CASEY
Conseguimos finalizar o plano sem maiores problemas. Audrey sabia a senha do armário de Jackson, de modo que não precisamos perder tempo em busca de combinações nem nada do tipo.
Eu coloquei a droga no armário de Jackson, Alex colocou no de Michael enquanto Audrey e Julia vigiavam os corredores.
Algumas pessoas passaram, mas ninguém pareceu ter dado atenção ao que estávamos fazendo. Não que estivesse muito na cara, mas eu acreditava que o meu nervosismo poderia me entregar em algum momento.
O que me assustou, na verdade, foi o fato de eu ter feito parte daquele plano e depois ter sentado ao lado de Marina no almoço, como se nada tivesse acontecido. Não consegui nem olhar pra ela, pois sabia que por mais que Marina estivesse contra o irmão na maior parte das vezes, eles ainda eram uma família, possuíam um vínculo, laços sanguíneos e tudo mais. A garota não ficaria nada feliz em saber da minha participação naquilo.
Será que valia a pena?
Eu estava cego de raiva por Jackson, e o meu lado justiceiro queria que ele sofresse, mas será mesmo que falsas acusações seriam o caminho certo para conseguir a justiça que eu almejava? Porque, pensando bem, tal situação fez com que eu me sentisse pior do que eu já me sentia antes.
Fazer Jackson sofrer uma suspensão não mudaria o fato de ele ter me batido, tampouco mudaria o ponto de vista dos pais da Audrey sobre mim, ou o favoritismo deles por Jackson, que o garoto só conseguia por ter uma família rica, coisa que eu jamais teria em toda a minha vida.
Nada disso iria mudar. Eu o prejudiquei a troco de nada, e agir dessa forma só me igualava à ele e Michael em um nível que jamais pensei que chegaria.
E se Julia estivesse errada? E se os dois fossem expulsos do mesmo jeito que qualquer outro aluno daquela escola seria caso fosse pego com drogas?
Ela poderia estar errada sobre o posicionamento da escola diante do caso.
Julia não sabia de tudo, embora gostasse de agir como se fosse a dona da razão.
Bati o garfo no prato com força.
— Você está bem? - Marina perguntou.
Olhei pra ela. Marina e America me encaravam com o cenho franzido.
— Sim. - Menti, desviando o olhar.
— Você está pálido. - America observou, apontando para o meu rosto. - Tem certeza que está tudo bem?
Não respondi de imediato, porque não sabia bem o que dizer. As duas permaneceram me encarando. Marina parecia preocupada, já America só exalava um ar de curiosidade.
— Preciso fazer uma coisa. - E, então, deixei a mesa, correndo em direção aos corredores.
Ao chegar lá, me deparei com alguns funcionários próximo aos armários, com a diretora no encalço deles, os ombros tensionados e o olhar preocupado. Suas expressões corporais a denunciavam. Ela já sabia de tudo.
Um dos funcionários abriu o armário. A diretora passou a mão pela testa, parecendo limpar um suor inexistente.
Meu coração queria pular para fora de meu peito de tão forte que batia.
Comecei a caminhar na direção deles, sem saber bem o que estava fazendo. Eu só precisava arrumar aquela situação, precisava fazer o certo.
Até que alguém segurou meu braço e me puxou para longe daquela cena, me impedindo de chegar ao meu destino.
*****
Quem será que impediu o Casey de falar com a diretora? Qual é o palpite de vocês?
Esse capítulo foi bem curtinho, nas espero que tenham gostado ❤️
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Ruínas
RomanceAudrey Jensen tem tudo que uma adolescente quer: estuda em Carter Bay High, o colégio de elite da cidade, tem uma melhor amiga que a apoia e um namorado que faria tudo por ela. Mas conforme vai amadurecendo, Audrey percebe que não está mais feliz na...