Pobre Beto, ficou pasmo com o pedido que lhe fiz.
— Minha princesa, não sei se serei uma boa escolha.
— Não diga tamanha tolice. A liderança está no vosso sangue, reconheço um bom líder quando vejo. Confio em ti, sei que terá bom êxito. Deixarei tudo acertado com os guardas dos tesouros reais.
— Suas palavras fazem-me sentir esperto e importante. — sorriu meio sem jeito.
— Só digo a verdade, o que meus olhos de fato contemplam. Ah, gostaria de convidar-te para um piquenique hoje a tarde. Lá falaremos sobre a vossa missão.
— Será uma grande honra, minha princesa. — fez uma mesura.
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Logo que chegamos ao nosso destino a carruagem parou. Assim que adentramos o estabelecimento pude notar umas figuras... digamos... diferentes. Uns homens que eu nunca havia visto.
Secretamente agradeci aos céus, por estar acompanhada pelo Alberto. Não que eu seja preconceituosa, mas fiquei um tanto temerosa.
Mas a meu leve temor, foi esvaindo a maneira que conversávamos.
Essas figuras interessantes, eram os médicos.— Vossa Alteza, senti-me honrado pelo convite.
— Agradeço-vos, por terem vindo. Qual é sua graça? — olhei para o que tinha conversado comigo.
Ele tinha os fios de cabelo grisalhos, e parece que nunca os penteava, já que parecia que cada fio escolhia a direção que queria, sendo que a maioria ficavam para cima.
— Sou o doutor Floriano. encantado em conhecê-la vossa beleza, quer dizer, vossa Alteza. És magnifica! Estou deveras animado... — esfregou as mãos enquanto pronunciava as palavras.
— Silêncio velho tolo — interrompeu, o outro médico, que era baixinho e rechonchudo. — não viemos aqui para cortejar a princesa, e sim para trabalhar.
— Ora essa! Que audácia dirigir-se a mim dessa maneira!
— Calma senhores — disse o terceiro com voz agradável. — Vamos portar-nos, como cavalheiros.
Ele aproximou-se, e deixou um beijo no dorso da minha mão.
— Sou o doutor Nicolau. Ao vosso dispor Alteza.
Oh! Pelo menos , era melhor com as palavras.
Quando o Nicolau sorria, a sua barriga se balançava, e ele tinha o hábito de passar a mão na sua careca, enquanto conversava. Senti sim, uma vontade enorme de dar gargalhadas. Aqueles três doutores eram deveras peculiares.— Ainda não sei o vosso nome — olhei para o que era rechonchudo.
— Oh! Pode chamar-me de Damião. Ao seu dispor, princesa.
Ele também deixou um beijo no dorso da minha mão.
— Alegro-me, por estarem dispostos a falar com uma mulher.
— Não qualquer mulher! — disse Floriano. — És a magnífica princesa de Myrabel! Sua beleza e seus atos bondosos lhe precedem, vossa Lindeza real... Alteza.
Os outros dois médicos olharam-no com um certo desprezo. Pude notar que não aprovavam o seu jeito espalhafatoso. No entanto, ele fazia-me rir, com a maneira de ser. Todo espalhafatoso e embaraçado com as palavras.
— Tem três Vilarejos que precisam da presença de um médico. Algum de vocês tem escolha de onde quer trabalhar?
— Eu prefiro o que tenha menos pessoas. Não aprecio muito a presença de pessoas.
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Entre o Amor e o Dever
RandomEntre colinas, vales, riachos, florestas e jardins. Ficava o reino Myrabel. O rei Felipo Gregório ll e a sua esposa, rainha Theodora, tinham um grande dever com o povo de Myrabel! Ter um herdeiro. Nos ombros dessa criança herdeira, repousaria as ex...