizades novas.

Todos os dias eu ficava olhando e ela sempre ficava sentada na calçada sentada com um caderno em mãos vez ou outra, peguei até ela com um violão nas mãos tocando algo, mas não tive coragem de ir lá para descobrir o que era.

Quando meu amigo Rafael veio aqui em casa, decidimos ir juntos falar com ela, pelo que percebi olhando eles pela janela ela o tratou do mesmo jeito que me tratou.

Quando decidimos ir juntos falar com ela, não esperava que ela conversasse conosco ou nos desse atenção, o nos pegou de surpresa fiquei tão encantado com a voz dela, parecia um anjo falando, que acho que fiquei com cara de idiota.quando o pai dela saiu percebi uma coisa os pais dela eram japoneses. A casa era como uma galeria do rock, fiquei encantando ao ver vários posters, cds e quando vi as guitarras fiquei muito encantado, mas quando ela se sentou na bateria e começou a tocar fiquei sem ação ela tocava com tanta dedicação que me prendeu totalmente a atenção, mas percebi que não era o único admirando a tocar o Rafael estava com um sorriso que nunca tinha visto em seu rosto.

Ela vez ou outra olhava para nós e ficava sem graça sorria mordendo um lábio mas quando ela começou a cantar junto com o pai aquela música se tornou algo espetacular e naquele momento me apaixonei e não foi somente pelo Rock. 

Três corações um ritmoOnde histórias criam vida. Descubra agora