AmandaJá faz uma semana que voltamos da casa dos meus pais, passei dias ótimos lá. E às vezes me pego pensando no que minha mãe me disse “Faça eles sentirem ciúmes de você!” e esse será meu lema no momento. Tenho ido trabalhar normalmente não dei mais nenhuma investida neles, permaneço quieta, a única coisa que faço que possa estar causando certo desconforto é continuar andando nua pela casa.
Renan: Posso te levar no truck hoje? Estou de folga e queria conversar com você!
Acordei com essa mensagem do Renan e eu realmente estava pensando nele eu sei que ele não se importará em fazer ciúmes para os meninos, mas me sinto mal por ficar com ele sem ter real interesse nele, não que ele não seja lindo.
Amanda: Hey Rê... Claro, vem me buscar sem problemas! To indo tomar banho e já, já estou pronta! Bjs
Renan: Eita, agora quero tomar banho com você... Daqui 10 minutos to ai!
Renan: Agora vou ter que tomar outro banho, levarei mais que 10 minutos!
Amanda: Hei... pensa bastante em mim tomando banho... brincadeira... Não demora muito pois to com fome! De muitas coisas, mas “essa” fome eu mato depois!
Renan: Matando “essa” fome comigo! Ficará tudo bem! Já... já to ai!
Amanda: Cuidado com as propostas! Posso ser muito bacon para sua farofa!!! rs
Renan: Eu aguento e to com tanta saudade desse seu bacon...
Amanda: Está meio estranho esse assunto, a sua saudade é de mim ou da minha farofa literalmente !? rs
Renan: Dos dois! To saindo de casa!
Cacete eu saio correndo tomo banho e vou me trocar, quando saio do quarto os meninos estão sentados no sofá. Sinto os olhares queimarem em mim e sei que está cedo para estar pronta para ir para o Truck.
— Onde você vai? — o Rafael pergunta meio sério e sei que está curioso.
— Vou sair para tomar café da manhã e depois vou pro Truck, te encontro lá! — estou falando escuto a buzina os dois se olham e sinto uma sensação de que isso mexeu com eles. — Tchau! Até mais tarde! — falo jogando um beijo no ar e bato a porta, sinto uma adrenalina tomar conta de mim, enquanto subo as escadas para o portão, mas quando vejo o Renan tirar a capacete e cumprimentar alguém que não sou eu olho para trás os dois estão com os braços cruzados olhando sérios para mim. E só eu e o Renan sabemos o quanto mexeu com eles isso.
— Oi Gatinha! — ele fala me dando um capacete e antes que eu possa colocar ele me puxa para um abraço ainda sentado na moto. — Eu estava com saudade desse seu cheiro.
— Oi gatinho! Eu também estava com saudade de você! — o cheiro dele amadeirado é maravilhoso e os braços dele me fazem parecer um graveto quando estão envolta da minha cintura. Eu fico chocada como ele mexe com a minha “deusa interior” ela falta soltar fogos quando ele está por perto e eu agradeço por ser mulher nessas horas. — Vamos eu estou com muita fome! E já... já tenho que trabalhar! — falo subindo na moto e quando passo a mão pela cintura dele, vejo os dois entrando em casa e sei que estarão com um humor maravilhoso mais tarde.
Ele me leva em uma padaria que faz aqueles cafés da manhã coloniais que são divinos, vou contar um pouco sobre o Renan para vocês, como já sabem a Verônica e eu somos amigas a alguns anos. Uma vez fui para casa dela e ela sempre me disse que o irmão era tatuador. E eu estava louca para fazer uma tatuagem mas quando cheguei na casa dela e vi aquele homem lindo quase cai sentada nele (ops no chão, não que eu não tenha me divertido com ele, mas sabe como é né), ele fez todas as minhas tatuagens quando não estava na faculdade ou no estágio. Ele é enfermeiro e trabalha muito, mas ele é muito cobiçado pelo jeito carinhoso dele e pela beleza que é uma coisa absurda. Nós dois ficamos juntos seis meses e quando o Rafael foi embora eu o larguei. É quando o Rafael foi embora muita coisa na minha vida aconteceu, mas agora eu vou voltar de onde parei com o Renan.
