Sangue Na Rosa

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Era manhã de domingo quando Eisley acordou em sua cama com uma tremenda dor de cabeça. Ela colocou a mão na frente do rosto quando sentiu a luz solar bater diretamente em seus olhos.

Depois de alguns segundos sentada na cama, ela olhou para si mesma e percebeu que estava vestida em uma camisola vermelha de seda. Eisley pulou da cama e correu para olhar-se no espelho.

Eisley não conseguia lembrar-se de com o foi parar em seu quarto e quando trocou de roupa. Ela pensou em perguntar a Romeu, mas sentiu um rubor surgir em suas bochechas ao lembrar-se do beijo e carícias que trocaram na noite passada.

Após tomar um banho, arrumar sua própria cama e vestir uma calça jeans destroyed e um croped branco de alça, ela saiu do quarto.

Quando Eisley desceu a escada, avistou Ramona conversando com Chris na sala de estar.

- Bom dia, Eisley. - ela disse ao notar a presença da garota nos últimos degraus da escada.

- Bom dia. - sussurrou.

Eisley assistiu Ramona e Chris saírem do recinto e ela fez o mesmo.

Eisley aproximou-se de Theodore que estava ao lado da limusine mexendo em seu celular, mas guardou ao vê-la perto.

- Bom dia, senhorita Lavigne. - cumprimentou.

- Bom dia. - ela disse com um sorriso. - Theo, a caso viu o Romeu por ? - perguntou curiosa.

- Ele esta na estufa. - respondeu.

- Obrigada. - ela agradeceu.

Quando Eisley entrou no local onde esteve na noite passada, o flashback do beijo retornou a sua mente como um nevoeiro denso. Ela ficou parada na entrada da estufa e assistiu Romeu e Veronica cuidarem das rosa.

- Olá, senhorita Lavigne. - Veronica disse com um sorriso no rosto ao vê-la.

- Eisley, Veronica. - ela disse aproximando-se lentamente deles.

Romeu a fitou cautelosamente enquanto ela enfiava as mãos dentro dos bolsos traseiros de sua jeans e aproximava-se deles.

- Eu irei tomar um copo de água na cozinha. - Veronica disse saindo da estufa.

- Bom dia, senhorita Lavigne. - Romeu disse com ironia.

Eisley revirou os olhos.

- Não faça isso. - ele disse seriamente.

- O quê? - ela perguntou confusa.

- Revirar os olhos. - ele respondeu.

Eisley caminhou em direção à uma rosa de cor de chá e ficou observando-a.

- Por que veio aqui? - ele perguntou curioso.

Ela virou-se para olhá-lo e perguntou:

- Você se lembra da noite passada? - ela perguntou curiosa.

- Não. - respondeu. - Lembro-me de beber muito. - ele fez uma pausa. - Mas não recordo-me de mais nada. - acrescentou. - Você se lembra de algo? - perguntou.

- Não. - ela mentiu.

Romeu arqueou a sobrancelha ao ver um rubor surgir nas bochechas dela e perguntou cruzando os braços:

- Tem certeza?

Eisley virou-se para olhar a rosa e  respondeu:

- É claro que tenho.

Por que ela estava mentindo para si mesma quando lembrava-se do beijo e havia gostado?

Eisley dedilhou as pétalas das rosa de cor de chá que estava a sua frente e desceu seu dedo até parte de baixo de uma das pétalas, mas acabou furando o dedo no espinho que tinha próximo as pétalas.

- . - ela disse olhando para seu próprio dedo que sangrava.

Romeu agarrou a mão dela e olhou atentamente para o sangue saindo do dedo dela. Ele limpou o sangue com sua camisa branca que vestia e depois olhou novamente para certificar-se de que não sangraria mais.

Ambos olharam-se por alguns instantes, os olhos azuis de Romeu fitavam Eisley como se estivesse admirando a jóia mais cara e preciosa do mundo.

Quando Eiley deixou a estufa, Romeu olhou para a rosa que ela havia perfurado seu dedo e assistiu algumas manchas de sangue nas pétalas da rosa. Ele a arrancou do arbusto, cheirou e levou consigo para dentro da mansão.

Era tarde quando Eisley resolveu aventurar-se pelo jardim da mansão. Estava chovendo forte e certamente Theodore ainda estaria na cozinha com Veronica e outros funcionários da casa.

Enquanto caminhava pela pequena passarela coberta pelo largo telhado da casa, Eisley avistou alguém próximo a estufa deitado na grama debaixo da chuva. Ao aproximar-se, ela percebe que era Romeu.

- Pelo visto gostou do beijo. - ele disse ao olhá-la o observando.

- Não. - gritou. - Espere . - ela fez uma pausa. - Você disse que não lembrava-se de nada. - acrescentou.

Romeu revirou os olhos e sentou-se no gramado.

- Tirou minha roupa? - ela perguntou incrédula.

- Tirei. - respondeu.

- O que mais você fez? - ela perguntou assustada.

- Necrofilia não faz meu estilo. - Romeu respondeu levantando-se do chão. - para constar, não beijei você porque quis. - ele fez uma pausa. - Eu estava bêbado demasiado e não tinha noção do que estava fazendo. - acrescentou.

Romeu caminhou em direção à ela, fitou-a com seu par de íris azuis e disse:

- E você gostou.

Enquanto Romeu caminhava para dentro da casa, Eisley ficou pasma com tudo o que ele havia dito. Ninguém nunca havia a tirado do sério e deixado-na envergonhada como ele havia feito.

Sim, ele a tirava do sério como ninguém. Mas um dia houve alguém por quem Eisley daria sua vida e está pessoa mudou a vida dela como aqueles velhos truques de mágicas.

Nada é para sempre. Foi a única coisa que ela ouviu enquanto tentava ao máximo lidar com a dor de perder a única pessoa que amava pelo o que ela era e a ajudava a controlar os ataques de nervosismo. Mas aquele anjo que caiu em sua vida foi roubado dela como pedras preciosas são levadas quando uma joalheria é assaltada.

Ela segurou as mãos do seu anjo da guarda como nunca haverá segurado a mão de alguém. Porque ele lutara por ela e se agarrou ao máximo aos momentos que estiveram juntos como se o amanhã não fosse chegar a tempo.

- Se abrir meus olhos e você não estiver aqui...

- Não fala isso. - ela disse enquanto seus olhos se emaranhavam.

- Apenas prometa-me que ficará bem?

- Eu vou esperar por você.

Talvez Eisley não fosse uma garota de sorte como costumava acreditar, porque ter uma mãe viciada em drogas não era bem o tipo de mãe que ela queria. Mas ela tentou se agarrar a única pessoa em que confiava, o seu único porto seguro no mar violento: Justin.

Rabiscos Na BrumaOnde histórias criam vida. Descubra agora