Três corações um ritmo

Cauã

Ela sai do quarto dela depois daquele café da manhã e vai até meu quarto, abre meu closet e pega minha camisa xadrez que sempre deixo lavada pois ela adora aquela camisa.

Quando saio do banho ela esta sentada na minha cama com com o corpo apoiado nos braços e as pernas cruzadas. Quando abro a porta do banheiro sinto o olhar dela me causar arrepio, pois sobe os olhos pelo meu corpo inteiro e e da aquele sorriso de "demônia" pois é , isso causa uma resposta imediata em outro lugar que fica visível pela toalha, mas não sou o Rafa que se fosse ele aqui soltaria a toalha deixando a pendurada somente no pau, mas eu seguro ela com mais força, mas a peste não para, ela se levanta está  tão perto de mim que consigo sentir seu hálito de chiclete de melancia.

— Já sei que você tem muita classe, mas vou tirar de você o lado que eu mais quero que mostre... Fique ciente disse que trabalhar comigo vai ser tortura pura para vocês dois a partir de hoje! — fala e sai rebolando, mas antes de bater minha porta ela se vira e me da uma piscadinha.

Eu já disse que ela é uma demônia quando quer? Se não disse estou dizendo agora ela é uma "demônia" ela vai fazer das nossas vidas um inferno e eu vou ter que provoca-la à altura para que pare com isso antes que seja tarde de mais.

Preciso voltar para o banho e acabar com essa ereção antes de ir para o mercado municipal buscar uns ingredientes, preciso testar uma receita nova que fiquei pensando hoje enquanto tomávamos café para me concentrar em algo que não fosse os peitos dela.

Quando eles estão saindo, pego minha moto e saio sem olhar para trás. Parece que ela não saio direto para ir com ele depois que me provocou ela ainda demorou um pouco para fazer isso. Ela nem olhou para mim e sei que vai se fazer de difícil se ela mexe com nossas mentes imagino que podemos bagunçar a dela também e essa é minha meta. Passo por eles e não buzino como de costume, finjo que não os vi.

Estou no mercado municipal e vejo os dois entrarem, me lembro que hoje é quarta-feira eles vem aqui comprar tempero. Eles estão afastados ela prova varias frutas e compram algumas coisas, ela compra vários ingredientes. E hoje é folga dela no restaurante então provavelmente vai fazer algo diferente para provarmos. Eles compram tudo e eu percebo que fiquei seguindo os dois por medo de estarem juntos nas minhas costas, mas ela se mantem distante dele, quando estou pegando umas frutas sinto uma mão no meu ombro.

— Cara, eu nunca vou fazer isso que esta pensando! — Ele é uma pessoa que não preciso falar nada, me entende sem uma palavra ser dita.

— Eu não sei qual é o problema dela, mas ela vai fazer de tudo para perdermos a postura e até o controle. — falo com medo na voz, mas ele se cala e me aperta.

— Hoje a noite eu vou fazer um jantar e vocês dois vão me ouvir! — ela fala seria e sai andando sem esperar por nossas respostas.

— Eu não vou ficar para ver ela atacar a gente... Eu vou sair para beber no seu restaurante, vamos nos manter longe para mantermos tudo como esta! — ele fala sendo racional, mas sabemos que isso será a maior merda que vamos fazer, deixa-la esperando por nós. E que nunca mais poderemos comer a comida dela, ela vai tentar nos envenenar e isso será um martírio pois ela cozinha muito bem, até melhor que nós dois.

Saio dali e vou para o restaurante, chegando lá começo a preparar a receita e quando finalizo vejo que ficou maravilhosa, não consigo pensar em nenhum nome para esse prato. Passo o dia pensando e assim que a equipe após provarem sugeriram um nome e este nome é perfeito para o momento que estou, mas isso será um martírio quando ela descobrir.