Chegando ao terraço eu e Mare nos distanciamos o que quer dizer que presciso me virar sozinha.
Pego um copo de água e começo a andar entre as pessoas, quase não me notam, Cal é o a pessoa embaixo do holofote, Maven está atrás ou como coadjuvante e eu sou quem fica de reserva dos dois, a que ninguém nota mas agradece por isso.
-Maven. Digo tocando seu ombro para que olhe para mim.
-Parabéns pela vitória na arena. Ele diz e sorrio. -Viu Mareena por ai? Ele diz e meu sorriso de desfaz um pouco, aponto para aonde ela está e ele logo sai de minha vista mas nunca fico só.
-Malia. Ptolemus diz vindo em minha direção
-Ptolemus. Digo retribuindo o cumprimento.
-Soube que seu irmão será general. Ele diz sorrindo.
-Ah, sim. Digo me lembrando que Cal vai para a Guerra.
O querido do meu pai, agora meu pai deve estar mais orgulhoso ainda.
-Tem par para a dança bo baile? Ele diz me fazendo lembrar do baile de despedida.
-Bom, depois das aulas com Lady Blonos acho que prefiro fazer outra coisa. Digo enquanto damos algumas voltas no terraço. -Espero poder cantar.
-Cantar? Ele diz e me olha intrigado.
-É por que não? Digo parando e o olhando.
-Por que não cantam assim em eventos e você é a princesa. Ele diz e já sei o que quer dizer.
-Ah me desculpe se feri seu ego frágil Ptolemus, mas eu quero cantar e se não for por confirmação de minha mãe será contra a sua vontade, e espero que não seja tão boca grande quanto é estupido. Digo voltando a andar até chegar a borda do terraço, a vista é linda mas com Ptolemus ao meu lado parece que nada vai me deixar feliz.
-Vai com calma princesa, relaxa um pouco, não irei contar. Ele diz encostando em um pilar.
-Não quero passar mais tempo aqui. Digo e Ptolemus quase cai ao ouvir isso.
-Como assim? Ele diz enquanto pega uma bebida.
-Vou sair do Castelo, talvez volte mais tarde talvez não, você pode me ajudar ou tentar me impedir, mas se não quer ser queimado vivo espero que escolha a primeira opção. Digo enquanto caminho despercebidamente para a porta por onde entrei, e Ptolemus me acompanha:
-Aonde vai? Ele diz e eu solto um pequeno sorriso.
-Palafitas, só quero ajuda até passar dos portões, depois pode voltar e falar o que quiser a quem quiser. Digo descendo as escadas e observando se ninguém nos segue.
-Sério que quer ir a Palafitas? Você é estranha. Ele diz com cara de nojo.
-Ptolemus eu não presciso de você, se me acha estranha então por que corre atrás, Vai embora então! Digo parando e me aborrecendo.
-Vou te ajudar a fugir pois estou te devendo. Ele diz me lembrando de quando o salvei de ser massacrado por meus irmãos.
-Ótimo não quero sua fidelidade. Digo enquanto voltamos a caminhar. -Tem câmeras em todos os lugares, finja que está indo comigo até meu quarto, depois vamos descer o elevador e chegar até os portões, você distrai e eu passo. Digo me encostando nele para que as câmeras não escutem.
Entrelaço meu braço no seu e seguimos para os quartos que não são muito longes.
-Entra. Digo abrindo a porta e a fechando. -Vou pegar uma bolsa com algumas moedas e um casaco. Digo pegando uma bolsa com algumas moedas e um casaco preto grande o suficiente para esconder meu rosto.
-E aonde vai ficar? Ele me pergunta enquanto observa cada detalhe do meu quarto.
-Já não posso falar mais do que isso, o que está fazendo não e ajuda e sim por que está me devendo. Digo enquanto pego na alça da grande bolsa de couro.
-Vamos. Ele diz enquanto pega minha mão e passamos correndo pelo corredor, provavelmente estranharão a movimentação mas nestem momento todos estão lá em cima então o foco é lá.
Entramos no elevador e Ptolemus o move com facilidade.
-O que faremos com os guardas que tentarem impedir? Ele diz enquanto eu foco em meu plano na mente.
-Eu os atacarei se for presciso, não vão me atacar, não mova um dedo para machuca-los ou ira ser pior para você. Digo enquanto as portas da caixa de metal que chamamos de elevador se abre.
Seguimos em direção a entrada, me solto de Ptolemus e ele segura meu punho para o plano de sair dali funcionar.
-Irei levar essa criança até lá fora, é filha de uma criada e a deixaram aqui. Ptolemus diz enquanto fico de cabeça baixa para não me reconhescerem.
-A pulseira. Um deles diz olhando para Ptolemus e depois para mim.
-Aqui. Estendo o braço e puxo uma manga do casaco enquanto um deles abre a porta, quando veem minha pulseira soltar faíscas e meu braço se encher em chamas se assustam mas me abaixo e passo por um deles.
-Feche a porta! Um deles grita mas passo pela pequena greta antes de conseguirem fechar.
10 segundos até abrirem novamente.
Corro tentando me distânciar o máximo antes de que abram.
As portas se abrem e dou um sorriso ao ver que eles só correm em minha direção mas tento ser mais rápida.
