Paraíso

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- Entra – falei abrindo a porta de casa e abrindo caminho pra Gizelly – Quer um vinho, uma cerveja...?
- Definitivamente uma cerveja.
Fui a cozinha e peguei uma cerveja pra ela e outra pra mim.
- Então, Rafaella, não devo me preocupar em você ser uma serial killer né?
Ela falou séria. Percebi que ela estava olhando minha estante de livros – eu amava ler sobre crimes.
Quase engasguei com a cerveja... – Não, claro que não – falei rindo, só gosto de ler sobre o assunto, não sobre os crimes mas a mente dos criminosos. Eu sou médica e estou estudando pra fazer prova de residência pra psiquiatria.
- Tava só brincando – ela falou sorrindo.
- Você trabalha com o que? – perguntei. Aquela sensação de nervosismo ainda não tinha passado e eu tentei soar o mais confiante possível mas a verdade é que eu não conseguia tirar os olhos dos lábios dela.

- Acho que a gente não veio aqui pra falar de trabalho – Ela disse colocando a cerveja na estante e se aproximando de mim.
Fiquei meio paralisada. Sem tirar os olhos dos meus, ela pegou a garrafa que ainda estava em minha mão e se abaixou, colocando-a na mesinha de centro.
- Eu gosto de ser direta. – ela disse, colocando uma mão em minha bochecha – e no momento eu só quero uma coisa.
Ela rapidamente me beijou e eu prontamente respondi. Nossas bocas pareciam ter encontrado um encaixe melhor ainda e eu nem sabia que era possível. Levei minhas mãos até sua bunda, apertando, fazendo o que já estava com vontade desde a boate. Senti ela dando um sorriso de canto enquanto me beijava com mais desejo.
Fui nos direcionando até o quarto sem parar os beijos um segundo. Cai na cama com ela por cima de mim e ela prontamente se sentou sobre mim e tirou seu vestido. Ela estava sem sutiã e usando só uma calcinha preta de renda. Tive a minha primeira visão do paraíso. Me sentei, sem tirar ela do meu colo e abocanhei seu seio esquerdo com força, ela soltou um gemido gostoso e senti minha pele inteira se arrepiar. Passava minha língua no mamilo, as vezes dando leves mordidas, para logo depois chupá-los de novo.
- Você é gostosa demais – falei enquanto passava pra o outro seio.
Fiz a mesma coisa com o direito e senti sua mão puxar meus cabelos, uma dor gostosa e tenho quase certeza que soltei um gemido.
Ela me puxou pra cima e começamos outro beijo, dessa vez mais urgente, quase violento. Ela desceu sua boca pra o meu pescoço e joguei a cabeça pra trás dando mais espaço. Nessa altura meu vestido preto já havia subido completamente e sem o mínimo esforço ela o tirou, jogando em qualquer canto do quarto.
Voltamos a nos beijar e em um movimento brusco, inverti nossas posições, ficando por cima dela.
Ter aquela mulher ali, só de calcinha, embaixo de mim foi uma das cenas mais sensuais que já tive. Fui fazendo um caminho de beijos por seu pescoço, seios, barriga e quando cheguei onde queria dei um beijo por cima da sua calcinha. Ela soltou um gemido alto, o mais alto até agora e eu senti meu liquido escorrendo.
Sem perder tempo tirei sua calcinha e vi que ela estava tão molhada quanto eu. Tive minha segunda visão do paraíso.
Passei meu dedo de leve por sua extensão, sentindo o liquido se espalhar. Comecei a fazer movimentos circulares em seu clitóres e ela apertou meus cabelos com mais violência dessa vez;
- Me chupa logo – ela falou e eu ouvi todo o tesão contido em sua voz
Não perdi mais nenhum segundo e comecei a chupa-la. Hora sugava seu clitores, hora fazia movimentos irregulares com a lingua. O gosto dela era incrível.
Levei minha lingua até sua entrada e a penetrei.
- Puta que pariu, não para.
Comecei a penetra-la mais rápido com a lingua e pouco tempo depois senti seu corpo se contorcendo e todo seu gozo descendo. Fiquei chupando tudo até que parasse de escorrer.
- Que delícia que você é – falei enquanto subia meios beijos até chegar em sua boca novamente, dando um selinho. Ela prontamente transformou o selinho em um beijo intenso, me pegando um pouco desprevenida.
Em algum momento durante o beijo percebi que já estava sem sutiã. Estava tão imersa que nem percebi quando ela o tirou. Ela se virou pra ficar em cima de mim e levou sua mão até minha calcinha.
- Aposto que você é uma delícia também. – falou e ao mesmo tempo senti sua mão entrando por debaixo da calcinha.
Gemi alto. Ela passou um dedo pela minha entrada e rapidamente o levou até sua boca, chupando todo meu líquido que havia nele.
- Acertei. – ela disse dando um sorriso cheio de malícia
Ela desceu até minha cintura e tirou minha calcinha. Assim que sua boca me tocou eu tive que me segurar pra não gozar. Ela me chupava tão gostoso que eu sabia que não ia durar muito tempo e quando ela enfiou 2 dedos na minha entrada, perdi todo o resto de controle que tinha. Bastou algumas estocadas e eu me derreti eu seus dedos.
- Você é incrível – falei pra ela puxando sua cabeça e trazendo até a altura da minha.
- Você também.
Nos beijamos por mais algum tempo e transamos de novo e de novo até cair na cama, exaustas.

