Capítulo 93

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PDV. Menor

- Pronto tá entregue - eu não fui a única que arrumou as coisas pra ir embora.

- Tem certeza que quer ir?- ele não parecia muito animado.

- Ficar aqui e correr o risco de prender você?- ele nega com a cabeça. - Vou me acostumar com o tempo com a calma de uma cidade do interior - balanço a cabeça. - Tome cuidado Míriam - ele beija a minha testa - As coisas poderiam ser diferentes - balanço a cabeça.

- Tome cuidado - estávamos tão próximos que sentia o cheiro de cada que vinha da sua boca.

Dei um beijo de despedidas um beijo longo e diferente de tudo que eu já tenha feito antes, alguém estava me deixando mais essa não é a primeira vez.

Mais pelo menos essa é a primeira vez que eu concordo.

- Se cuide Míriam eu odiaria vir aqui pra um velório - ele fala olhando pro machucado que no meu braço que ainda estava sangrando. - Não quer eu dê um jeito nisso?- nego com a cabeça.

- Eu tô bem - ele balança a cabeça e olha pra frente antes de me olhar e morder a boca - Não faz isso ou eu vou pensar seriamente em ir com você pra onde Judas perdeu as botas - ele gargalha.

- No dia que você decide que não dá mais pra você - ele me beija - Vai saber aonde me encontrar - balanço a cabeça e pego à minha mochila no banco de trás.

Xavier não iria me levar em casa não queria correr o risco de desistir de novo e voltar pra casa dele.

Dessa vez eu tenho uma boa razão pra voltar pro Complexo da Penha, Morte tem que ser parado ele poderia sim se dar por satisfeito e desisti dessa idéia maluca de provar que é melhor que o pai mais não tem que morrer pra para.

Então eu tô aqui pra isso.

Vou se a pessoa que vai matar ele é vingar a morte do meu melhor amigo.

Assim que saiu do carro e fecho a porta Xavier vai embora fico um tempo olhando o carro dele ir embora quando não consegui mais ver ele olho pro morro e respiro fundo.

Caminho em passos largos e quando chegando na contenção F1 me olha de cima a baixa.

- E geral acha que você tava de férias - ele fala olhando pro meu mais novo ferimento.

- Sabe que nem tudo saí como se espera né?- ele balança a cabeça.

- Vem vou te deixar em casa ou você que ir no postinho?- se for pra ir pra casa e ouvir um interrogatórios prefiro ficar no posto.

- No postinho depois pode me deixar na casa de Tico e chame Cramelo.- ele balança a cabeça e caminha até um beco não demora muito e vejo ele voltando com uma moto.

- Vamo?- arrumo a mochila nas costas e monto na moto.

F1 pilota pelo morro e para quando chegamos no postinho desço e nego com a cabeça.

- Qualquer dia desses você vai atropelar alguém e eu vou dá um tiro no seu rabo gordo por isso - jogo a minha mochila pra ele. - Peça pra caramelo vir me buscar - ele pega o radinho e manda a voz.

- Deixo sua mala onde?- olho pros dois lados da rua e só depois olho pra cima.

- Deixa com a minha mãe - dona Cléo vai ficar feliz por saber que eu tô finalmente aqui.

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