Depois de beijar Casey no banquinho perto do McDonald's, nos beijamos no carro, e dessa vez, foi mais intenso e caloroso, bem diferente do beijo tímido que tínhamos dado alguns minutos antes.
Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, e ele segurava minha nuca de uma maneira que me deixava toda arrepiada.
Fomos para sua casa, nos beijamos no sofá, depois nos beijamos em seu quarto, na cama que não era tão confortável, e que fazia uns rangidos incômodos quando nos mexíamos, mas aquele detalhe não parecia tão importante quando eu o tinha tão próximo à mim.
Não transamos, embora eu quisesse muito. Não achava certo me entregar totalmente à Casey quando ainda tinha coisas a resolver.
Poderia parecer bobo, mas queria que nossa primeira vez fosse especial e memorável, queria que fosse algo só nosso, em um dia que estivéssemos relaxados e felizes, sem aquele sentimento de culpa que nos rodeava. Sabia que ele se sentia tão mal quanto eu, apesar de não falar sobre o assunto.
Passei a noite ao lado de Casey, onde dormimos de conchinha. Ele me abraçava apertado, como se tivesse medo que eu mudasse de idéia a qualquer momento e o deixasse, voltando para o meu namorado e a comodidade de minha vida.
Mas eu estava decidida.
Terminar com Jake implicava em muitas coisas. Eu perderia uma pessoa muito importante para mim, pois Jackson, antes de ser meu namorado, foi um grande amigo meu durante anos. Eu nutria um apego muito grande por ele, e talvez esse tenha sido um dos vários motivos que me deixaram tão resistente ao nosso relacionamento. Tinha em mente que a partir do momento em que eu colocasse um ponto final, nós nunca mais teríamos a mesma proximidade. Eu iria magoá-lo de verdade, principalmente quando descobrisse que o motivo do término estava ligado à outro garoto.
E também tinha meus pais.
Eles não iriam reagir bem ao fim do meu relacionamento, uma vez que amavam Jake e a família de Jake. Nossos pais eram sócios e tudo mais, possuíam uma parceria muito grande entre ambas as empresas, tinha todo um vínculo que poderia ser desarmonizado com o nosso rompimentos. Sem contar que meus pais jamais aceitariam minha relação com Casey.
Eu precisaria me preparar para a enxurrada de sermões aos quais seria forçada a escutar, e sabia bem que nenhuma das nossas conversas terminaria de maneira agradável. Não queria contar à eles sobre Casey logo de primeira, mas também bem sabia que não poderia esconder aquela relação para sempre.
Tentei falar com Jackson durante toda a semana, entretanto, ele parecia se esquivar de todas as minhas tentativas de iniciar uma conversa.
Talvez eu tivesse começado mal enviando uma mensagem com os dizeres: precisamos conversar.
Ele não era burro de não saber do que se tratava. Estive agindo estranho e distante durante tanto tempo, com certeza Jackson já fazia ideia do que eu queria lhe dizer, mas não se sentia preparado para me ouvir.
Sua atitude me irritou um pouco, porque eu queria dar um ponto final naquilo de uma vez por todas e não conseguia. Também tinha a sensação de que Casey achava que eu estava enrolando ele, o que não era verdade.
Não achava justo simplesmente terminar por mensagem.
O campeonato de Surf começou no sábado. Eu esperava já ter resolvido minha situação com o Jake até aquele dia, pois como tinha convidado Casey, queria ter a oportunidade de aproveitar ao lado dele sem maiores preocupações, mas não foi bem o que aconteceu.
Embora estivesse sentada na areia parecendo totalmente relaxada, com uma garrafa de cerveja em mãos enquanto ria das histórias de Julia, meus músculos estavam tensionados, de modo que vez ou outra, eu passava a mão rapidamente pelos meus ombros, como se quisesse massageá-los.
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Ruínas
RomanceAudrey Jensen tem tudo que uma adolescente quer: estuda em Carter Bay High, o colégio de elite da cidade, tem uma melhor amiga que a apoia e um namorado que faria tudo por ela. Mas conforme vai amadurecendo, Audrey percebe que não está mais feliz na...