Cap 41

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P.O.V Josh Beauchamp

Acordei e como todos os dias liguei para Any, mas desta vez surpreendentemente, não foi parar automaticamente á caixa postal indicando que o mesmo estava ligado. O toque soou durante algum tempo e quando eu já não tinha mais esperanças que ela me atenderia, o toque parou. Any não falou nada mas pude escutar um pequeno gemido de dor abafado e logo me preocupei, ela me disse que estava tudo bem mas claramente não estava, o mesmo se confirmou quando começei a ouvir o choro de Sol ao fundo então disse que iria para lá e desliguei.

Vesti um casaco quente pois estava muito frio do lado de fora e comecei a dirigir até casa de Any. Felizmente ainda guardava uma cópia da sua chave desde o dia em que nos brigamos e ela não me quis mais ver lá. Chegando eu casa entrei e fui logo até ao quarto da minha princesa que estranhou de primeira mas logo se acalmou quando a peguei no colo.

- Calma Sol, o papai está aqui, tudo bem?- ela apenas me olhava com os seus olhos grandes e lindos. Sabia que provavelmente ela estava com fome mas como a mesma se acalmou voltei a colocala no berço e me dirigi ao quarto de Any. Estava muito preocupado.

- Any?- pergunto ao vê-la na cama com os olhos fechados. A mesma resmungou algo baixinho e permaneceu igual. Cheguei mais perto dela e a mesma abriu os olhos me olhando com uma espressão indecifrável.

- Pode ir ter com a sua esposa, eu estou bem- ela falou com uma voz tremula e fraca, claramente não estava bem.

- Nós nos divorciamos Any- falo simples e chego mais perto me sentando na bairada da cama. Any tenta se afastar mas, sem força para isso, acaba por desistir e volta a fechar os olhos.

Chego mais perto e acaricio o seu rosto, a mesma se encolheu tremendo com o meu toque provavelmente porque a minha mão estava gelada. Chego mais perto e beijo a sua testa. FOGO, ela estava ardendo.

- Any, você está ardendo em febre- falo assustado e a mesma apenas resmunga de dor baixinho. Limpo uma lágrima solitária que desce pelo seu rosto e vou procurar algo que possa melhorar a situação. Finalmente encontro uma caixa com alguns medicamentos, pego o certo e um copo de água e volto lá.

- Toma por favor- falo lhe entregando e a mesma faz careta ao que eu solto uma risada nasal- vala, não é assim tão mau, você vai ver- a insentivo e vejo Any tomar tudinho fazendo uma outra careta- vez, não é assim tão mau- falo com paciência.

- É sim- ela fala baixinho com uma voz fraca e eu a deito denovo na cama.

- Descansa, você não está em condições agora. Eu vou só ver Sol e daqui a pouco volto para ver como estás. Tudo bem- a mesma assente com a cabeça e volta a fechar os olhos.

Volto para o quarto de Sol e pego a mesma que agora reclamava com fome e com razão. Desço com ela para a cozinha e preparo a sua mamadeira. Sol devia estar mesmo com fome pois terminou tudo em menos de dez minutos. A ajeitei no meu colo para que arrotasse e quando já estava voltei a coloca-la no seu berço preocupado com Any. Quando lá cheguei a mesma dormia tranquilamente num sono profundo.

- Parece que a dor de cabeça amenizou pelo menos- falo baixinho aliviado e me sento ao seu lado na cama. Ela continuava muito quente, tinha que fazer a febre baixar  rápido pois o efeito do remédio não duraria muito tempo. Fui até ao banheiro e molhei um pano úmido, voltei no quarto e coloquei sobre a sua testa. Ouvi Any reclamar algo baixinho mas depois voltou a dormir e eu suspirei de alívio. Odiava a ver sofrer assim, ela não merecia.

Nas horas seguintes ocupei o meu tempo fazendo uma sopa para Any melhorar e com Sol. Admito que estava morrendo de saudades da minha filha e o tempo que agora pude estar com ela não tem preço. Já tinham passado umas quatro horas desde que cheguei aqui e pude perceber pela inquietação de Any na cama que o efeito do remédio estava passando. Desci até á sala e preparei um tabuleiro com um prato daquela sopa que preparei, um copo com água, talheres, guardanapo e o remédio para ela tomar. Subi até ao seu quarto e a encontrei tremendo de frío sentada na cama.

