Capítulo 32

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Hello meus chuchus, eu voltei e agora pra ficar 🎶

Aqui estou ressurgindo das cinzas, depois de meses desaparecida, meu PC pediu demissão e o celular tbm, mas eu tenho uma mãe muito chuchu que me emprestou o celular para atualizar os livros, pq já estava ficando doida sem poder escrever. E vamos de algumas lembranças para abalar os corações.
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Oleg Petrovich

Caminho de um lado a outro da sala, meu pensamento está a mil.

Acho que vou acabar enlouquecendo, não importa o que façamos, todas as tentativas de encontrar Dmitrii foram em vão. Sempre que conseguimos uma pista de onde ele está, e as esperanças de tê-lo de volta se renovam, nós fracassamos.

Está cada vez mais difícil olhar nos olhos de todos. Minha irresponsabilidade deixou meus sobrinhos sem um de seus pais, meu cunhado sem marido e mama sem o filho.

E como se não bastasse tudo isso, Nikolai também não dá notícias, seu retorno já deveria ter acontecido. O medo de que meu tio o tenha encontrado só aumenta.

Em sigilo para não alarmar ninguém, mandei alguns dos meus homens a sua procura, e estou aguardando o contato deles. Não vou deixar meu primo na mão, já basta o que fiz ao meu próprio irmão.

Isso vai me atormentar por muito tempo. Querendo ou não, tenho que admitir, Brandon estava certo, eu traí meu irmão. Traí sua confiança, fui impulsivo e irresponsável.

"O lancei aos leões, desarmado e com as mãos atadas."

E tudo porque? Por um sentimento de culpa que fica cada dia maior, e com o peso de quatro vidas sobre os meus ombros. Sim, quatro vidas. Olívia e Helena, que na tentativa de lhes salvar devo ter complicado tudo para elas. E Dmitrii juntamente a Declan que o acompanhava, ele foi um dano colateral, estava fazendo seu trabalho que era proteger Dima.

Então sim, eu o traí, aquela ratazana tinha razão. Não importa a minha intenção, algo me dizia que não deveria concordar com Rurik, mas ainda sim, eu fiz. Quem em sã consciência acreditaria que um antigo aliado de Ivan, não faria mal ao responsável pela sua queda? Mama e eu podemos ter dado as provas iniciais contra Ivan, mas estaria tudo perdido sem a ajuda do meu...

"Moy malen'kiy prints." (Meu pequeno príncipe).

"Ah brat, espero com todo meu coração que um dia você possa me perdoar. Suportaria perder Riley, o amor de mama, dos meus tios, mas o seu não. Que a morte me alcance antes desse dia chegar."

— Onde você está? — Contenho o riso ao ver seus pés aparecendo embaixo da cortina. — Acho que não está por aqui, que pena, parece que vou ter que dar esse presente a outra criança.

Antes que tenha a chance de deixar o quarto, um pequeno corpo se choca contra o meu.

— Espera Ol! Que presente? — Pergunta enquanto me arrastava de volta para a cama.

— Mas que interesseiro você é, voltei na maior saudade cheio de amor para dar, e o mocinho se escondeu. Agora com um presente em jogo, veio rapidinho. Não tem vergonha?

— Até tenho, mas não estou usando muito, sabe como é. — Diz com todo cinismo.

Não resisto, é impossível conter a explosão de gargalhadas que inunda o quarto, o abraço sem perder a chance de lhe fazer cócegas. Caímos na cama ainda rindo e secando as lágrimas que se formaram em meio ao ataque de risos.

— Ty vse bol'she i bol'she pokhozh na menya, mladshiy brat. (Você se parece cada vez mais comigo, irmãozinho.) Tak tsinichno. (Tão cínico). — Ele ri dando de ombros, e deita apoiando a cabeça no meu peito.

— Você me ama Ol? — Questiona após um tempo em silêncio.

— Claro que sim, brat. Você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo.

— Até mais que a mama?

— Não, o amor de uma mãe por seu filho é maior que tudo, pelo menos deve ser assim. E bem... — Ele ergue a cabeça e me olha, esperando que termine. — O amor de pai também deve ser assim.

— Eu sei, eu amo muito a mama e meus dois pais.

— Como assim dois pais? — Pergunto e ele ri.

— O otets e você ué. Você é meu irmão, mas as vezes é mais pai que o Otets, principalmente quando me dá bronca. — Faz uma careta ao dizer isso. — Poderia dar menos broncas, não é?

O puxo de volta para o meu abraço e beijo sua testa. Esses momentos de sinceridade infantil sempre nos pegam de surpresa, muitas vezes deixando todos sem palavras.

— Apronte menos, e não leva bronca. E não esqueça brat, não importa o que aconteça, eu sempre vou amar você. Acima de tudo, my brat'ya. (Nós somos irmãos). — Ele assente balançando a cabeça rapidamente.

— Vamos fazer um pacto? — Diz ficando de pé.

— Que tipo de pacto?

— Um pakt o bratstve. (Pacto de irmandade). E tem que prometer nunca romper.

— Tudo bem, eu prometo.

— Vamos fazer com o dedinho. Um juramento de dedinho jamais é rompido ou esquecido. — Erguendo o dedo mindinho, faço o mesmo entrelaçando os dois. — Espera um pouco ai, e o meu presente? — Balanço a cabeça em negação.

9 anos depois.

— Não quero ouvir nada agora, só preciso que entenda. Eu sempre estarei aqui para te impedir de me deixar sozinho, e não importa o que faça, nunca irei te deixar.

— Dói tanto Ol, por que ele fez isso? Eu o entreguei meu coração, e ele o destruiu. — Seu choro sofrido era como facadas no meu peito. Tudo que mais queria fazer era tirar esse sofrimento dele. — Eu fui tão fraco, não consegui resistir, só queria acabar com toda essa dor.

— Dima, ouça bem. — Seguro seu rosto entre minhas mãos e seco suas lágrimas. — Ele não merece uma gota dessas lágrimas, não é digno de ter seu amor. Vem aqui.

O acomodo em um abraço forte, na esperança de acalentar seu coração e tirar essa dor. Sento no chão ainda com ele envolto por meus braços, e afago seus cabelos até que o choro se vai, deixando apenas o silêncio a nossa volta.

— Você está sempre aqui quando preciso, obrigado Ol, por tudo.

— Eu fiz uma promessa, se lembra? Ou melhor, um pacto. — Ele sorri de forma contida.

— Não acredito que ainda lembra disso.

— Foi um juramento de dedinho...

— E um juramento de dedinho jamais é rompido ou esquecido. — Falamos juntos e rimos.

— Vamos lá, precisamos renovar, assim nenhum dos dois irá esquecer. — E mais uma vez lá estávamos nós, dedos entrelaçados. — Juntos.

— Na pior coisa, no seu pensamento mais obscuro, e no pior momento. Eu nunca vou te abandonar.

Eu nunca vou te abandonar, Dima...

Largo as minhas divagações do passado e tomo uma atitude, ficar em casa me lamentando não vai trazê-los de volta.

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Esse é o primeiro de muitos capítulos que vou liberar durante toda essa semana, para me redimir pelo sumiço não desistam de mim please. 🤗🤗

Meu Querido Agente (Duologia Irmãos Petrovich) Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora