4 - 👑Baile👑

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A noite estava de encher os olhos! As estrelas deram um charme especial àquela escura noite.

Tinham muitas pessoas. Graças aos Céus, o baile teve a participação dos súditos. Sendo assim, não seria uma noite extremamente longa e chata.

Não, eu não apreciava tanto os bailes assim... eram sempre cheios de pessoas que não se importam com os outros. Infelizmente muitos vivem com aquele ar de superioridade. Que o Altíssimo perdoe-me, mas não consigo ter um carinho especial por  pessoas que se portam dessa maneira.

Naquela noite eu pude contemplar vários rostos conhecidos, dos meus tão queridos súditos, que tenho o prazer de chamar de amigos.

Os meus pais dançaram a primeira música, dando início ao baile de primavera. Como eu apreciava contemplar a cumplicidade deles! O amor entre eles era notável.

Como era um baile de primavera, o salão de festas estava devidamente decorado com muitos arranjos de flores naturais.

Assim que meu pai terminou de dançar com a minha mãe, ele convidou-me para dançarmos juntos  próxima música.

Sentia-me protegida e amparada por ele. Faria de tudo para agradá-lo e honrá-lo.

— Filha, não demorará muito. Enfim, através de vós, o reino de Myrabel terá um herdeiro! — meu pai respirou fundo ao dizer.

— Cumprirei o meu dever com honra meu pai.

Honra tem muita diferença de felicidade. Já que as palavras do meu pai causaram-me tristeza, e não alegria, naquele momento. Alegria também não tem nada a ver no cumprimento de um dever real.

Assim que terminamos, foi a vez do príncipe Vitório, convidar-me para uma dança.

— Princesa Esmeralda — disse ele — não vejo a hora de nos unirmos em laços matrimoniais.

— Está muito perto, príncipe Vitório — forcei um sorriso.

Sim, esse era o meu prometido. Em meus cálculos e pesquisas ele era a melhor escolha para o reino de Myrabel! Então quando meu pai disse que seria ele o meu futuro esposo, achei ter sido uma boa escolha. Apesar dos pesares.

E também, nossos filhos seriam bonitos, já que ele era dono de uma rara e estonteante beleza. Os cabelos eram como o ouro e os olhos azuis como o céu. Seu rosto também tinha traços delicados.

Assim que a música acabou e começou outra, o  Thomas, convidou-me para dançar. Ele era um de meus súditos, devem lembrar-se dele, da última reunião que fui no Vilarejo.

Ao perceber que não era nenhum nobre ou realeza, o Vitório segurou mais forte minha cintura, como um sinal para ignorar o pedido do Thomas. O que eu deliberadamente fingi que não entendi, e fui dançar com o Thomas.

A coragem que o Thomas teve em convidar-me, despertou a coragem dos outros. Recebi vários convites das pessoas que estavam comigo quase todos os dias nos Vilarejos. Aquele estava sendo o melhor de todos os bailes que já participei. Eu estava deveras feliz naquela noite em questão.

Recebi vários convites para dançar, menos do Alberto. Por algum motivo ele não convidou-me.

— Diga para o Alberto convidar-me para a próxima dança — disse para o padeiro que dançava comigo.

Então, depois do meu pedido, ele convidou-me.

Fiquei discretamente observando a reação do Alberto, enquanto o Thomas dava o meu recado.

Ele pareceu um tanto surpreso e relutante até. Porém veio, como solicitado.

— Porque não convidaste-me para uma dança? — perguntei assim que começamos a dançar.

Entre o Amor e o DeverOnde histórias criam vida. Descubra agora