Os raios solares e o cantar dos pássaros anunciavam um novo dia! Abri a janela que ficava próxima do meu leito.
Queria sentir a leve brisa acariciar o meu rosto. Fechei os olhos e senti aquela agradável brisa acariciar a minha face e desengrenhar os meus cabelos.
Aquela seria a última manhã antes de comprometer-me. Sim, meu coração estava apertado. Eu estava em uma luta constante, tentando não deixar as lágrimas rolarem.
— Bom dia princesa! — Guilhermina entrou toda espalhafatosa — Melhor se aprontar rápido! Os príncipes e condes aguardam por ti, lá no Vilarejo da Ilhas?
— Oh! Pelo visto ficaram sem forças, para chegarem até o palácio! — gracejei.
— Ora, aparentemente alguém amanheceu com a língua deveras afiada! Ah, quer o desjejum aqui, ou irá se juntar á seus pais?
— Quero aqui, por gentileza. Não será muito agradável as conversas deles, sobre a minha escolha de hoje, casamento... essas coisas.
— Imaginei... a Zelda já vai trazer.
— Guilhermina, diga-me: sabes onde os rapazes aguardam por mim?
— Sim! Na clareira!
— Na clareira... naquele meu lugar favorito?
— Isso mesmo! Não estás curiosa?
— Na verdade não, hoje é o dia da escolha e eles sabem que lá é meu lugar favorito, então querem que seja algo memorável! Simples assim.
Naquela manhã eu quase não consegui comer nada. Era o dia da escolha, não tinha como voltar atrás.
Após uma cavalgada agradável, chegamos no local marcado.
Eles estavam com umas expressões peculiar.
— Bom dia rapazes! — falei enquanto descia do cavalo — Prontos para a escolha? — caminhei até eles.
— Certamente que sim, Esmeralda. Porém, antes quero que leia este documento.
— Do que se trata, Edgar — peguei o papel.
— Apenas leia! Não sejas tão curiosa — gracejou.
Desenrolei cuidadosamente o papel. Confesso, todo aquele suspense estava matando-me de ansiedade! Comecei a ler...
Meu coração disparou com o conteúdo daquele documento! Comecei a tremer... porém, controlei-me como pude.— Oh! Digam-me, como conseguiram uma façanha dessas?
— Ora, não foi tão difícil quanto pensas — Duílem aproximando-se de mim, com uma flor.
— Vão contar-me, ou eu terei que descobrir sozinha? — perguntei enquanto colocava a flor que o Duílem me deu, em meus cabelos.
— Já que queremos agrada-la hoje... iremos contar como foi tudo, Vitório — Edgar fitou o seu irmão — faria as honras, já que a ideia partiu de ti?
— Certamente, meu irmão! Imagino que queiram sentar e ficarem confortáveis — ele fez sinal com as mãos.
Sentei-me no gramado, atenta as suas palavras.— Bom, antes de ontem pela manhã, todos os príncipes mandaram um recado a seus pais, solicitando uma reunião de emergência. Marcamos de nos encontrar em uma das cidades de Myrabel, porque não tínhamos tanto tempo para viajarmos. Tivemos medo que os reis não atendessem ao nosso chamado. Porém, quando chegamos no local marcado, todos já estavam presentes. Eles tinham os olhares preocupados.
— O que houve meus filhos? — meu pai foi o primeiro a fazer a pergunta — estão todos bem? — ele fitou-nos e ficou nos observando, como se tivesse procurando por alguma ferida.
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Entre o Amor e o Dever
SonstigesEntre colinas, vales, riachos, florestas e jardins. Ficava o reino Myrabel. O rei Felipo Gregório ll e a sua esposa, rainha Theodora, tinham um grande dever com o povo de Myrabel! Ter um herdeiro. Nos ombros dessa criança herdeira, repousaria as ex...