Capítulo 95

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PDV. MENOR

teve a sensação de urgência?

Não importa o que seja ou pra que seja é como se seu corpo e sua cabeça precisasse daquilo pra viver pra continuar existindo.

Como se você não conseguisse continuar se não fizer aquilo.

Essa é a sensação que eu tenho.

Preciso matar Morte pra que eu possa dormir em paz com a certeza que nada nem ninguém vai ameaçar a minha família ou quem eu amo.

Eu perdi Tico e muito bons amigos durante a invasão, foram só três dias mais que custou a vida de muita gente, sei que tem muita mãe que chora a morte do seu filho.

Tô fazendo isso pra que nenhuma família chore a morte de ninguém, pelo menos é isso que eu fico me repetindo enquanto eu estou aqui bem no meio da avenida esperando Morte e sua emboscada.

Sabia que estava fácil demais que ele também saberia que eu iria desconfiar disso desdo começo.

- Quero que metade de vocês vão pro morro dele - falo ainda olhando pra frente.

- Metade é muito gente Menor - Caramelo estava do meu lado assim como ele ficou quando tudo isso começou a dar errado.

Eu não sei em que momento da minha vida tudo começou a dar errado e eu simplesmente não vi.

Não sei se tudo começou quando tomei o posto de líder do complexo e com isso teve a volta de Gil, quando o delegado consegui uma foto minha ou quando Bicudo vendeu minha mercadoria.

Mais simplesmente deu errado e não fui a chefe que prometi a meu pai que eu séria, deixe as coisas chegarem a esse ponto eu só tô tentando resolver o mais rápido que eu consigo mesmo assim tudo ainda continua dando errado.

- Você tá indo bem - sinto a mão de Caramelo apertando meu braço - É isso Tico diria - balanço a cabeça.

- Separe alguns homens vamos tomar aquele buraco - ele me solta e caminha.

- Morte não tem muitos homens então quero que menos da metade vá, vou deixar G7 no comando só voltem pro morro quando aquele lugar for nosso se precisarem de reforço procurem Gil - escuto a movimento dos vapores e logo depois vejo carros e motos passarem por mim.

- Acha que vai dar certo?- olho pra trás e vejo meus vapores em posição.

- Já perdemos muitos tá na hora de acabar com isso de uma vez por todas eu tô aqui pra matar e morrer se for preciso. - uma dele fala.

Mais se tem uma coisa que eu nunca vai me fazer sentir culpada é do jeito que tratei meus vapores e a confiança que eles têm em mim.

- POR TICO - grito com a arma pra cima.

- POR TICO!!

PDV. CARAMELO

Finalmente alguém tá fazendo alguma coisa pela morte de Tico, sei que isso não vai trazer ele de volta e que não vai aliviar a dor que eu sinto todas as vezes que tenho que passar pela casa dele e saber que ele nunca mais vai estar ali me esperando na janela pra beber.

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