PDV. Menor
- Tá me machucando - ele fala enquanto eu subo arrastando ele pelo morro.
Todo mundo prestava atenção por causa do pequeno show que Kauã estava fazendo no meio do morro.
- Olha aqui moleque - paro e me abaixo ficando na sua altura de longe consigo ver nossos pais vindo atrás. - Aprenda a honrar a porra da cueca e a família que você tem - seguro seu queixo fazendo ele me olhar nos olhos. - Seu pai quase me mata quando eu gritei com ele e você não vai fazer isso com a minha mãe pirralho - solto seu rosto e volto a andar pelo morro puxando ele.
Volto a subir o morro arrastando a porra desse moleque insolente que não sabe quanto custa um pão e com só 8 anos vem cantar de galo.
Minha mãe fez questão de criar Kauã como um bonequinho que nunca pisou no chão, ele é bem esperto pra tão pouca idade e por isso ele acha que pode se dominar.
Moleque filho da puta.
Quando chegamos no alto do morro os vapores param quando me vêem, não é normal me ver pela manhã ainda mais com Kauã aqui.
- Míriam - não olho pra trás.
- Gil - ele coloca à arma na mesa de madeira que tinha lá em cima.
- Vou te ensinar uma coisa que Cruel me ensinou a muito tempo - Gil estava do meu lado. - A vida não é justa, não cuspa no prato que se come - antes que ele pense muito dou uma rasteira.
O menino cai que nem merda no chão.
- MÃE!- ele grita ainda deitado no chão.
- Mír... - meu pai não deixa ela termina de falar.
- Deixe a menina Cléo, esse menino precisa aprender a não cuspir no prato que se come - olho pra trás e vejo meu pai que parecia estar dando permissão.
- Cadê aquele cria menor - pergunto pra Gil.
- Tá aqui - o menino tem 10 anos mais tem mais disposição que muito vapor meu não tem.
Moleque brabo.
- Manda ele aqui agora - Gil não fala nada e muito menos se mexe. - Eu tô mandando - quando olho pra ele o mesmo ainda tava no lugar.
Caminho ficando na sua frente faltava quase nada pra estarmos nos beijando.
- O menino é mais velho, vai bater no seu irmão - ele acha que eu não sei?
- Então é justo ele gritar com a minha mãe?- ele fica calado.
- Não vai ensinar o menino assim. - eu tô pouco me fudendo.
Dá primeira e última vez que gritei com meu pai ele quase me mata na boca e eu já tenho 23 anos.
Não vou deixar Kauã com 8 anos gritar com a minha mãe.
- Pega o cria ou você paga - simples assim.
- Pode vazar moleque - então Kauã se levanta e corre pra barra da saia da mãe.
- Vamos embora meu amor - antes que minha mãe vá embora meu pai fala.
- Ele fica - minha mãe não vai ser contra meu pai não quando sabe que não vai ter razão. - Tem que aprender que tudo que ele fez tem consequência se não for com ele vai ser com outra pessoa. - caminho até a mesa que Gil tinha deixado sua arma.
Tiro meu brinco e amarro meu cabelo e tiro todos os meus anéis e coloco tudo na mesa, pego um soco inglês e ajeito com cuidado na minha mão.
Faz tanto tempo que eu não faço isso que até tinha me esquecido da sensação gelada do soco inglês em contato com meus dedos.
- Pai - Kauã chama atenção do meu pai.
- Foi você que causou tudo isso quando falou daquele jeito com a sua mãe, eu crio homens e mulheres que me dão orgulho Kauã e você me decepcionou - quando eu falei alto com ele a sua única reação foi me joga contra a parede e me enforcar.
Eu mais do que ninguém sei como dói ouvir essa frase dele , preferia ter apanhado mil vezes do que ouvir isso dá boca dele.
O primeiro soco que acertou Gil fez uma sensação maravilhosa que passou pelo meu corpo.
Acerto mais dois socos no seu rosto fazendo ele cair no chão, olha em volta e vejo que todos ainda estão aqui assistindo.
- Levanta ele - dois vapores levantam ele e seguram.
A sequência de socos foi violenta todos atingindo pontos específicos como costelas, abdômen e rosto.
Quando eu acho suficiente paro e caminho até a mesa, minhas mãos já tinham manchas de sangue pego meus anéis e meu brinco caminho até meu pai que estava sentando em uma cadeira com Kauã que está no seu colo assistindo tudo.
- Já descontou sua raiva?- confirmo com a cabeça. - Vamos pra casa tomar café - estendo minha mão pra Kauã que pega com medo.
- Não precisa ter medo só não faça merda com as pessoas que fariam tudo por você - ele confirma com a cabeça. - Somos sua família e não vamos dar as costas pra você mais isso não quer dizer que vamos levar sempre na cara, quero que aprenda isso - ele confirma de novo.
- Tenha um bom dia Gil - meu pai fala pra ele que só resmunga.
Eu tô morrendo de fome.
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Kauã fez merda
Que sorte ele tem de sempre ter alguém que passe a mão na cabeça dele.
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Menor 🔥Livro Bônus🔥
Ficção AdolescenteForam 8 anos pra consegui chegar aonde eu estou hoje, passei por todos os cargos possível de fogueteiro, vapor e até aviãozinho. Meu pai não alívio pra mim quando eu decide entrar pro tráfico com apenas 16 anos, mesmo sendo filha do chefe eu não tiv...