— Baixinha, o que você está pensando? Essa sua cara de dúvida me deixa intrigado com o que passa nessa sua cabeça! — ele me pergunta sorrindo.
— Estou pensando o que poderia ter acontecido se tivéssemos ficado juntos? Será que teria dado certo? — falo sem pensar comendo um delicioso croissant com manteiga salgada.
— Será que você teria aceitado casar comigo? Porque um fato que eu já teria pedido! — ele fala comendo e percebo que foi sincero.
— Porque a dúvida? Eu aceitaria sim, quem em sã consciência não casaria com você? — falo olhando para ele sorrindo.
— VOCÊ! — ele fala apontando para mim e me sinto uma idiota — Seu coração nunca será meu baixinha, é com tanta tristeza que assumo isso, você sempre será daqueles dois idiotas que moram com você! — ele fala e quando olho ele está olhando para baixo fecha os olhos e suspira. E isso me destrói. — Você não tem noção do quanto eu queria poder arrancar aqueles dois do seu coração, mas Deus não dá asa a cobra né!
— Você acha que eu não amei você? — pergunto por eu amei ele, eu aprendi a amar, ele só tem casca de durão e safado, mas ele é um cavalheiro e um amorzinho de pessoa.
— Você amou e isso é o que me dá esperança, mas não me amou mais do que eles... — ele vai voltar para cinco anos atrás. — Você terminou comigo no dia que o Rafael foi embora, falou que se sentia abandonada e rejeitada e sabe o que é pior, o frouxo do Rafael foi embora por não saber lidar com um sentimento. Ele realmente me provou que é frouxo ali. Se ele fosse homem ele teria assumido o sentimento por você e lutado por você. Eu odeio ele por ter tirado você de mim, mesmo depois que fugiu. — sinto o tom sério e a tristeza na forma como fala.
— Eu amo os dois, mas cansei de esperar por eles! — falo sem pensar.
— Não mente para mim, eu sei que você sai comigo para provocar eles e os dois caem igual patos... Minha maior preocupação é eles fugirem de você e isso te magoar e eu vou ter que bater neles. Mas no fundo se eles fugirem de você só eu estarei aqui para segurar você antes de cair. Eu jamais deixarei que eles te magoem. — Ele foi tão sincero que honestamente eu também tenho medo deles fugirem de mim e eu ficar sozinha na merda que eu causei por uma insistência minha, mas não consigo parar.
— O que você me diz de tentarmos ir devagar? — ele me olha com um sorriso no rosto que sei que quer, mas não quero magoá-lo.
— Você vai me dar uma chance depois de ter ficado puta com eles no show e ter fugido recentemente deles para casa dos seus pais, ainda não sei o que aconteceu para você fugir deles, mas estou bem curioso! — ele fala sorrindo e eu decido contar.
— Os dois como você diz são frouxos, provoquei eles e nada aconteceu e quando digo provoquei é porque eu realmente fiz pisarem em ovos! — falo sorrindo e vejo o sorriso sacana dele surgir até que ele arquea a sobrancelha e ai meu Deus que ele consegue ser lindo de qualquer jeito. — Está bom, o Cauã ficou se esfregando em cima da minha bancada com a Brenda “aquelazinha” do show e eu estava trabalhando ai dei uma martelada nos dedos dele, prometo que foi de leve, mas dei! — falo dando de ombros e ele começa a rir ou melhor gargalhar. — Quando foi a noite ele pegou a guitarra dele e começou a tocar “Swwet Child O’Mine” para me provocar ai eu gritei com ele e depois fui dar um remédio para dor, mas ele jogou o copo com água na parede e ai discutimos novamente e isso me deixou extremamente irritada e eu fiz a mala e fui para casa dos meus pais para respirar um pouco. — parei antes que eu contasse que eles foram juntos.
