PDV. Menor
Acordo com uma batida na porta escuto outra batida antes de me sentar na cama e olhar em volta.
- Oi?- me levanto e caminho até a porta e abro dando de cara com a minha mãe com um sorriso no rosto.
- Tá na hora de acordar meu amor - balanço a cabeça e volto direto pro banheiro.
Tomo um banho longo e demorado procurei uma roupa no armário e fiz uma pequena mochila não sei quanto tempo minha mãe vai ficar lá.
Minha mãe nunca me disse aonde morava antes de vir pro morro e dava pra ver no rosto dela que medo era um dos muitos sentimentos.
Dava pra ouvir os gritos de Kauã pela casa e meu pai chamando ele pra comer e dizendo pra ele não correr.
Desço as escadas e encontro todos sentados na mesa e cada um com a sua mochila no chão.
- Pelo visto a idéia foi coletiva - eles não me responde e voltam a comer.
Tomamos o café em silêncio e como de costume minha mãe fez um prato enorme, depois que deixamos tudo arrumado saímos de casa e vejo um Jeep estacionando na porta.
- Nossa que carrão - Kauã fala correndo até o carro.
- Você dirigi?- confirmo com a cabeça e meu pai joga as chaves pra mim.
Minha mãe respira fundo antes de entrar no carro dou a partida e desço o morro tomando cuidado com as crianças que estavam correndo pelas ruas.
Assim que passamos pelo bar do seu Jorge vemos a bagunça e todos a sujeira do lugar tinha até mesmo gente dormindo nas calçadas.
- Pelo visto a festa foi boa - minha mãe comentar enquanto vê uma menina dormindo em uma escadaria como se fosse a cama mais confortável do mundo.
- Foi sim - vejo seu Jorge com uma vassoura limpando o bar.
- Seu Jorge nem gosta dessas festinhas - meu pai fala rindo.
Eu estava dirigindo, meu pai estava no banco do carona e minha mãe e Kauã no banco de trás não é só por que vamos pra casa da minha "avó" que não vamos levar nenhuma arma.
Meu pai tinha uma arma assim como eu e tenho certeza que nesse carro também tinha alguns brinquedos escondidos.
- Quando eu vou poder ir pra uma festa dessa?- Kauã fala com um brilho nós olhos.
- Quando a lua for roxa - minha mãe fala sem olhar pra ele.
- Quando tiver a minha idade - falo fazendo ele sorrir.
- Você teve notícia sobre o caso do delegado?- nego com a cabeça.
- Ele me pareceu muito simpático e carinhoso com você - eu até sei o que ela vai dizer depois - Eu diria que até apaixonado. - ela sorrir.
- Eu prefiro mil vezes o meu padrinho - Kauã fala com uma cara nem um pouco animada.
- Ela sabe o que é melhor pra ela Kauã - meu pai fala me olhando.
- Não sabemos de nada tá tudo sendo investigado com sigilo e ele nunca mais ligou pra mim - ele balança a cabeça e no fundo a gente tinha a mesma dúvida.
Será que ele descobriu?
- Você acha que ele... - não deixo ele terminar de falar.
- Não se fosse isso com toda certeza ele já teria vindo atrás de mim pra tirar isso a limpo - pelo menos é isso que eu acho.
- Vamos só fingir que somos uma família normal saber o que ela quer e depois voltar pra casa sem falar de morro e tráfico pelo menos por hoje tudo bem?- confirmamos com a cabeça.
- Pra onde vamos mãe?- ela respira fundo.
- Vai ser uma viagem longa - eu posso até imaginar.
PDV. Gil
Eatava na boca esperando os vapores pra começar a conversa sobre como vamos cobrar algumas dívidas e fazer algumas ações.
- Caramelo sumiu - Tico fala assim que entra no escritório.
- Como assim sumiu?- pergunto olhando pra ele.
- Ele não tá em casa - só por isso não quer dizer que ele sumiu.
- Ele pode tá na casa de alguma menina - ele nega com a cabeça.
- Eu já fui atrás dele lá - ele foi atrás de Caramelo na casa de cada menina que ele deu em cima?
- Cara a relação de vocês é estranha - ele nega com a cabeça.
- Bem que eu achei estranho quando vi um casal indo atrás dele ontem - G3 fala coçando a cabeça.
- O que eles disseram?- Tico pergunta mais que interessado.
- Disseram que iriam limpar um otário - pelo jeito que Caramelo estava ontem a noite tenho certeza que o otário era ele.
- Quero Caramelo aqui e agora!- todo saem da boca.
- Caramelo só me dá trabalho - Tico nega com a cabeça.
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Pobre do Caramelo
Não pode nem dá PT que já dá todo esse trabalho.
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Menor 🔥Livro Bônus🔥
Ficção AdolescenteForam 8 anos pra consegui chegar aonde eu estou hoje, passei por todos os cargos possível de fogueteiro, vapor e até aviãozinho. Meu pai não alívio pra mim quando eu decide entrar pro tráfico com apenas 16 anos, mesmo sendo filha do chefe eu não tiv...