Prólogo

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[AVISOS IMPORTANTES]

- OI!!! Obrigada a quem veio dar apoio a história.

- As atualizações vão ser como foram com HAG, ou seja não serão muito rápidas, mas eu vou postar vários capítulos de uma vez até estar finalizada.

- Mesmo sendo um projeto que não pretendo desistir, votos e comentários são muito importantes, então se puderem fazer isso, eu agradeço muito.

 - Lembrem que essa é a PARTE 2, a parte 1 é HAG: HUMAN AMONG GODS, tá no meu perfil, quem não conhece é só ir ler <3 Obrigada pelo amor e apoio por todo esse tempo, eu tenho essa história há muitos anos e tô feliz de finalmente estar completamente satisfeita com ela. Obrigada a todos que estão comigo e com a história todo esse tempo. 

Amo vocês <3


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HANSOL

MOROS

A porta da sala de armas nunca ficou fechada desde que descobri a Casa azul. Bom, talvez nunca fosse um exagero, levando em conta que deuses tinham uma péssima memória e a minha tendia a ser pior do que a maioria, mas eu acreditava poder garantir que eu nunca a fechei, nenhuma vez. Porém, portas abertas podem ser convites para invasores e talvez isso justificasse o visitante ali dentro.

— Assassina dos Deuses. Tantik.

A voz de Orin não parecia com a de Taehyung, era estranho vê-lo ali e ouvi-lo falar também, porque era como ver o Kim sendo dublado e em qualquer outro cenário talvez isso fosse até engraçado. O cabelo parecia mais escuro, mas ainda muito vermelho e só um de seus olhos continuou com o tom escarlate, o esquerdo estava dourado.

— Ela sempre foi diferente... Sempre achei estranho como a chamada "Assassina dos Deuses" tinha tão pouco impulso para destruição, era pacifica demais. Nem posso dizer que fiquei surpreso quando se deixou destruir por Zeus e se tornou uma arma pra ajudá-los a nos destruir. Traidora...

— O que está fazendo na minha casa? Além de contar o que eu já sei? — perguntei. A Casa já não conseguia mais impedir que um espirito achasse uma passagem até ela, deuses que manipulavam espaço e com noções de magia podiam conjurar portas para lá, com muita dificuldade, podia levar meses entrando e saindo por passagens pelo universo, mas podia ser feito. Agora espíritos também tinham a habilidade e Orin conseguiu bem rápido — Veio me intimidar passivo-agressivamente?

— Por que mais eu viria? — ele sorriu. O sorriso também não parecia o de Taehyung. Ele parecia cada vez menos com o deus — Já sabe sobre a espada de Zeus, não é como se eu tivesse vindo para contar as boas novas.

— Então já pode ir embora.

Ele assentiu, ainda olhando para o pedestal.

— O garoto. O que sabe sobre ele?

— Por que eu te diria qualquer coisa sobre Jeongguk?

— Que tal para manter sua posição como o senhor dos destinos? Você sabe que todas as eras têm seu fim, os deuses mantiveram Atlas, por exemplo. Eu posso manter você — ele se virou para mim — Posso ser um ótimo amigo, Hansol. Você não deve nada a eles.

— Ele tem razão — a voz feminina soou atrás de nós e como sempre, ela sempre surgia no melhor momento possível — Eu preferia seu rosto quando não precisava roubá-lo de ninguém, Orin. Parece tão pouco inspirado olhar pra você — Kairós não era do tipo cínica, que fazia piadas ou debochava de alguém ou alguma coisa. Na verdade ela soava gentil até quando tentava ser cruel, mas isso só fazia a fala para Orin até um pouco mais maldosa, ele pareceu se irritar o suficiente — Vá embora. Não tem o que fazer aqui.

— Não pode me expulsar.

— Quer ver se posso ou não? — vê-la fazendo ameaças também era novidade. Orin me olhou primeiro e de volta para ela, sustentando a expressão de ódio por um tempo, como um desafio, mas até ele percebeu que não iria adiantar muito discutir — Até logo, Orin.

— Até — ele se despediu, o que foi um tanto chocante para mim, antes de partir se desfazendo em fumaça, escapando pela porta aberta.

