Lana Stewerson sempre foi cercada de fatos curiosos: uma série de desgraças que acometeram sua vida desde que nasceu, um par de olhos de cores diferentes e seis irmãos: homens, barulhentos e super protetores. Apesar disso, sua vida era tranquila e f...
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Ethan acordou com batidas na porta. Ele grunhiu em insatisfação e olhou o horário - quase cinco da manhã - e se levantou, cambaleando até a porta e a abriu.
- Melhor ter um incêndio - ameaçou, antes de ver o estado de Carl. Ele tremia, suas sobrancelhas loiras estavam franzidas em preocupação, os olhos castanhos, assustados. Ethan ficou sério e todo o sono em si evaporou.
- Carl, o que está acontecendo?
O mais alto passou uma mão pela cabeça, tremendo com a hesitação, mas sabia que tinha que contar a Ethan, ele saberia o que fazer. Então o empurrou para dentro do quarto e fechou a porta.
- É a Lana, o Logan? Allen?
Carl negou, se sentando na cama.
- Eu invadi o escritório do Arlo.
- Você o que? - estranhou, Carl nunca fizera nada parecido na vida, ainda mais com um comandante. Ele não era do tipo que quebrava regras e questionava autoridades.
- Eu fui atrás de respostas e só encontrei mais perguntas. - Carl respirou fundo, procurando o melhor jeito de dizer aquilo. - Tem centenas de arquivos trancados no nome de Louis, Ethan.
Ele franziu as sobrancelhas.
- Como assim trancados?
- Eles precisam de autorização nível Alfa para serem acessados. Arlo disse que só o alto comando da APG tem.
Ethan desviou os olhos dele, tão intrigado e preocupado como Carl.
- No da Lana tem um que foi destruído. Nem sabia que isso era possível.
- Nem eu - resmungou.
- E...
Carl hesitou, as palavras morreram em sua boca. Nada do que ele já disse na vida pareceu tão absurdo quanto as palavras que estava prestes a dizer, mas ele respirou fundo e disse mesmo assim.
- Eu acho que a mamãe está viva.
Quando Ethan ficou olhando Carl com olhos de peixe morto por longos segundos, ele não se surpreendeu. Passou um bom tempo em que ele não disse nada, apenas ficou com as sobrancelhas franzidas fortemente e os olhos marrons vasculhando os dele, procurando algum sinal de brincadeira. Como não achou, Ethan se forçou a falar.
- Por quê?
- No nome dela tinham várias missões que ela participou, mas o último arquivo era de dias depois que ela sumiu, Ethan. - As lágrimas cristalizavam os olhos de Carl, sua voz foi dominada pela emoção. - Foi feito pelo papai. Só tinha uma coisa escrita.
Carl deslizou o dedo pelo relógio e a primeira coisa que saltou para fora foi o endereço.
- Rostock? - Ethan murmurou, agora tapando a boca e se sentou na cama, encarando o chão. - Meu Deus.
