25 - 👑 A busca👑

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Mais uma vez, deparei-me, com aquele olhar, de quem esconde algo.

— Hum! O rei, vosso pai, recusou-se a dar-lhe essas informações?

— Sim meu avô.

— Ora. Quando ele quiser que saibas, ele mesmo lhe falará. Não podemos passar por cima dos desejos do rei.

Que decepção! Estava certa de que contariam tudo a mim, prontamente.

— E sobre a demência, da nossa família, podem falar-me, sobre isso?

— Bom — minha avó limpou a garganta—, aconteceu uma vez, com um antepassado, muito distante. Porém, foi com apenas uma pessoa, não creio que tenhamos tendências a isso. Que o Altíssimo nos livre.

— Agradeço-vos, pela atenção — falei levantando-me — agora precisamos prosseguir.

— Tão cedo? Nem descansaram.

— Temos um dia demasiadamente cheio, vovô.

Nos despedimos e, voltamos para os cavalos.

Guilhermina voltou para o palácio, na companhia de uns benfeitores do reino.

Já que não conseguimos informações com meus avós, pedi que ela procurasse por algo, discretamente, no palácio.

Procuramos por minha mãe no Vilarejo das Palmeiras, mas nem sinal dela.

O sol escondeu-se no horizonte e, nós ainda estamos á procura dela.

— Minha princesa, estás exausta! Deveria se alimentar e, dormir um pouco. Amanhã começaremos ao raiar do dia. Tem uma família, próximo ao lago que irá nos acolher, essa noite.

— Beto, és maravilhoso comigo! Acho que tens razão.

— Boa noite princesa Esmeralda! — os donos da casa saudaram-me animosos. — queiram entrar.

Eles nos ofereceram água para nos lavarmos. Como também um delicioso jantar.

— Perdoe-nos, princesa. Não temos um leito a vossa altura.

— Pode dormir na minha cama — uma menina de olhos brilhantes disse-me.

— Não se preocupem comigo. Já fizeram muito. Querida — toquei no rosto da menina— não precisa sair da vossa cama. Nós trouxemos cobertores, podemos dormir aqui mesmo.

— De maneira nenhuma! — interveio a anfitriã — não é lugar para uma princesa.

— Agradeço pela hospitalidade, mas aqui na sala, está de bom tamanho.

Eles resolveram ceder, sem querer muito. Porém tentou deixar tudo confortável, para nós.

— Meh — chamou-me me o Beto, após os anfitriões saírem—, nunca dormimos no mesmo cômodo antes, quer que eu durma em outro lugar? Não terei problema em dormir sob as estrelas.

— De modo algum. A menos que se sinta mal, com isso.

— Tá tudo bem — ofereceu-me uma de seus mais lindos sorrisos.

Estava tudo escuro. Apesar do cansaço, eu não conseguia dormir.

— Beto — sussurrei—, já adormecestes?

— Ainda não, minha princesa.

— E, se eu não conseguir encontrar minha mãe? E se meu pai tiver que casar-se com outra? E se eu nunca mais ver minha mãe?

Ele acendeu um vela, veio e, sentou-se ao meu lado.

— Dê-me suas mãos, Meh — eu segurei em suas mãos — seu coração está aflito. Rogarei por ajuda, ao Altíssimo. — fechamos os olhos e, ele começou a orar — Altíssimo Deus! Tu que habitas acima das densas nuvens! Tu que és grande e magnífico. Contigo está o consolo e a fortaleza. Elevo a ti, a minha voz, pois sei que podes acalmar a minha princesa. Ajude-a, em suas buscas. Em nome do seu amando filho Jesus, eu oro. Amém.

Entre o Amor e o DeverOnde histórias criam vida. Descubra agora