Três corações um ritmo

Capítulo seis

Rafael

Quando chegamos a casa dos pais da Amanda a mãe dela que já está acostumada conosco juntos sempre, nos colocou em um único quarto com uma cama de casal king, resumindo vamos dormir os três juntos. Já não bastava ficar no mesmo quarto, dividir o mesmo banheiro, vamos dormir juntos. Eu já falei que NUNCA isso mesmo nunca dormimos juntos? Se não falei, pois é agora é a hora. Amanda ainda tentou reclamar com a mãe que fingiu nos ignorar, mas é isso vamos dormir os três juntos.

Passamos os dia todo nos ignorando, eu puto porque o Cauã primeiro mandou ela embora e no mesmo momento que eu disse que iria atrás dela para garantir que ela voltaria para casa o "peste" veio comigo, ele não sabe o que ele quer só pode ser isso. A pentelha da Amanda ficou nos ignorando como se não estivéssemos aqui, o pai dela e eu tocamos um pouco juntos ela fez o almoço junto com o Cauã, mesmo não falando com ele e comigo ela ainda é muito educada principalmente na frente dos pais dela.

Após o almoço ela foi tocar baixo com o pai e isso me hipnotiza sempre, mas acho que não sou o único, olho para o lado e o Cauã está com um sorriso no rosto, que nesse momento eu queria muito ter um martelo de carne na mão para tirar esse sorriso da cara dele. Ela toca uma música no baixo com o pai.

And she's buying a stairway to heaven
There's a sign on the wall
But she wants to be sure
'Cause you know, sometimes words have two meanings

In the tree by the brook
There's a songbird who sings
Sometimes all of our thoughts are misgiven

Stairway to heaven — Led Zeppelin

E ela vai comprar uma escada para o céu
Há um aviso na parede
Mas ela quer ter certeza
Pois você sabe, às vezes as palavras têm dois significados

Numa árvore perto do riacho
Um passarinho canta
Às vezes todos os nossos pensamentos são duvidosos

Stairway to heaven — Led Zeppelin

Ela não nos olha, ai uma coisa inédita, sempre que ela toca seja com o pai ou em um bar ela sempre nos olha e hoje ela não olhou realmente a magoamos e nunca tínhamos a visto assim. Tenho a sensação ruim de que ela está pensando se voltará para casa ou não. Farei de tudo para que volte.

Passamos o dia todo tocando, conversando, ela matou a saudade da mãe e do pai, nós também tivemos um momento com os pais dela até porque para nós também são como pais. Quando dá 21h ela decide subir para tomar banho e deitar, eu já tomei meu banho e já estou deitado. O Cauã está quase infartando com medo de dormir do lado dela e ela sufocar ele com o travesseiro.

—Mano ela vai tentar me sufocar, já me deu uma martelada, é um passo para me matar! — ele fala assustado e tenho vontade de rir, mas nem preciso ela sai rindo do banheiro enrolada na toalha.

— Você é tão idiota por pensar isso de mim, se eu quisesse mesmo te matar teria cortado sua garganta com o cutelo que eu tinha na mão! — ela fala sorrindo e eu não me aguento caio na risada e ela me acompanha e ele acho que ficou sem sangue no corpo, pois está branco igual um fantasma. — Larga de ser infantil inferno, já está aqui agora abraça o capeta, veio porque quis! — ela é tão delicada quanto um coice de jumento.

— Vamos mesmo dormir os três juntos? — fala sendo interrompido pela "demônia" se trocando na nossa frente, isso significa ela ficou pelada e acabamos de descobrir que a "demônia". ISSO MESMO DE.MÔ.NIA dorme sem calcinha! — que porra Amanda, por que fazer isso? — ela olha para ela e faz cara de paisagem.

— Porra Mandy, não precisava fazer isso... Como vou conseguir dormir com você agora, sabendo que dorme sem calcinha e se entrar algum mosquito no seu pijama e picar sua — falo apontando para boceta dela. A filha da puta só ri do meu comentário.

— Quero que entre dois pernilongos bem grande e cheios de sede e que me piquem até morrerem! — fala virando os olhos e me arrependo do que disse na mesma hora, nem me toquei que dava duplo sentido. — Olha na necessidade até uma aranha se quiser chegar eu topando, mas prefiro dois "GRANDES" PENISLONGOS ops pernilongos! — FI.LHA.DA.PU.TA! Isso que ela é!