Acordei com um pequeno feixe de sol em meus olhos, vindo da janela. Gizelly ainda dormia agarrada em mim, ambas ainda deitadas naquele tapete que tinha sido nosso maior palco de amor, até agora. Sorri ao relembrar de como nossa noite havia sido perfeita. Tentei me virar um pouco para ficar de frente pra ela e escutei uma reclamação.- Fica aqui - disse me apertando um pouco mais.
- Vamos pra cama, amor. É mais confortável. – disse finalmente ficando de frente para ela e passando minha mão delicadamente em sua bochecha.
Com muita luta, ela concordou e caminhamos até seu quarto, onde deitamos e voltamos a dormir.Já era quase meio dia quando voltei à acordar. Passei minha mão pela cama, procurando minha namorada, mas em vez de seu corpo, senti um papel...
Bom dia, meu amor. Tive que ir no Tribunal, mas volto no máximo 2 horas. Me espera? Te amo.
A sensação de ter aquela mulher de volta era incrível, agarrei aquele pedaço de papel perto do peito com um sorriso no rosto que não conseguia desfazer nem se quisesse. Estava feliz demais.
Fui até o banheiro fazer minha higiene. Vesti uma calça de pijama de Gizelly e uma blusinha de alça... Só de sentir o cheiro dela nas roupas, meu coração ficava mais quentinho. Fui até a cozinha para ver o que tinha para comer, queria preparar um almoço para quando ela chegasse. Optei por fazer um strogonoff de carne com arroz.Ouvi o barulho da porta abrindo quando estava quase terminando de fazer tudo. Gizelly veio direto ao meu encontro, jogando seus braços ao redor do meu pescoço e me comprimentando com um selinho longo, me fazendo suspirar e abrir de novo aquele sorriso tão comum quando ela está presente.
- Que bom que você ficou.
- Fiquei e fiz almoço pra nós. – falei dando outro beijo, dessa vez um pouco mais rápido.
- Nossa, ainda bem porque to morrendo de fome... O cheiro tá ótimo. – disse indo até o fogão e olhando as panelas. – Eu vou só trocar de roupa...
Não demorou muito para Gizelly voltar e logo almoçamos, não era só ela que estava com fome, afinal, o sushi da noite passada nem foi mexido e Gizelly disse que quando acordou, viu que ele ainda estava na mesinha de centro, estragado, obviamente.
Decidimos descansar um pouco e depois dar uma volta pelo shopping já que Gizelly precisava comprar algumas coisas.
Enquanto andávamos, passamos na frente de uma loja de jóias e resolvemos entrar para dar uma olhada.- Nossa, olha que colar lindo, amor – E realmente era. A corrente era de ouro branco, super delicada e o pingente em forma de chave, deixava a peça no comprimento perfeito.
- Ele, na verdade, é par com esse outro, senhoritas – A atendente nos mostrou um outro colar, exatamente igual, mas dessa vez o pingente era de um cadeado. Os dois absurdamente lindos – e absurdamente caros também, o que fez com que Gizelly apenas agradecesse a mulher e me puxar para sairmos da loja.
- Mas você é muito mão de vaca mesmo né? – falei rindo dela.
- Mão de vaca não! Econômica.
Continuamos andando um pouco e Gizelly entrou em uma loga de artigos militares. Seu pai havia pedido que ela comprasse algumas coisas e enquanto ela escolhia tudo, resolvi ir ao banheiro.
Quando voltava, aproveitei e passei em um lugar antes.
Voltamos para sua casa e Gizelly foi direto tomar banho. Enquanto a esperava, abri minha bolsa e peguei o pequeno pacotinho que tinha escondido lá.
Ela saiu do banheiro já vestida com seu pijama e com a toalha enrolada no cabelo.Cheguei por trás dela, dando um beijo em seu pescoço...
- Fecha os olhos. – pedi
- Pra que? – ela me olhava pelo espelho, confusa.
- Só fecha, vai...
Quando ela finalmente o fez, peguei o colar com a chave e coloquei em seu pescoço.
- Abre.
- Rafa! – os olhos arregalados, mostraram que minha surpresa tinha dado certo.
- Eu não quero ouvir você falar de preço – falei já conhecendo a mulher que eu tinha – Ficou lindo demais em você. Mas falta a outra parte.
Peguei o outro colar, de cadeado e coloquei em sua mão, me virando e colocando meus cabelos para o lado, para que ela pudesse colocar em mim.
- Eu nem sei direito o que dizer – ela falou enquanto eu me virava, segurando-a pela cintura.- Você gostou?
- Claro que sim, eu amei
- Que bom. Porque eu acho bem mais simbólico uma chave e um cadeado, do que aliança de namoro. – falei rindo - Te amo, princesa. E você é a única que sempre vai ter a chave pra esse coração aqui. Sempre.
- Sempre
Selamos nossa promessa com um beijo doce, com gosto de recomeço.
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Oi bebês! Cap curtinho porque eu to meio travada. Espero que gostem da boiolice porque foi o que consegui escrever, to muito assim esses dias kkk
Assim que conseguir, volto. Bjoooo!
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Recomeço - Girafa
RomanceExiste um ditado que diz "O amor cura" e Rafaella estava prestes a descobrir se isso era verdade ou não ao ver seu mundo - até então impenetrável - ser atingido por um Furacão.