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Acordei no outro dia e percebi que estava sozinha na cama. O relógio marcava 11:30 da manhã. Olhei no banheiro... vazio.
- Gizelly? – Chamei e ninguém me respondeu. Ela já havia saído.
Meu lado racional só falava que era melhor assim, sexo sem compromisso, como sempre fazia. Mas senti na mesma hora um incômodo que não soube explicar.
Tomei um banho, coloquei uma roupa e fui pra cozinha. Na hora que ia fazer café, notei um post-it grudado da cafeteira.

Oi. Desculpa ter saído assim, mas é que já tinha compromisso na hora do almoço. Você tava dormindo tão gostoso e não quis te acordar. A noite foi incrível. Quero te ver mais vezes.
Meu número é xxxx.xxxx

Suspirei. Percebi que estava sorrindo olhando a mensagem e me tirei do transe. Sabia que não ia vê-la de novo, ela era incrível mas eu tinha uma regra que não podia quebrar: Não se apegue.

FLASHBACK ON

- Tem certeza que não quer ir com a gente?
- Absoluta! Essas festas de empresa são um porre e vocês sempre tem que ficar até o final então, obrigada, mas passo.

Meu pais estavam indo pra festa de final de ano da empresa. Todo mês de dezembro, eles faziam uma confraternização com os funcionários pra comemorar o sucesso que tiveram durante o ano. Eu tinha 15 anos e ir em uma festa só com gente velha estava fora dos meus planos.

- Bom, então vamos que já estamos até um pouco atrasados, amor. – meu pai disse
- Tchau filha – minha mãe disse dando um beijo em minha cabeça.

Mal sabia que aquela seria a última vez que veria meus pais com vida.

Estava no sofá quase cochilando, quando ouço a campainha tocar.
Estranho, meus pais tem a chave e ninguém interfornou.
Abro a porta e vejo 2 políciais. Gelei na mesma hora.
- Rafaella Kalimann?
- Sim. Aconteceu alguma coisa?
- Tem algum adulto com você?
- Não, meus pais saíram. Estou sozinha. – falei já nervosa
- Tem alguém que possa ligar para vir até aqui?
- Não, somos só nós 3, me fala logo o que aconteceu. – falei e notei que minha voz já soava desesperada
- Seus pais sofreram um acidente de carro, agora há pouco. Um motorista bêbado furou o sinal e bateu no carro deles. Eu sinto muito, mas seus pais faleceram no local.

E na mesma hora eu sabia que metade de mim tinha morrido junto.

Alguns dias depois...

- Rafaella, seus pais não tem parentes próximos vivos, mas seu pai já tinha feito um testamento caso algo acontecesse. Como você é menor de idade, seu pai listou um tutor pra você. Ele vai agir como uma espécie de guardião até você completar 18 anos. Enquanto isso a empresa vai ficar sendo administrada pelos sócios minoritários, mas ao fazer 18 anos você vai receber o controle das ações.

Estávamos na minha casa e eu ainda me sentia morta. Fingia ouvir o que o homem falava mas não prestava atenção em nada.
Ele continuou falando por algum tempo e eu só concordava com a cabeça.
Ele finalmente foi embora e voltei a ficar sozinha em casa. Completamente sozinha. Sem ninguém. Permanentemente.

Alguns dias depois a realidade foi se fazendo presente e conheci meu tutor. Era um homem gentil, me tratava bem, mas sua presença ali só me lembrava do motivo de ele existir. Meus pais estavam mortos. Durante os 3 anos que ele ficou ao meu lado, tentei ao máximo não me aproximar. E quando ele foi embora respirei aliviada.
Eu tinha metade de um coração pra proteger, afinal. Sabia que se mais algum pedaço morresse, eu não aguentaria. Então decidi que não o compartilharia com mais ninguém.

FLASHBACK OFF

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Oiiiii, gente! A atualização era pra sair domingo mas vocês deram um up tão grande na fic que resolvi fazer hoje! hahahaha

Muiiiiito obrigada pelas estrelinhas e comentários, fico toda boba kkkk

ps: É minha primeira vez escrevendo hot e meu deusssss como é difícil! hahaha Prometo tentar melhorar nos próximos!

Me sigam lá no twitter @fanfiqueiragirl1 vou adorar falar com vocês!
Até a próxima!

Recomeço - GirafaOnde histórias criam vida. Descubra agora