Uma Linda Mentira

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"Quando a máscara cair, você irá desejar que eu continuasse sendo a bela mentira que dormia despida ao seu lado."

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Era manhã de segunda-feira e lá estava Eisley na parte traseira da limusine com Chris e Romeu a caminho da escola.

Desde que passará pela porta da frente da mansão, ela não ousou em olhar para Theodore. Porque depois do beijo que deram na noite fria de sábado, ela evitou sair de seu quarto no domingo e agora estava olhando fixamente para suas mãos que permaneciam sobre duas pernas.

Theodore só a olhava pelo retrovisor interno e quando ela desceu do carro junto com os irmãos para entrar na escola, ele também nao disse nada.

Eisley colocou os fone de ouvido em suas orelhas e apertou play na música No Air de Chris Brown e Jordin Sparks. Mas era desta forma que ela sentia-se quando estava perto de Romeu e Theo: sem ar.

Alguns minutos depois Eisley conseguiu esquecer do beijo que ela e Theo deram na noite passada e da forma aparentemente pecaminosa que sentia-se ao lado de Romeu.

Após o término da aula de biologia, ela caminhou até o banheiro e lavou suas mãos. Dessecar sapos não era nada saudável, mas para quem já viu alguns cadáveres, Eisley parecia muito bem.

Quando ela saiu do banheiro, Eisley caminhou em direção à biblioteca no meio da multidão de alunos que caminhavam de uma lado para o outro em um corredor moderadamente estreito. Mas ela parou ao avistar aquele garoto que havia cortado sua perna com um pedaço de vidro na semana passada.

Eisley tinha medo dele desde o ocorrido na capela, então virou-se para ir para o jardim da escola, mas acabou dando de cara com Romeu.

- Está fingindo de quem? - ele perguntou num tom engraçado.

- Não sei do que você está falando. - ela respondeu tentando passar pelo irmão.

Romeu segurou o pulso de Eisley e ela ficou paralisada enquanto assistia ele aproximar sua boca perto da orelha dela.

- Achei que você tremia pelo fato de sentir sob sua pele fazendo seus pelos eriçar. - ele sussurrou. - Como estou fazendo agora. - acrescentou.

Assim que Romeu saiu de perto dela, Eisley olhou para seu braço e percebeu que seus pelos estavam eriçados. Ela caminhou para fora da escola enquanto sentia seu coração acelerar como se fosse sair pela sua boca.

Eisley ficou na capela durante todo o horário e não presenciou a briga que Dylan e Romeu tiveram no refeitório da escola.

Quando a sirene soou pela escola, Eisley caminhou em direção à limusine que já estava na entrada da escola e avistou Chris encostado na porta traseira com os braços cruzados.

- Onde está o Theo? - ele perguntou ao vê-la aproximando-se.

- Não sei. - ela deu de ombros.

Theodore e Romeu aproximaram-se da limusine e no caminho de volta para a mansão Lavigne, Eisley olhou para a boca machucada do irmão. Quando ele brigou que ela não soube, talvez tenha sido na hora que ela estava na capela.

Era noite quando Eisley saiu de seu quarto e com leves passos ela adentrou o quarto de Romeu. Ele estava sentado na borda da cama com uma garrafa de whisky na mão com o medo olhar de que não precisava de alguém.

Enquanto os passos de Eisley se aproximavam dele, ela sentia o chão sacudir como se o mundo estivesse se partindo. Mas ela não hesitou, porque ela já havia visto muito para fechar os olhos para a personificação do doce pecado.

Ela poderia ter ido embora, mas flagrou-se sentando no colo de Romeu com suas pernas entre ele que deixou a garrafa cair sobre o tapete preto de veludo e suas mãos seguraram firme as pernas dela. Eisley conseguia sentir o cheiro do álcool penetrar suas narinas enquanto uma mescla de ar separava sua boca dos lábios dele, só que evitar o contato não era o plano deles dois.

Não é ela, não é ela. Isso ecoava constantemente na cabeça de Romeu, enquanto ele tentava lutar contra o desejo de tê-la sob o seu corpo no edredom cinza de sua cama. Mas quando ele beijou os lábios de Eisley, o mundo poderia vir abaixo ou tornar-se o próprio inferno que nada o faria sair daquela posição.

Quem havia começado aquele jogo? Quem estava sendo idiota? Quem estava brincando com as emoções do outro? Não era imaginação de nenhum de Romeu e nem outra fantasia de Eisley, mas eles sabiam o quão errado era tudo aquilo. Era como a mãe dela costumava dizer "tudo o que é bom é errado e tudo o que é errado é real".

- Você é tão frio. - ela sussurrou.

Romeu abriu os botões da camisa de cor verde escuro dela, enquanto a olhava nos olhos. Eisley deixou suas mãos passearem livremente pelos bíceps dele e permitiu que ele tirasse a blusa dela com facilidade.

Ele afastou a alça do sutiã de cor vinho de Eisley e beijou o ombro dela. Sentir a língua de Romeu sobre o ombro dela era um veneno para a mesma e ela não conseguiu evitar de sussurrar o nome dele.

- Romeu.

Quando desfizeram-se de suas roupas, Eisley sentiu o peso do corpo dele sobre o dela enquanto ele penetrava dentro dela. Ela sentiu várias correntes de eletricidade percorrerem pelo seu sangue quando Romeu aumentou a intensidade do movimento, mas suas células entraram em colapso ao notar que ele mordia fortemente o pescoço dela.

Romeu sentiu-se envolto ao redor do dedo dela como um fantoche preso em uma corda e ele não fazia ideia que ela o faria perder a cabeça. Era intenso o que ele sentia por dentro, mas não era amor e no fundo Eisley sabia que alguém sairia magoado desta história.

Enquanto olhava nas íris azuis de Romeu, ele colocou suas mãos sobre as dela e os dedos de ambos se entrelaçaram. Nao souberam por quanto tempo sentiam o prazer que tinham a oferecer uma para o outro, mas quando seus corpo se acalmaram Eisley percebeu que estava caindo em pedaços por dentro.

Não era a primeira vez em que ela sentia-se despedaçada, mas quando o rosto de Justin tentou escapar do seu subconsciente, Eisley tratou de pensar em outra coisa. Enquanto ela lutava contra uma lembrança do passado, Romeu percebeu que estava novamente perdido no escuro de sua alma.

Quando eles aprenderiam quando é a hora certa para deixar ir? Ou a hora certa para ficar? Por quanto tempo continuariam aguentando todas as sensações sozinhos?

Romeu era apenas uma mágoa que nunca fora curada, enquanto Eisley era uma linda mentira. O final poderia ser meio clichê, mas o coração de um deles não estaria caindo, apenas iria se quebrar.

Rabiscos Na BrumaOnde histórias criam vida. Descubra agora