Algumas gotas ainda pingavam no piso branco da varanda, que era cercada por uma grade cuja altura batia acima da cintura de Archie. A brisa era mais forte e fria ali, por isso Marc soube que passariam um pouco de frio. Mas logo iriam esquentar os corpos, então não havia motivo para preocupações.
Beijou-o no pescoço, segurando a guia da coleira junto ao corpo para que ele inclinasse a cabeça para trás.
Estava decidido a fazer tudo sem pressa, para não esquecer o momento.
A pele dele estava úmida e esquentou-a com beijos, lambendo as gotículas de água que ainda caíam no chão.
Levou dois dedos à própria boca, molhando-os com saliva, e desceu-os até o meio das nádegas dele. Forçou a entrada para acostumá-lo e deixá-lo pronto.
Mordeu-o nos ombros, beijou sua nuca e pescoço, gostando do jeito como ele estremeceu.
Colocou os dedos o mais profundamente que conseguiu e Archie ficou na ponta dos pés, agarrou-se à grade e abriu a boca, surpreso com a dor. Os dedos das mãos dele ficaram brancos com a força que fazia.
Marc riu baixinho e largou a coleira. Então fez algo que desejava há dias: deu-lhe dois tapas fortes e seguidos no traseiro. Archie gemeu de olhos fechados.
Empurrou-o para encostar a barriga na grade e ele retesou-se, com medo da altura.
━Quero bater na sua bunda como punição por ser desobediente.
━Alto demais... -ele estremeceu e tentou ir para trás.
Marc segurou seus pulsos para trás com uma mão só e empurrou-o para frente, obrigando-o a deitar a barriga na grade. Quando o fez, não ficou satisfeito.
━Precisa deixar a sua bunda convidativa para mim.
Archie resmungou e ajeitou os quadris, empinando-os como podia, de modo a criar um arco bonito das costas até o início das nádegas.
Marc admirou-o por longos minutos. A pele estava vermelha ali nas nádegas e continuava com os dedos em seu interior. Sentiu-o começar a relaxar. Livrou-o da penetração e, quase hipnotizado, fixou o olhar na entrada, que contraiu-se.
Segurou ambas as nádegas dele e separou-as, deixando-o mais exposto ainda.
Mordeu os lábios com força e sentiu o membro retesar-se mais ainda com a visão. Tocou-se rapidamente, tentando conter a vontade de penetrá-lo logo.
Com o indicador massageou-o ali. Archie gemeu, sorrindo e com o rosto completamente vermelho.
Subitamente, para surpreendê-lo, espalmou uma das mãos em sua nádega direita com toda a força que tinha.
O grito dele ecoou por todo o condomínio e agitou alguns pássaros, que voaram para longe.
Puxou a coleira para trás, até a orelha dele encostar na sua boca e sussurrou no tom mais sedutor que encontrou:
━Quantos tapas quer levar?
Archie emitiu um som sofrido e ininteligível. Seus dedos apertaram mais a grade e virou um pouco o rosto, encarando Marc de soslaio, com um ar de desafio.
━Quantos acha que eu aguento?
A pergunta/resposta lhe pegou completamente desprevenido. Franziu o cenho, saboreando as palavras como se fossem uma sobremesa melhor do que imaginava.
Os olhos verdes fixaram-se nos seus.
Deu-lhe outro tapa forte no mesmo lugar.
Ele tremeu de susto e controlou o volume do gemido, para a decepção de Marc.
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Toques
Short StoryA vida doméstica de Marc e Archie. Os dilemas de Finn e Leonard. Fragmentos da vida de Natalie, Ada e Julian. Lembranças do passado dos personagens. Tudo aqui escrito aconteceu/acontecerá na história, mas sem ordem cronológica. Feita para os leitore...