Segunda paixão, Primeiro Amor - (18 )

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No domingo acordei por volta das 10 da manhã, tomei um banho, fiz o café da manhã e fui buscar o Júlio na casa de Dona Nena, a agradeci e voltamos pra casa, ele ficou no pequeno quintal brincando e eu arrumando a casa e fazendo o almoço, depois que almoçamos o Julinho foi dormir e eu fui lavar roupa, as vezes me pegava pensando no Renato, como ele deveria estar.

A noite eu e o Júlio fomos para a pracinha do nosso bairro ( Jardim Acácia ), ficamos brincando e depois comemos um lanche. Chegamos em casa dei banho nele e o coloquei pra dormir. Fui para o meu quarto e resolvi tomar um banho, depois do banho liguei pra Thalia:

- Oi Jân. - diz ela atendendo o celular.

- E ai sumida, esqueceu de mim foi?

- Jamais amigo, o Gustavo não desgruda mais de mim e você que não me procurou mais, só anda com o Italo agora.- Gustavo é o namorado dela e ele é amigo do Renato.

- Para de ciúmes, tô tão triste amiga, não consigo esquecer o Renato e ele ta cada vez pior , faltando as aulas e bebendo demais.- disse deixando uma lágrima sair dos meus olhos.

- Oh amigo sinto tanto por você, o Gustavo me falou que ele tá começando a usar drogas.

- Eu tenho tanta pena dele, queria poder ajudar.- ficamos conversando mais um tempo, até ela desligar, fui dormir pensando no que ela me falou do Renato.

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Na segunda, fui para a empresa da baixa na carteira e pegar a carta de recomendação. Depois fui deixar uns currículos em algumas empresas e procurar empregos, mas sem sucesso. Os dias foram passando e eu ainda não tinha arrumado emprego e a faculdade estava puxada demais, não via o Renato na faculdade, eu e o Italo estavamos cada vez mais amigos, na sexta estava chegando na casa de Dona Nena para pegar o Júlio e ela me disse que um casal de senhores tinha ido me procurar, ela disse que não os conhecia.

Não dei muita atenção a isso e fui pra casa.

No sábado estava em casa fazendo almoço e dando uma pequena faxina, quando meu tio liga.

- Oi tio, tudo bem ai?

- Tudo sim e com você e o Julio?

- Ta difícil tio, tô desempregado e tá complicado achar um emprego que paga bem, Julio tá no quintal brincando.

- Porque você não pedi transferência da faculdade e vem morar aqui com a gente ? Você pode trabalhar na empresa da família.- quando ele disse isso até me animei.

- Quem sabe ? Vou dar mais um tempo aqui, se não der certo vou pra ir.

- Ta bom então.- ficamos falando amenidades até baterem no portão de casa, desligo o celular e vou atender.

- Boa tarde, gostaria de fala com Jânio.- disse um senhor bem jovem, acompanhado de uma senhora bem elegante e bonita.

- Sou eu mesmo, sobre o que deseja falar?

- Somos os pais do Renato e queria falar sobre ele com você se possível.- fiquei muito aprencivel.

- Então entrem e vamos conversar.- Entramos e eles se sentaram, pude perceber que a mulher ficou observando tudo, e o senhor disse:

- Queríamos te pedir um grande favor.

- Se eu puder ajudar, faço sim, sobre o que é?

- Eu queria te pedir pra conversar com o Renato, ele desde que vocês terminaram, não vai mais trabalhar, quase não frequenta a faculdade e anda chegando em casa bêbado e drogado chorando e a noite fica só chamando por você.- quando ele disse aquilo me levantei e fui até a cozinha, tomei água e voltei pra sala onde o Júlio estava também.

- Senhores sinto muito mas eu não posso, eu e ele terminamos, ele, resolveu acreditar em uma conversa sem pé e cabeça e foi para o motel com uma qualquer.- quando acabei de falar a mulher disse quase chorando:

- Por favor, converse com meu filho, eu não o reconheço mais, por favor eu te peço de joelhos.- disse se ajoelhando, na minha frente, não aguentei e disse levantando ela:

- Tudo bem, mas só posso amanha.

- Está otimo, você aproveita e almoça conosco. E esse rapazinho quem é?- perguntou a mãe do Renato.

- Esse é meu irmão o Júlio, Júlio esses são os pais do Renato.

- Porque o Ré não veio mais me ver ? Ele era o namorado do meu irmão.

- O meu bebe, amanhã você vai ve-lo.- disse ela. Depois que eles sairam, terminei tudo que tinha que fazer.

Eu e o Júlio passamos o reto do sabado assistindo filme, mas o que os pais do Renato me falaram me deixou preocupado e triste.

No domingo chegamos na frente do endereço que eles haviam me passado era por volta das 11 horas da manha, era em um condomínio luxuoso, a casa era muito linda, toquei a campainha e quem veio nos receber foi a mãe do Renato (Rafaela):

- Que bom que vocês vieram, entrem por favor.

- Com licença, o Renato está em casa?- perguntei entrando.

- Está dormindo, chegou hoje pela manhã bêbado.- respondeu ela triste.

- Quando ele acordar eu converso com ele.

- Não imagina, pode subir no quarto dele.- Disse ela quando estávamos na sala.

- Seu marido, não está em casa?- perguntei tentando faze-la mudar de ideia.

- Está sim, está no escritório. Pode subir lá que faço compania para o Júlio. É a terceira porta a esquerda.

Fui subindo as escadas e sai em frente a um corredor cheio de portas, fui caminhando e abrir a terceira porta, pude ver um quarto muito grande e quando olho para a cama vejo ele, o amor da minha vida, deitado de costar pra mim, com o cabelo molhado e de roupão azul, fui me aproximando e pude ver ele chorando baixinho olhando uma foto minha no seu celular que ele tinha tirado quando fomos a pizzaria eu, ele e o Júlio.

- Eu te amo tanto Meu Garoto, não tô conseguindo mais ficar sem você.- disse ele chorando baixinho sem preceber minha preseça. Meus olhos encheram de lagrimas.

Segunda Paixão, Primeiro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora