Oi meu povo! Eu sei que demorei mas a verdade é que esse mês foi muito difícil pra mim, minha vida virou um grande caos e eu ainda to tentando lidar com isso.
Eu queria muito ter voltado antes mas foi impossível. To escrevendo aos poucos então o cap não tá grande. Mas o próximo vou tentar deixar maior. Spoiler sobre o próximo: Teremos a presença de Thelma Regina em toda sua glória hahahahaPrometo voltar o mais breve possível! Obrigada por lerem 🤍 Não esqueçam da estrelinha!
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- Oi filha! Não, to saindo agora, tenho uma reunião com o Governador Hadson. Não se preocupa... janta comigo amanhã? Te espero então... Beijo
Já estava quase tudo pronto para começar a operação nas comunidades de São Paulo. General Bicalho havia terminado de ajeitar os últimos detalhes com sua equipe e a única coisa que faltava era a reunião com governador Hadson para ele dar o OK final.
Enquanto o general esperava pacientemente, sentando em uma cadeira do lado de fora da sala de Hadson, pensava em como, se tudo desse certo, a operação faria a diferença na vida daquelas pessoas. O plano era chegar ainda de madrugada e começar tudo assim que o céu ficasse mais claro, tudo planejado para que fosse algo rápido e eficiente. Eles trabalhariam em equipes e cada equipe ficaria responsável por um número de ruas. O plano parecia perfeito e Mário estava animado para colocá-lo em prática.
Depois de algum tempo, a reunião começou. Enquanto Mário explicava tudo para Hadson, o homem escutava atentamente e fazia várias perguntas, parecendo genuinamente preocupado com os mínimos detalhes, afinal uma operação desse porte poderia dar muito errado. Mas se a fama do General Bicalho fosse verdadeira, e era, ele estava com o parceiro certo para essa missão.
- Me dê alguns dias para me preparar com minha equipe de imprensa. Eu preciso ter tudo certo para depois da operação, mas não se preocupe, nada vai vazar, faremos tudo em sigilo.
- Como achar melhor, Governador. Meus soldados estão prontos e assim que o senhor der o ok, daremos inicio.
Enquanto Bicalho voltava para o Quartel, Hadson comemorava o progresso do seu plano.
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Gizelly era figura conhecida para todos no quartel, então quando ela chegou, cheia de sacolas, querendo falar com seu pai, ninguém achou a situação estranha, muito menos a secretária do homem.
- Ele saiu faz pouco tempo, senhorita.
- Poxa vida... Será que ele demora?
- Ele tem uma reunião com o Governador, mas depois ele volta para cá. Se quiser esperar na sala dele...
- Ah, vou esperar então. Obrigada.
GIZELLY POV
Assim que soube que papai ficaria a manhã em reunião com Hadson, não tinha como deixar a oportunidade escapar. Entrar na sala dele não foi nada difícil, todos me conheciam ali e minha presença era até comum.
Assim que entrei na sala, tranquei a porta e comecei a instalar todos os materiais que havia comprado. Escutas, câmeras eletrônicas minúsculas que tenho certeza que ninguém veria... Parecia coisa de filme de espião, mas sabendo do caráter de Hadson, aquilo era necessário para tentar proteger papai de qualquer trambicagem que ele estava planejando fazer.
Agora eu rezava para o homem vir até aqui no futuro e falar seus planos.Quando terminei de instalar tudo, o que demorou mais do que eu imaginava, porque eu não era exatamente uma pessoa tecnológica, saí da sala com a desculpa de que não poderia esperar mais, o que não era mentira, já que era quase hora da consulta de Rafa com doutor Pyong e eu prometi que iria com ela.
Cheguei em sua casa para pegá-la e ela já me esperava na rua. Podia ver o quão nervosa ela estava e assim que ela entrou no carro, a envolvi em um abraço.
O caminho da clínica foi feito em silêncio, mas Rafa não desgrudou da minha mão nenhum segundo.
- Você não precisa falar nada que não se sinta preparada ou confortável o suficiente pra contar. – tentava acalmá-la enquanto esperávamos na recepção
- E se eu não conseguir falar nada? Não consigo me abrir assim, Gi, você sabe... Acho melhor a gente ir...
- Ei! Calma – falei colocando minha mãe em sua bochecha – Se você quiser ir, a gente vai. Mas isso que você tá sentindo é só medo e você mesmo já me disse que não quer deixar esse medo te controlar mais.
- Rafaella Kalimann? – a recepcionista chamou – o doutor Pyong está pronto para recebê-la
- Dá um chance. Se você não gostar, a gente vê o que faz... Mas pelo menos tenta...
Ela concordou e eu lhe dei um beijo na testa...
- Estarei aqui te esperando.
RAFAELLA POV
Aqueles poucos minutos na sala de espera foram quase insuportáveis, mas toda vez que eu pensava em ir embora, Gizelly me acalmava. Não sei o que fiz pra merecer alguém como ela, mas eu tinha total noção de que ela era alguém especial, aquele tipo de pessoa que você encontra poucas vezes na vida. Que é leal e que faz de tudo para ajudar os outros. Que não desiste de você, nem mesmo quando você próprio desiste. Eu era uma mulher sortuda.
Doutor Pyong me acalmou assim que entrei em sua sala. Era incrível o quanto eu me senti à vontade em pouco tempo. A conversa não se aprofundou muito, já que ainda estávamos nos conhecendo. Mas percebi pela primeira sessão que aquilo podia sim dar certo. Ele me explicou tudo sobre hipnoterapia e como não era nada como eu via na TV nesses programas sensacionalistas. Fiquei curiosa para tentar, já que algumas coisas sobre minha infância e adolescência eram um pouco confusas.
Quando a hora finalmente terminou, sorri confiante para o homem e deu graças aos céus pela experiência ter dado certo.O olhar de Gizelly pra mim quando saí da sala foi até engraçado. Ela não era apessoa mais paciente do mundo e esperar por 1 hora naquela cadeira deve ter sido torturante. Mas ali estava ela, como sempre.
- Vejo você semana que vem, Rafaella. – doutor Pyong falou se despedindo de mim. – Ah, você deve ser a Gizelly
Os dois se comprimentaram e eu pude ver que ela estava um pouco sem saber o que fazer.- Ele acha legal se algum dia você participar. Não agora, mais na frente...
- Cla-claro. Só é falar.
No caminho para casa a curiosidade de minha namorada finalmente ficou grande demais para ela segurar e as perguntas começaram a aparecer...
- Ele parece ser bem inteligente. A gente falou sobre tudo um pouco, mas não nos aprofundamos em nada. Ele disse que a gente tinha que criar uma relação de confiança pra só depois, quando eu me sentisse realmente confortável, me abrir.
- Você não sabe o quanto eu to feliz por você. Eu sei que eu já falei isso mil vezes, mas eu sinto que terapia pode mudar sua vida, amor.
Puxei sua mão livre até minha boca e beijei.
- Não só a minha... A nossa.
Mais um passo na direção certa.
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Recomeço - Girafa
RomantizmExiste um ditado que diz "O amor cura" e Rafaella estava prestes a descobrir se isso era verdade ou não ao ver seu mundo - até então impenetrável - ser atingido por um Furacão.