Um deles me alcança e tenta segurar meu braço mas desvio rapidamente e continuo correndo, balanço minha cabeça e o coque bem feito se desfaz em um piscar de olhos e meu cabelo balança ao vento enquanto corro com um sorriso enorme.
Só consigo pensar em ver Brendon e Violet, mais os soldados continuam a me perseguir enquanto corro para dentro de Palafitas.
Corro o mais rápido que posso e curvo umas duas ruas para que se percam e entro em um beco pequeno, os guardas passam pelo beco mas com a escuridão não conseguem ver se tem algo ou alguém lá.
-Consegui! Digo animada saindo do beco e recolocando o casaco normalmente.Presciso achar Brendon e Violet mas não sei aonde podem estar então decido ir a feira já que o encontrei lá da ultima vez.
Como sempre a feira esta lotada e parece uma maré, pessoas indo e vindo de todos os lados e eu chego a me perder aqui.
-Olá, o senhor conhesce alguma Violet? Pergunto a um homem que está em uma barraca de frutas.
-Não, Agora saia da frente que estou tentando vender! Ele diz fazendo um sinal para que saia da frente.
-Tudo bem se prefere ser grosso. Digo saindo de perto dele e indo a uma outra barraca:
-Olá moça, você conhesce alguma Violet? Pergunto e ela se vira para mim.
-Sim, ela trabalha para mim. A moça diz enquanto eu encosto mais perto para ouvi-la.
-Pode me falar aonde ela mora ou aonde posso encontra-la? Pergunto tentando passar um ar de simpática.
-Talvez por um certo valor. A moça diz enquanto olha as unhas. -Duas moedas de prata. Ela diz e eu abro a bolsa para pegar as moedas e a entregar:
-Toma. Digo enquanto a entrego e ela me olha surpresa.
-Depois da feira terá uma pequena praça a casa dela é uma preta com uma pequena árvore na frente. Ela diz e tento gravar tudo.
-Ok, depois de uma praça, preta e com uma árvore. Digo repetindo.
-Sim, sim agora presciso trabalhar ela diz voltando a se virar de costas pra mim.
Vou seguindo contra a maré e passo por muitos lugares pedindo orientação de aonde é essa praça até achar.
-Ok, casa preta com uma árvore. Digo enquanto procuro esta casa até ver Violet na porta dela.
-Violet! Digo indo em sua direção a abraçando.
-Malia! O que faz aqui? Ela diz se soltando de mim enquanto olho para os dois lados.
-Longa história - digo enquanto reviro os olhos -Brendon está? Pergunto enquanto olho para a casa: é uma pequena casa preta com duas janelas na frente.
-Ta sim, vem entra. Violet diz me fazendo a seguir.
-Brendon! Temos visita! Violet grita enquanto eu observo a pequena casa.
Brendon aparece sem camisa e ainda parece estar meio sonolento e eu rapidamente me viro para não o ver sem camisa.
-Malia! Ele diz ao me ver virada, ele corre de volta ao comodo e volta com uma blusa vermelha.
-Me desculpa. Ele diz passando a mão no cabelo bagunçando mais ainda seus cachos e corando um pouco.
-Tudo bem. Digo o abraçando o que o deixa surpreso.
-Mas o que faz aqui? Ele diz e Violet me olha querendo saber também.
-Eu meio que fugi...... digo enquanto vejo os dois rirem por alguns segundos e pararem de rir ao ver minha cara.
-Ok, não mentira? Violet diz enquanto se senta no pequeno sofá amarelo.
-Senta que lá vem história. Brendon diz se sentando em uma poltrona de couro preto e Violet se arruma no sofá para que eu me sente junto a eles.
Conto tudo a eles, dês de que eu sou princesa até agora.
-Eu sabia que te conhescia de algum lugar! Violet diz enquanto Brendon fecha a cara e sai para fora da casa.
-Vai atrás dele. Violet diz enquanto me levanto sorrindo pra ela.
-Brendon..... digo indo até ele que está sentado na calçada.
-Você mentiu pra mim, eu te contei meu nome real, te mostrei meu poder, te contei toda a verdade e você não teve sequer a coragem de confiar em mim. Ele diz e isso me corta como uma navalha.
-Eu tenho medo ta bom? Tenho medo das pessoas me tratarem melhor por ser princesa, ou por me esnobarem por ser a mesma. Digo enquanto levanto a cabeça e ele me olha. -Eu não queria que me tratasse de qualquer um dos modos por ser princesa, quero que gostem de mim por ser legal, ou divertida, por quem eu sou não meu título.
-Eu te entendo. Brendon diz enquanto se levanta.
-Obrigado. Sussurro a ele. -Acho que estou sendo procurada então melhor entrarmos. Digo rindo.
Entramos na casa e Violet já não está mais no sofá.
-Vem. Brendon diz enquanto entramos na cozinha.
-Fome? Violet diz enquanto cozinha algo.
-Sempre! Digo enquanto me sento junto deles, me sinto feliz lá, me sinto pela primeira vez depois de muito tempo.
Eu mesma.
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A Garota Calore
FanfictionMalia calore, é a irmã mais nova de Maven e Cal e que luta para sobreviver dentro do próprio castelo, sofrendo com a mudança drástica na sua vida com a chegada de Mare Barrow, uma vermelha com poderes especiais jamais vistos. Será que a Calore irá a...