— Foi uma saída pouco inspirada — murmurei, somente porque sabia que ela ia rir e ela realmente riu — Sem profundidade...

Kairós era a única deusa do tempo que encarnou, nenhum outro além dela existia, não havia nem mesmo algum titã remanescente, o que a tornava poderosa demais. Se eu podia me dividir em um milhão de mim mesmo, ela podia fazer um bilhão de si. Mesmo assim, eu nunca a via por longos períodos, ela nunca se demorava em lugar algum, porém ela sempre voltava a Casa azul. Era uma das poucas certezas que tinha nessa existência.

O sol nasce no leste. O universo é um filho da puta. E Kairós vai sempre voltar a Casa azul.

— Como vão os destinos?

— Tão ruins quanto deveriam — a imagem real dela era a que usava naquele momento, olhos grandes, rosto pequeno, o cabelo muito loiro nasceu com ela, o que era estranho, mas provavelmente já indicava um traço prematuro de divindade. Ainda assim, Kairós concluiu o a transição deusa mais tarde que a maioria, ela parecia mais velha do que eu por isso, mas isso não afetava em nada. Ainda era a garota mais bonita que já vi na vida — O garoto precisa de ajuda — comecei — Tem um... Espaço em branco sobre os futuros acontecimentos, eu não sei se posso ajudar.

— Tem um jeito. Por isso eu vim — ela lançou um único olhar em direção ao pedestal antes de empurrar as portas da sala de armas e seguir a passos largos de volta pra biblioteca — Casa, você precisa seguir o curso de tempo normal, vai ser necessário caso precisemos trazer o garoto pra cá novamente. E você, Hansol, vai ter de interferir um pouco mais. Com o deus dos mares dessa vez.

— Não acha que você seria melhor nisso? Taehyung não me leva muito a sério — ela continuou andando, o corredor do lado de fora da biblioteca tinha mudado, a Casa estava tentando se exibir desde a grande fuga de Jeongguk e começou a mover seus corredores – e fazendo eu me perder depois de acordar – montando caminhos novos, todos os dias.

— Ele vai dessa vez — sua mão se fechou em volta de algo antes da alça da mala surgir e o restante da maleta de rodinhas aparecer logo depois. Ela era melhor em manipular objetos de um espaço para outro do que eu — Posso ficar com o quarto da ala Sul?

— Já é seu.

— Não meu antigo quarto. O último quarto da ala Sul. — parei de andar. Ela também o fez, se virando pra mim quando percebi o que era exatamente o seu pedido. O último quarto da ala sul, era o meu quarto.

— Ah...

— Eu pretendo ficar mais tempo por aqui dessa vez. Muito mais tempo... Se quiser que eu fique, é claro.

— É... — eu não sabia bem o que dizer ou se sequer devia falar alguma coisa — Só... só pra garantir que não estou interpretando nada errado. Você. Quer ficar no meu quarto. Comigo dentro del-

— Só diga sim ou não.

— Sim — ela riu logo depois de eu responder por que soou rápido, desesperado e um tanto patético também. Kairós seguiu seu caminho, puxando sua mala em direção à ala Sul enquanto eu continuei parado no meio do corredor — Sim... — repeti para mim mesmo — Na mesma cama ou- — e ela desapareceu no corredor à direita sem me dar uma resposta, porém eu descobriria em breve.

O dente de tubarão pesou em volta do meu pescoço, mas o peso não trouxe nada novo, como na maioria das vezes. Foi apenas um alerta silencioso de que as coisas estavam mudando, mesmo que não precisasse desse lembrete em especifico. Eu sabia disso desde que os destinos dos deuses, imutáveis e permanentes, não eram mais acessíveis pra mim. Pela primeira vez, eu estava no escuro, assim como todo mundo.

E isso era maravilhoso. 


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Foi um prólogo bem curtinho, mas espero que tenham gostado. A próxima atualização deve ser de 5 capítulos de uma vez, eu devo avisar no twitter: taemeetevil 

Amo vocês e nos vemos em breve.

HAG: The God Killer - LIVRO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora