Meu Lindo Erro / Beauany [ COMPLETA] - Now United

cap 6

Pov any

Ao sair da casa de jardim, me encaminhei rapidamente até ao meu quarto. Como é que não te deste conta? As tonturas, as nausias, os vômitos, és uma estupida ,Any.

Ao chegar ao meu quarto, fechei a porta e a tranquei, me deitei na cama e comecei a chorar de novo. O que posso fazer agora? O meu pai ficará muito bravo e decepcionado comigo, eu sei, não lhes posso dizer que o meu filho e do Josh... Ou melhor.... Do senhor beauchamp....

Não quero que o meu filho cresça sem um pai, não quero, por isso aceitei a proposta de Josh, não é justo que o meu bebê cresça sem um pai.

- Vou ter um filho de alguém do qual só sei o nome - digo chateada comigo mesma.

Faz três anos que os meus avós paternos faleceram em um acidente de carro, e deixaram toda a fortuna deles a mim e aos meus irmãos. Ao meu pai apenas deixaram o controlo de todas as suas empresas.

Tudo o que eu tenho até hoje foi o meu pai que comprou, por isso nunca gastei a herança que eles me deixaram e agora ao que parece descubri o momento certo para o fazer.

Peguei o meu tablet e comecei a procurar casas á venda em Los Ángeles, depois de um tempo procurando, consegui encontrar uma que me agradasse muito.

Enviei uma mensagem ao gmail que estava na informação da casa e desliguei o tablet. Girei o meu olhar até ao alarme que estava sobre a mesa de noite, 1:45 am. Decide que o melhor era tentar dormir um pouco e fechei os olhos na tentativa de ter um pouco de descanso.

.......

Acordei com enjoos e sai correndo até ao banheiro, vomitei tudo o que tinha comido no dia anterior e baixei a descarga, depois me dirigi á pia para lavar os dentes e as mãos e foi tomar um banho.

Ao sair do banho me reparo no alarme que já marcava as 7:45 am. Foi ao clóset e procurei algo para vestir. Coloquei um shorts jeans curtos e uma camiseta rosa de algodão. Deixei o meu cabelo solto e me maquilhei na tentativa de que não se notasse que estivera a chorar.

Sai do banheiro e me deparei com a minha irmã.

- Oi Any - ela me cumprimenta com um sorriso no rosto e eu esforço-me para lhe retribuir o sorriso, mas saiu mais uma careta.

- Oi Sabina, vem, vamos para a cozinha antes que venham aqui nos buscar para tomar café da manhã- ela riu um pouco, abriu a boca para dizer algo mas acabou por não dizer nada.

Ao chegar á cozinha, todos estavam sentados nos seus respectivos lugares, eu me sentei como sempre ao lado de Lamar, e a minha irmã ao lado do seu esposo.

Josh estava sentado na minha frente mas preferi olhar para baixo. No momento não queria olhar para ele.

- sentes-te bem Any? - perguntou Lamar com o cenho franzido.

- sim Lamar, porque? - perguntei tentando sorrir.

- Estás palida princesa - disse o meu pai observando-me fixamente, Lamar concordou dando- lhe razão

- É só imaginação vossa - sorri - Estou bem - acrescentei baixando o meu olhar

- Não Any, sim estás palida. É sério que estás bem? - perguntou heyoon unido-se ao meu irmão e ao meu pai. Senti o olhar de Josh fixo em mim, fazendo com que os meus nervos aumentassem mais e mais.

- É serio, estou bem - sorri - talvez seja porque não dormi bem - mamãe assentiu e Lamar e meu pai não voltaram a insestir.

Todos começamos a comer em silêncio até que o meu pai interrompeu.

- Hoje fechamos o contrato Beauchamp. Irás partir hoje mesmo? - rapidamente levatei o olhar até ao meu pai e depois até a Josh que também me olhava.

- assim é senhor Soares, irei ainda esta noite - disse apenas e voltou a atenção para o seu prato.

Tentei comer algo mas não conseguia, tinha enjoos que logo se convertiam em uma enorme vontade de vomitar a qualquer momento. Pedi autorização para me levantar da mesa e foi quase correndo para fora da cozinha. Subi as escadas rapidamente até ao meu quarto e entrei no banheiro fechando a porta atrás de mim.

Expulsei tudo o pouco que havia comido, lavei os dentes e a cara e senti os passos de alguém se aproximando do banheiro.

Quando sai, me deparei com Josh sentado na ponta da minha cama com a minha porta do quarto fechada.

- O que queres Josh? - disse o olhando na cara fixamente.

- Como deves ter ouvido, eu vou embora esta noite, fechei o contrato com o teu pai á umas horas - disse como se estivesse falando com uma menina pequena- não tenho muito tempo, disse á tua familia que iría ao banheiro, mas necessito falar contigo antes de partir, encontra-me no aeroporto ás oito horas da noite, adeus -  e saiu fechando a porta atrás dele.

Fiquei olhando o lugar onde ele á poucos segundos se encontrava, de verdade, Josh é um homem muito bonito, alto, com um corpo bem formado e as suas facões da cara são bem masculinas e defendidas, mas o que mais se ressalta são os seus olhos de um azul tão profundo como o mar. Também seus labios grossos e avermelhados, o seu cabelo loiro e..... É todo um Galán....

Já basta Any... O que se está passando contigo? Não podes estar a gostar dele, não! Não! E não!

Me repreendi mentalmente, apaguei todos esses pensamentos da minha cabeça e peguei o meu tablet para ver o meu correio eletrônico, ver se algo relacionado á casa tinha chegado.

Os vendedores da casa de Los Ángeles responderam dizendo que a casa ainda está disponível e me enviaram uma mensagem com a informação de uma conta de banco para transferir o dinheiro.

Faço a transferência e recebo outro e-mail.

« A casa é sua senhorita Soares. Quando a esperamos para fechar os documentos de propriedade e lhe entregar a chave?»
                                    - Brtc

Segunda á tarde
                      -AS

Perfeito senhorita, até segunda á tarde, e que tenha um bom fim de semana.
                                       - Brtc

Obrigada igualmente
                           - AS

Desligo o meu tablet e me deito sobre a cama, não posso evitar sorrir com tristeza. Já tenho uma casa, agora terei que contar á minha familia sobre a gravidez, o farei depois de regressar ao aeroporto e segunda partirei para Los Ángeles.

A minha vida deu uma volta de 180°, em um mês estava tudo bem, então chega Joshua Beauchamp e descontrola tudo em um piscar de olhos.

- Tudo estará bem pequeno - murmuro acariciando o meu ventre inexistente e ignorando o sentimento de solidão e vazio que se havia acumudado em meu peito.