CAPÍTULO VI O Primeiro Passeio

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Passadas mais algumas semanas, depois de ter finalmente largado de uma vez por todas aquela cadeira de rodas, depois de ter ido inúmeras vezes à fisioterapia, ter aulas para conseguir andar e para ao mesmo tempo conseguir ficar mais forte das minhas pernas ao andar, o que para mim não tinha sido um processo fácil, mas sim bastante difícil e demorado...
Depois de tudo isso consegui fazer progressos, e já me encontrava pronta, para correr pelo mundo fora...

Quando volatava para o orfanato, já não me sentia triste e muito menos desanimada, porque sentia as minhas pernas mais fortes, e já começava a andar e a sentar me, e a levantar me aos poucos, o que para mim era sem dúvida alguma uma vitória.

Todos aqueles dias, em que não conseguia andar, e que passava a maior parte do tempo sentada, ou até mesmo deitada, tinham sido batalhas que eu própria tinha travado e comseguido ultrapassar...

Não sozinha, mas com ajuda de excelentes profissionais, e claro da minha grnade amiga Maria, que nunca em situação alguma me tinha abandonado.
E era com ela, com quem eu mais falava e desabafava, à cerca dos meus problemas, e claro que tanto o Ricardo, como ainda o Edmundo, eram o motivo de todos aqueles meus desabafos.

Ela como amiga, aconselhou me que eu deveria ouvir o meu coração, e para não me atirar assim de cabeça, para qualquer um deles, porque depois chegriam as desilusões, e todo aquele desespero, que diariamente guardava, para não magoar ninguém, acabava por sair, e por magoar qualquer um deles...
E eu não queria de todo que isso acontecesse.

Até que, passados alguns dias depois, numa linda tarde de verão, com um sol lindíssimo a brilhar sob toda a cidade de Lisboa e arredores.

O Ricardo apareceu finalmente no orfanato, e pediu me gentilmente que o acompanhasse num pequeno passeio de bicicleta, à beira do rio Tejo, mais precisamente perto daquele orfanato e da casa dele.

Seria o meu primeiro passeio, desde que tinha deixado de uma vez por todas a cadeira de rodas, assim como as canadeanas, andava finalmente pelo meu próprio pé, o que era sem dúvida alguma uma sensação boa e ao mesmo tempo prazerosa para mim...

Mas a Rosa acabou estragando o momento, com o seu aparecimento e não apenas isso, ainda mencionou:

_ Elisabete, tu não sabes andar de bicicleta, como vão os dois passear, a pé?

Envergonhadíssima pelo que tinha acontecido, dei meia volta e fui em direção às escadas, no andar de cima, onde ficava o meu quarto. Mas o Ricardo travou os meus pensamentos, no momento em que pegou novamente na minha mãos, e me perguntou :

_ Elizabete, será que tu gostavas de ir dar um passeio comigo, mesmo aqui à frente da tua casa?

Senti uma enorme felicidade dentro de mim, mas antes de lhe responder, olhei em direção da Rosa, vendo a a consentir com a cabeça. Desci novamente alguns degraus até ao andar de baixo, e de cabeça erguida, respondi lhe:

_Sim, Ricardo aceito o meu convite para irmos dar apenas uma volta aqui perto da minha casa. Mas antes tenho de ir trocar de roupa. Fica aqui à minha espera que eu volto daqui a um ou dois minutos.
E ele assim ficou, enquanto eu me pus rapidamente em direção ao meu quarto, sem saber o que haveria de vestir, para dar um passeio com o Ricardo, naquela tarde linda de verão.

Já com um nó feito na cabeça, de tanto pensar, decidi levar um fato de treino. Uns leggings cor de rosa, uma camisola branca de manga curta e um casaco cor de rosa preso à cintura. Em direção para a casa de banho do quarto, fiz um rabo de cavalo, olhei me ao espelho e disse para mim mesma:

_ Tu és capaz Elizabete. Tu tens confiança em ti.
Aproveita o passeio com o Ricardo, mas não demasiado, por causa da Rosa.

Dito isto calcei os ténis pretos, All Stars e fui para a parte de baixo, ter finalmente com o Ricardo. Que enquanto descia as escadas, ficou espantado a olhar para mim. Quando parei em frente dele, perguntei lhe:

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