CAPÍTULO 11

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— Me dá essa merda

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— Me dá essa merda. — Alex grunhiu, puxando o controle remoto da mão de Louis, que reclamou e tentou pegar de volta, mas ganhou um empurrão do irmão mais velho.

— Quer disputar força comigo? — ameaçou, prestes a agarrar Alex e novamente joga-lo do outro lado da sala quando Carl interrompeu.

— Não, sem poderes — disse, erguendo um dedo. — Vocês conhecem as regras.

— Qual é, a regra dos poderes vale aqui também? — Allen reclamou, apertando seu brinquedinho para manter a concentração enquanto mexia em seu bracelete. — Isso não faz nem sentido, não precisamos nos esconder!

— Estou tentando evitar que vocês se matem. — Carl disse, sério e sem tirar os olhos do livro em suas mãos. Praticamente todos eles pegaram livros emprestados com Logan.

— Bem, você não consegue escolher quando vai usar seu dom ou não, isso não é justo. — Allen argumentou, ganhando um olhar feio do irmão mais velho e Ethan olhou para sua mão apertando as bolinhas do brinquedo freneticamente.

— Você está tomando seus remédios?

— Sim, mas eles são uma merda, e Carl me proibiu de usar drogas.

— Isso nunca te impediu. — Chris resmungou, sendo a primeira palavra que ele dizia há muito tempo.

— É, acontece que Allen não sabe se controlar e fica completamente chapado usando essas coisas, então eu confisquei tudo. — Carl disse.

Alex e Louis continuaram brigando pelo controle, Ethan apresentou uma sugestão simples e racional: tinham TVs em todos os andares dessa base, inclusiva nos quartos, mas isso gerou motivo para outra briga, quem iria sair da sala para buscar outra televisão.

— Hoje é sexta. — Allen lembrou. — Já tem duas semanas que não fazemos a noite do filme, e hoje é meu dia de escolher. Na verdade, minha teoria foi que a quebra de tradição que atraiu toda essa desgraça.

— Não faz sentido, mas é uma boa ideia. — Louis concordou. — Então tá, vou fazer pipoca e vocês chamam os outros. Quem vai chamar a Lana?

Todos os olhos foram para Carl e ele bufou, fechando o livro. Ele seguiu pelo corredor com um destino em mente e bateu na porta do quarto dela. Em poucos segundos ela se abriu, revelando o quarto de Lana. De primeira ele não a viu, mas eventualmente a encontrou deitada no chão do quarto, cercado de fotos.

Carl entrou, andando até ela devagar. Ela encarava o teto fixamente, rodando a fita adesiva nas mãos. Não precisava se esforçar para sentir a áurea melancólica que envolvia Lana.

— Ainda está colando as fotos? — Ele tentou puxar assunto, e olhou ao redor, vendo as caixas vazias e as coisas no lugar. Eles não conseguiram trazer tudo, mas os pertences pessoais de Lana cobriam o guarda-roupa e as cômodas. Lana colecionava ursinhos de pelúcia quando criança, e os mantinha até o dia de hoje. Dois deles cobriam a cama branca, dando um contraste colorido no quarto sem vida.

Ascensão: ExtraordináriaOnde histórias criam vida. Descubra agora