32 - 👑De geração em geração👑

28 10 47
                                    

Na hora de me lavar, fiquei deveras com um pontada de arrependimento, pelo trabalho que estava tendo em limpar toda aquela sujeira dos meus cabelos. Porém, ao lembrar-me da satisfação que eu tive ao jogar as frutas em todos, essa pontada de esvaía!

Quando voltei me encontrar com os rapazes, senti que eles fitavam-me de uma maneira inexplicável. Confesso que passei a mão pela saia do meu vestido, ajeitando.

— Guilhermina — sussurrei—, tem algo de errado com minhas vestes ou com os meus cabelos?

— Não princesa! — ela respondeu no mesmo tom.

— Estão porque eles estão fitando-me, desse jeito?

— Não tenho idéia! Seja uma boa atriz, faça de conta que está tudo às mil maravilhas!

Ouvi o conselho da minha amiga. Entrei com o queixo erguido! Tentando agir como uma atriz.

— Hoje eu gostaria de ver o por do sol — falei com voz gentil — será o meu último, como uma mulher livre.

Notei que os semblantes deles mudaram! Eles se entreolharam, esboçando um certo desconforto.
Creio ter dito algo que não deveria. Agora era arcar com a consequência, pois não dá simplesmente para “desfalar” algo.
Por isso todas as palavras precisam ser medidas e temperada com sal! Como diz as escrituras sagradas.

— Não quero parecer rude, mas falas como se fosse ser vendida como escrava, princesa!

— Perdoe-me Duílem — fitei-o — peço perdão a todos vós — fitei-os, com um olhar suplicante. — não foi minha intenção ofendê-los. Só expressei-me de foram inadequada.

— Sei que estás com medo, princesa — Vitório franziu o cenho ao dizer com uma voz deveras agradável. — Porém, é vós que irás escolher, sendo assim certamente escolherá o que não irá lhe impedir de agir como ages habitualmente.

— Meu irmão tem razão! Porém acabo de ter uma idéia! — Edgar levantou-se gesticulando com as mãos, todo empolgado. — poderia fazer um documento, um tipo de contrato. Onde poderia colocar o que desejas, também o que não desejas.

— Oh! Edgar, que ideia esplendida! Sinto-me maravilhada! — coloquei a mão no peito ao expressar-me — meu pai — segurei as duas mãos do meu dele — achas essa uma boa ideia ou pelo menos uma ideia aceitável?

— Ora minha filha — ele pensou por um instante—, o casamento não deixa de ser um contrato, então não vejo mal em adicionar algumas cláusulas. Embora, imagino que o seu esposo lhe amará o suficiente para não cortar as vossas asas.

— Também creio, Majestade. Porém, creio ser o melhor, para que ela sinta-se livre sem medo de ser impedida — Duílem, com um sorriso expressou o que pensava.

Bom, acho que está demasiadamente cedo para essa palavra pequena e de enorme significado. Creio que nenhum deles me ama, longe disso! Como diz o ditado: errar é humano insistir no erro é burrice. Já havia os magoando uma vez, não iria falar algo para magoa-los, novamente.

— Certo! Farei isso agora mesmo! Se algum de vós não concordar e quiser retirar-se, não tomarei como um insulto. A amizade continuará — fitei-os, em busca de uma resposta.

Meu pai pediu para um dos guardas chamar o escrivão real. Certamente eu era capaz de escrever, porém ao envolver o escrivão real, parecia algo bem mais sublime!

Em pouco tempo o escrivão chegou.

— O que deseja que eu escreva, princesa Esmeralda? — aquele senhorzinho gentil, fitou-me com olhos brilhantes e voz suave.

Entre o Amor e o DeverOnde histórias criam vida. Descubra agora