— Ai tem um “mas” e eu sei qual é. Porque cheguei na sua casa e os dois não estavam mais em casa. Fui no dia seguinte é o truck e nem você e nem o Rafael estavam, fui no restaurante e falaram que o Chefe não estava e nem a Subchefe. Então matei na hora onde eles estavam... Foram atrás de você com medo de te perderem...o medo que eu vi nos olhos deles a cinco anos atrás. — ele fala mas vi o arrependimento nos olhos, como se tivesse falado demais.
—Como assim Renan? Que medo? — pergunto e ele suspira e fecha os olhos e serra a boca.
— O medo de te perder para sempre, de você não os amar como te amam, o medo de seu coração ser de outra pessoa! — ele fala com tristeza como se esse momento já tivesse existido. — Antes do Rafael ir embora, ele foi na minha casa e me pediu para cuidar de você como eu jamais poderia cuidar e no dia seguinte o Cauã foi na minha casa e me pediu a mesma coisa. Eles iam te deixar em momentos diferentes mas iam te deixar, mas a partida do Rafael te devastou e você se afastou de mim e ai o Cauã não teve coragem de te deixar também, então ele ficou e mandou o Rafael voltar. E agora os dois fogem de você como o diabo foge da cruz, por medo da amizade deles não aguentar e os dois corações quebrarem. Mas eles não entenderam ainda que só vai dar certo se os dois fizerem isso juntos. E por isso eles dois me odeiam porque eu sei que eles tem algo que eu quero muito, mas eles não tem a coragem que eu tenho de assumir. Eu realmente quero você Amanda, mas sei que você nunca será minha por inteiro. Então eu vou me aproveitar da situação que eu sei que você quer causar... — ele para de falar e me sinto envergonhada por ser exatamente isso que eu quero. — Você quer ficar comigo para causar ciúmes neles, pois já viu que eu consigo. Eu topo, só que tenho duas coisas que não abro mão, um: que você viva nosso “relacionamento” de verdade, que deixe os sentimentos se jogarem, se sentir ciúmes brigue comigo, se ficar brava brigue comigo, se sentir tesão que transe comigo e se se apaixonar que seja verdadeira comigo. Dois: que termine comigo antes de ficar com eles, se essa ainda for sua vontade! Topa? — ele para e fica me encarando.
— Topo! Serei honesta até porque ser falsa não é comigo e não sei controlar meus sentimentos. — falo e ele me dá mão, mas eu me levanto paro ao lado dele e seguro seu rosto nas minhas mãos que só ficam nas bochechas dele e dou um beijo de cinema fazendo com que ele se levante e me tome como sua.
E aqui começou a maior bagunça da minha vida. O Renan me levou para o Truck, ao chegarmos lá, ele foi me dar um beijo e se despedir, mas eu não queria que ele fosse embora, queria ficar mais um pouco com ele.
— Almoça aqui, ai quando acabar aqui você me leva para o restaurante e depois me busca lá e vamos para sua casa, o que acha? — ele arqueou a sobrancelha e olhou para o Rafael no truck, mas sorrio.
— Eu vou para casa, quando você estiver encerrando aqui me avisa venho te buscar, te levo na sua casa você separa umas roupas e ai eu te levo no restaurante e você dorme na minha casa hoje, já que amanhã é sábado e você trabalha somente no jantar, podemos dar um role sei lá ir no zoológico só para que eu fiquei abraçado com você longe de olhos raivosos... — fala apontando com a sobrancelha para o Rafa e eu dou um sorriso. Beijo ele.
— Vem me buscar tá Re! — ele confirma com a cabeça e coloca o capacete e sai com a moto, assim que entro no truck o “monstrinho” começa.
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Três corações um ritmo
RomanceEsse livro é sobre um romance nada convencional! Amanda, é uma jovem com espírito aventureiro que não deixa o medo decidir por ela, não tem muito freio na língua afiada, mas acima de tudo defende aqueles que sempre estão ao seu lado, é uma amiga fi...