- Sente-se melhor?

- Um pouquinho sim- ela esforça um sorriso e me aproximo levando a bandeja.

- Come tudo, pode ser?- Any faz outra careta para a sopa mas tenho que admitir que desta vez ela tem razão, a sopa não estava com as maiores caras.

- Você que fez?- ela perguntou desconfiada.

- Fui eu- Sorrio e chego mais perto tirando um de seus cachos que caia sobre o seu rosto e o colocando atrás da sua orelha- sei que a apresentação não está das melhores mas eu prometo que ela está boa e vai fazer você melhorar rapidinho- ela suspirou aborrecida mas me agradeceu baixinho e pegou na colher para começar a comer. Quando vi que a mesma apenas remexia a sopa de um lado para o outro peguei a colher de sua mão e enchi de sopa levando até sua boca.

- Eu não quero comer- ela reclamou fazendo biquinho e ameaçando chorar. Confesso que se não estivesse preocupado com ela, estaria rindo de fofura, estava parecendo uma criança de cinco anos quando não quer comer os legumes todos e a mãe o obriga.

- Só esta colher, tudo bem?- disse mas sabia que não seria apenas aquela. Any respira fundo e abre a boca comendo a primeira colher. Logo encho outra e levo denovo á sua boca.

- Ei, você disse que seria apenas aquela - ela diz bravinha me fazendo rir. Eu juro que sem ser Sol, nunca vi uma cena mais fofa como esta. Como eu tive saudades da minha mulher.

- você confia mesmo ainda no que eu falo?- ela nega- então- riu fraco- come mais um pouquinho, já já você melhora, pode ser?- ela suspira e como quem não tem outra opção acaba assentindo contrariada. No final Any comeu a sopa toda e eu fiquei muito orgulhoso de mim porque sinceramente, não foi uma tarefa fácil.

[.....]

- Josh?- olho para a mesma que finalmente tinha acordado. Já eram nove da noite.

- Sim?- sorrio indo até ela que se esforçou para sentar na cama mas me apressei a fazer com que deitasse. Quanto menos esforço mais rápido iria melhorar e eu queria ver a minha pequena cacheada bem.

- Obrigada por tudo- ela sorri fraco e eu assinto.

- De nada meu amor- falo baixinho indo até ela e deixando um beijo logo em sua testa que apesar de ainda estar quente não estava tanto como hoje de manhã.

- Aquilo do divórcio é verdade?- Any pergunta provávelmente porque quando eu disse aquilo ela não estava bem o suficiente para prestar atenção às minhas palavras.

- É sim, eu não aguentava mais estar com alguém que eu não amo. Any, eu te amo mais do que nunca e não podia mais fingir que esse sentimento não existia.

- Então porque casou com ela?- ela fala revirando os olhos e eu respiro fundo pois sei que ela tem razões para estar irritada.

- Uma longa história....

- Não irá me contar?

- não agora, em breve- deixo outro beijo em sua testa- agora já está tarde, acho que vou andando... Falo mas na verdade, não me gostava nada a ideia de as deixar sozinhas aqui durante a noite. Any estava bastante melhor mad ainda não estava cem por cento e seria difícil de cuidar de Sol assim.

- naa....o...- any fala baixinho e eu me viro de novo para ela.

- Disse algo?

- Você pode ficar aqui? Só esta noite- ela pede com os olhos marejados me partindo o coração. Eu odeio ver a minha princesa doente, mas tenho que admitir que gostei deste lado carente e frágil de Any- eu não quero ficar sozinha- a mesma fala escondendo o rosto nas mãos e vou até lá a abraçando.

- Claro que eu fico, agora melhor você descansar para amanhã se sentir melhor. Tudo bem?- ela assente e quando eu pensei em sair do quarto vejo que a mesma se chegou para um quanto da cama me dando espaço. Realmente Any não estava bem, mas porque não aproveitar e ao mesmo tempo cuidar dela?

Deitei-me ao seu lado e a abracei por detrás em conxinho nos mantendo quentinhos aos dois.

- Obrigada Josh...- Sussurou Any baixinho.

- De nada pequena- beijei o seu pescoço levemente a vendo arrepiar de leve e depois adormecemos.

Meu Lindo Erro / Beauany [ COMPLETA] - Now UnitedOnde histórias criam vida. Descubra agora