Os Primeiros A Cair

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"Quando meu corpo estiver caindo entre as nuvens cinzas, você estará para amortecer a minha queda?"

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D

eixei acima a música tocada no capítulo:

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Romeu sentia-se um vilão todas as vezes que olhava para ela. O olhar de Eisley nos dele causava fome e sede de sangue nele.

Nem mesmo ele entendia porque a perseguia, mas a atração por ela era forte. Durante o dia Romeu era os monstros presos na cabeça de Eisley e a noite ele era os fantasmas que ficavam debaixo da cama dela.

Um passo em falso era tudo o que ele precisava para torná-la sua presa e Eisley não parecia ser esperta o suficiente para ficar longe dele. Sempre que cruzava a linha de Romeu, ela ficava cara a cara com a morte.

Era um fim de tarde de um sábado qualquer onde os raios solares se estendiam sobre o jardim e a luz do sol estava fraca o suficiente para fazer com que Eisley suasse. Mas lá estava ela sentada sobre o gramado lendo O Morro dos Ventos Uivantes de Emily Bront.

- O livro parece ser bem interessante. - comentou Theodore ao aproximar-se dela.

Eisley levantou seus olhos e assistiu ele ajoelhar-se sobre a grama verde e bem cortada a frente dela.

- Você está aqui desde as 03:00pm. - ele disse olhando para o seu relógio de pulso. - são quase 06:00pm. - acrescentou.

Ela sorriu.

- Eu gostei do livro. - ela disse colocando um marcador de texto na página em que parou de ler.

- Também gosto desse livro. - ele comentou. - A história de Heathcliff e Catherine é épica. - concluiu.

Eisley olhou confusa pra ele e disse:

- O senhor Heathcliff é muito irascível.

Theodore sorriu.

- Irascível? - perguntou com um tom divertido. - É raro ver alguém usar essa palavra hoje em dia. - concluiu.

Ele levantou-se para caminhar em direção a limusine, mas antes de dar o primeiro passo para afastar-se Eisley. Theodore para ao ouvir ela chamá-lo:

- Theo.

Ele olha para Eisley esperando ela parar de olhá-lo com curiosidade e dizer o que tinha preso em sua mente e na pinta de sua língua.

- Por que disse que o conto de Heathcliff e Catherine é épico? - ela perguntou curiosa.

- Porque não têm um final feliz.

Foi tudo o que ele disse antes de sair caminhando pelo gramado para voltar ao seu posto.

Eisley levantou-se do chão e caminhou para dentro da mansão com o livro preso em sua mão. Ao passar pela porta da frente, ela assisti Rossi descer as escadas dizendo:

- Posso saber onde você estava?

Eisley sorriu.

- Estava lendo um livro no jardim. - respondeu.

Rabiscos Na BrumaOnde histórias criam vida. Descubra agora