14. I'm saying if

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*ESSE DEFINITIVAMENTE É O MAIOR CAPÍTULO QUE EU JÁ ESCREVI NA MINHA VIDA! FORAM LITERALMENTE QUASE QUATRO MIL PALAVRAS!!!!!! Peço que comentem bastante, na brotheragem, porque eu mereçooooo! E boa leitura <3*


Por Luke.

Dias depois.

Minha mãe está dançando pela sala. É algo que ela gosta de fazer, principalmente quando tem algo a incomodando. Ela segue essa filosofia de vida. Dança quando está chateada. Dança quando está feliz. Dança quando está entediada. Dança até sem motivos. Eu e meu pai somos acostumados. Tem vezes que ela até nos obriga a participar. Meu pai já é o oposto. Ele é mais sério, mais centrado, talvez mais prático. Ele não dança quando tem algo o incomodando. Ele resolve o problema.

Sorrio quando Grace Hemmings passa saltitando ao som da música por mim. Cruzo os braços, confortavelmente sentado no sofá e balaço a cabeça, olhando-a com adoração. Que sorte eu tenho por tê-la como mãe. Ela as vezes não parece desse mundo de merda. Ela é demais para isso.

Era sexta-feira. Eu tinha uma luta nessa noite, e sabia que amanhã não poderia aparecer para uma visita. Havia faltado na faculdade hoje, pois queria treinar de manhã com Louise e ver meus pais de tarde. Meu pai estava trabalhando, no final de contas, mas minha mãe adorou a visita. Quando a música termina, ela se atira ao meu lado e sorri, ofegante e com o rosto vermelho. Sorrio para ela de volta e aprecio o silencio, fechando meus olhos e inclinando minha cabeça para deitar em seu ombro. Sua mão não demora até encontrar meus cabelos e começar um cafuné que eu aproveito.

- Queria que voltasse a morar aqui. –ela solta do nada e eu ergo meu rosto com o semblante confuso e divertido. Ela dá de ombros e empurra minha cabeça para seu ombro novamente- Sempre vou querer que você volte a morar aqui. Nunca vou me acostumar que deixou de ser um menino bobo e teimoso para se tornar um homem bobo e teimoso. –ergo meu rosto confuso novamente e ela sorri- Tem falado com Beatrice? –ela pergunta e eu me afasto-

- Ah, pelo amor de Deus. –resmungo revirando os olhos-

- Não diga o nome do Senhor em vão. –ela fala com uma careta debochada-

- Você nem é religiosa, mãe. –rebato e ela dá de ombros-

- Acho chique quando seu pai fala isso. –ela fala e sorri para mim- Então... –ela pressiona por uma resposta e eu bufo-

- Não a vejo há quase duas semanas. –eu falo dando de ombros-

Não via Beatrice desde a nossa discussão na cafeteria. Sabia o que ela estava fazendo. Sabia que nos últimos dias ela estava fazendo um teste no bar do Hunter para conseguir a vaga de garçonete. Odiava isso como todas as minhas forças, mas dessa vez fiquei quieto. O que ela faz da vida dela é problema apenas dela. Os meninos seguem me incomodando sobre deixa-la morar no apartamento, e eu estou ficando sem argumentos.

- Ela quer sair de casa. –eu murmuro para minha mãe. Não sei bem o que porquê, mas sinto que é bom falar sobre isso com ela-

- Bea? –minha mãe pergunta e eu assinto- Porque? –ela pergunta e eu dou de ombros-

- Ela disse que sua casa é longe da faculdade. –eu respondo e mexo no jeans da minha calça apenas para não encarar minha mãe- Acha que pode ser só isso? –pergunto e ela franze o cenho-

- Talvez, meu amor. Você se mudou por causa disso. –ela fala e passa a mão pelos meus cabelos novamente- Acho que não deve ser fácil naquela casa. Acho que Beatrice, Ruth e Richard lidam ainda com a dor da morte de Michael. –sinto meu peito apertar com a menção do meu melhor amigo- E eu sei como os pais dela eram rígidos com os dois. Agora toda essa rigidez deve ter sido transferida apenas para Beatrice. Deve ser sufocante. –ela dá de ombros-

Falling (L.H.)Onde histórias criam vida. Descubra agora